Xuxa tirou a Ivete Sangalo, que tirou a Marlene Mattos, que tirou a Sasha, que não tirou ninguém porque os presentes queimaram todos na árvore de Natal dentro de casa. No reduto da Xuxa acontecem dessas coisas - incêndio em árvore de Natal. O governador Sergio Cabral tirou o prefeito Eduardo Paes, que tirou a Silvete Montilla, que tirou a Isabelita dos Patins, que tirou as rodas dos pés, e foi dar pinta em uma praia deserta do Maranhão, refestelando-se atrás de uma manilha abandonada, sob os olhos da Roseana Sarney, que mandou avisar que de presentes só quer receber lençóis da Trusseau – quem paga a conta é o caixa do Palácio dos Leões mesmo. O presidente Lula tirou o José Alencar, que tirou a Ana Maria Gontijo, mas ela estava ocupada, contando os diamantes comprados com o dinheiro do Arrudagate, e não teve tempo de comprar o presente para sua neo-amiga Fernanda Queiroz, cada chapéu que é uma sentença de condenação a prisão perpétua.
Bruno de Lucca tirou o Gianecchine, que tirou o Torquato, que tirou o Miro Moreira, que tirou o Falabela, que mandou avisar: “bee enrustida comigo não, violão”. No mesmo curso de rio, a Cininha de Paula tirou o Wolf Maia, que tirou o Antônio Firmino (aquele mecânico negão de “Duas Caras”), que tirou a mulher (a esposa, é bem casado), sendo ele até então um rapaz de família (o desfile de sungas, louvando seu derrière, na recente novela do Walcyr Carrasco, foi só para atender a um pedido pessoal do autor da novela, que adora um bolo de chocolate). Mas o Walcyr Carrasco, por sua vez, tirou o Gilberto Braga, que estava em Paris, e mandou avisar que este ano não quer saber de nada, só de flanar pela cidade luz, e encontrar a Karmmita Medeiros Rosenthal. E o Edgar Moura Brasil pediu para avisar que também não quer tirar ninguém, ainda que não esteja cansado como o Julinhozinho Rego, 90 na certidão de nascimento, 120 no espírito.
Julinhozinho Rego tirou a Liége Monteiro, na sala de quem já dormiu muito tempo, que tirou seu marido, como é mesmo o nome dele?, que tirou o Bruno Astuto, que baixou a Vera Verão e (eeeeeepa!) mandou avisar que “comigo, não, violão, agora eu só quero saber do Acyr e da Monique Cardoso”, chega de traíras, no que faz muito bem. Mas o Bruno Astuto tirou a Glória Maria, alguém tinha dúvida?, que tirou a Dona Canô, pois está morando na Bahia, e pensando seriamente em assumir o trono deixado vago pela Mãe Menininha do Gantois, tendo já pedido até dicas sobre turbantes à mezzo macumbeira-mezzo budista (é tudo uma coisa só) Yolanda Figueiredo.
João Vicente Correa, o decorador de festas mais talentoso do País, tirou o Antônio Neves da Rocha, outra cabeça brilhante, e combinaram de se encontrar sob a mesma imersão de vinho tinto, no Kurotel de Gramado, sem que o cirurgião plástico Paulinho Müller saiba disso, pois volta e meia ele aparece em Gramado, ao lado do melhor amigo, quando não está caçoando das velhinhas na piscina do Copacabana Palace, apesar de se julgar um gentleman – “nunca será”, garante o capitão Nascimento. No SPA Kurotel, Neusa Silveira tirou a Gláucia Zacharias, voz gutural, que tirou o Maurício, este sim, um gentleman, que tirou sua vizinha de prédio (na Vieira Souto), Leda Lúcia Gadeano, que anda pensando em mandar um buquê de camélias falantes para a casa da Sandra Haegler, para isso já entrou até em uma nova dieta.
Sandra Haegler, que sumiu depois de uma breve incursão em páginas nada sociais, tirou a Carmen Mayrink Veiga, que tirou a filha, Antônia, que tirou o irmão, Antenor, que tirou a Ariadne Coelho, que ficou entusiasmada, mas logo a Carmen entrou no circuito, chamado a loura para um almoço, como fez no passado com uma cabrocha sambista desaculturada, que quis apanhar seu sobrenome, o que ela, Carmen, conquistou com muita categoria, no tempo em que era louvada pelo Ibrahim como Carmen Terezinha Solbiati. Ariadne, sem ter onde estacionar o jegue, foi correndo para a Barra, e tirou por lá o dono da churrrascaria Porcão, que usa calça no pescoço, tantas pregas e cinturas altas, e não tem tempo de pensar no que é uma maminha ou uma chuleta, com Ariadne a mesa é farta, e a conta idem.
Obama tirou o Ahmadinejad, que tirou a dona Marisa Letícia, que ouviu falar no aquecimento global e nas bombas nucleares do iraniano, e mandou comprar uma vaca bem cevada que peida o dia inteiro e (agora se soube)... poluir é com ela mesma – a vaca, não a dona Marisa.
Patrícia Amorim tirou o Marcio Braga, que tirou o Eurico Miranda, mas ela mandou avisar que tirem ela dessa, seu negócio é com gente vitoriosa, como o César Ciello, a Marta, o Xuxa (não, o Xuxa foi defenestrado da Fazenda, o Big Brother rural), o Andrade, o Adriano e o Ronaldo Fofômeno, não, o Adriano e o Fofômeno são "muito Vila Cruzeiro" para a vereadora. Mas a linda Patrícia Amorim mandou para o Marcio Braga uma maquina de calcular, pois está doida da vida com tantas contas “mal feitas” no Flamengo pelo dono do cartório e seus paus-mandados (sempre em prejuízo do clube, naturalmente).
O craque Jobson (disse craque, não crack) tirou a Rebecão Gusmão (é Rebecão, não rabecão), que, trancada no banheiro, muito aplicada, mandou dizer que agora estava na rebordosa, e que quando puder vai mandar um presente para o presidente do Organon Brasil, laboratório do Deca Durabolin, mas que no momento anda pensando em experimentar uma Amoxilina injetável no globo ocular.
Fátima Bernardes tirou o ministro Marco Aurélio Mello, que mandou dizer ao William Bonner que a Madame Natasha está de implicância com ele, sempre que resenha suas últimas sentenças para o caderno Idéias, do JB, o melhor suplemento literário do Brasil nos dias que correm. Tendo ficado sem presente, a Fátima Bernardes foi salva pela Patrícia Poeta, que apareceu no condomínio dos Bonner, na Barra, pedaço rodeado de novos ricos, e deu-lhe a despejar seu sobrenome, em frases de Drummond, de Elisa Lucinda e do Wally Salomão. Sem dar Bandeira, claro.
O prefeito de Niterói, Jorge Roberto Silveira, vulgo Jorginho, tirou o dono da construtora para a qual ele ameaçou vender uma rua (isso mesmo, vender uma rua!), mas aí a turma do abafa resolveu tirar a dupla do amigo-oculto, porque quem se mistura farelo come, todo mundo sabe.
Mas o César Ciello, lembrado pela Patrícia Amorim parágrafos acima, tirou o Malvino Salvador, que tirou o Henrique Pinto, que mandou para o Malvino uma caixa cheia de cuecas brancas – o Malvino adora cuecas brancas. Mas o Henrique Pinto, há tempos só tira o modelo Anderson Dornelles, tendo inclusive já comemorado muitos amigos ocultos, os bons amigos, hospedados no mesmo quarto de hotel de Miami, sabe viver, esta dupla.
Aécio Neves tirou o José Serra, que mandou avisar que detesta pão de queijo, seu prato preferido mesmo é uma buchada de bode, nestes tempos em que precisa adentrar o Nordeste com força, para tentar aplacar a fúria da desperucada Dilminha Paz e Amor, que ouviu falar de Chico Mendes, e mandou a empregada descer na farmácia e comprar uma seringa. Sacumé, seringueiro, seringa, tudo é a merma coisa.
Artur Xexéo tirou o Joaquim Ferreira dos Santos, e mandou para ele um cartão com o bilhete “por favor, concurso de melhor jiló na coluna, nunca mais”. O sexy Rodolfo Fernandes tirou o amigo Chico Buarque, mas quando foi entregar o presente, na partida de final do ano, no Polytheama, time do pai da Geni, veio o Stepan Nercessian e, chapado como sempre, começou a desacatá-lo, um bafo de cana du cacete, perguntado o porquê de a capa de O Globo só dar notícias do Flamengo, colocando seu Botafogo no cume do rodapé, se é que não é incoerente falar em cume de rodapé numa hora dessas. O gentleman Chico, sabendo que amigo é para acudir outro (atenção para o cacófato), decretou a lei seca antes e depois das partidas, liberando a manguaça entre um gol e outro (gol do Rodolfo, claro, que é um artilheiro de mão cheia, no trabalho e entre as quatro linhas).
Messi tirou o Kaká, que, naquela moda de pensar duas horas antes de emitir um som de palavra, elocubrou dois meses com a Caroline, e não respondeu, se iria querer entrar no amigo-oculto ou não, com medo de escorregar num verbo ou num pronome, sacumé, com Kaká é tudo certo demais, que chega a enjoar, será que ele larga uma bufa embaixo do edredon? Mas na recusa do Kaká, quem tirou o Messi foi o Ronaldinho Gaucho, que ganhou do Dunga a certeza de que irá para a África, e a nossa torcida, e será conhecido, com a bênçao do Deus do Kaká, como O NOME DA COPA, porque ele merece. Ele e o Nilmar, claro.
Mas o Nilmar, lindo de morrer, eterno muso deste espaço, tirou o blogueiro que vos fala, que vai ficando por aqui (deixando porta aberta a atualizações), porque o Bruno de Lucca lá do segundo parágrafo mandou dizer, pel’O Globo, qual é o seu sonho de ano novo: “quero uma namorada bonita, gente boa, engraçada, de família e que não me ponha um par de chifres quando estiver viajando”.
Ah, tá.