Tomei um Ita pro Norte, quer dizer, um 1001 rumo a Sampa, porque avião nestes dias que correm, nem o Gianechine, e virei a noite de sábado na porta do edifício de Ana Maria Braga, em São Paulo. Por esta a apresentadora do “Mais Você” não esperava: sábado de manhã, dia do seu tão propagado casamento, um site voltado para a vida das celebridades brasileiras, e justamente ligado ao Grupo Globopar, do qual ela é uma das mais diletas e bem pagas colaboradoras, pôs no ar um material explosivo sobre aquele que, à noite, seria chamado de seu marido. No ego.com.br, da Globo.com, estava escrito em extensa reportagem que o empresário Marcelo Frisoni já havia sido acusado “por roubo” e “por falsificação de documentos”. Bomba! Na primeira ocorrência policial, nada teria sido provado, na outra, ele foi “condenado a dois anos de regime semi-aberto”. Vingativa, digamos que uma Hebe do novo milênio (a loura do SBT também não é fácil), Ana, à noite, em meio à festa, prometeu se vingar. Vai “pedir a cabeça” dos responsáveis pelo site. Chegou até a deixar escapar um “eles ou eu”.
### Mas como se diz: entre mortos e feridos, salvaram-se todos. E depois de quatro meses de namoro, estava lá a loura mais íntima das donas de casa no Brasil com o empresário que roubou seu coração. Verbo no sentido figurado. Como não faz por menos, neste capítulo também parecidíssima com a Hebe, La Braga fez tudo acontecer (cerimônia e festança retumbante) em seu novo e gigantesco apartamento do Morumbi. Um tríplex recém-comprado e decorado com requinte e muito estilo.
### Estava todo mundo emocionado. Ana é querida, já passou por maus bocados, o que dividiu com todo o País, e merece ser feliz. Quem não merece, aliás? Ela chorou. O marido, nenhuma lágrima, que eu tivesse sabido. Ana dedicou sua felicidade aos filhos. A imagem da santa que esteve no hospital com ela, naqueles tempos nebulosos de sua doença, reinava sobre o altar. Feito uma noiva rica, melhor, milionária, estava vestindo um autêntico modelo feito pelo estilista Walter Rodrigues, alguma coisa assim em torno de R$ 20 mil. Bagatela, bagatela.
### Não era branco, mas também não era vermelho, como muita gente cogitou. O vestido da noiva era cor-de-pérola. Melhor: um branco meio acinzentado. Vera Simão, a Helena Brito Cunha de São Paulo, assinou o cerimonial. E quando a Vera está, não tem para ninguém, perfeição, perfeição! Não sei por que lembro agora do Sérgio Naya: com Vera Simão não tem “copo de pobre, copo de pobre, miséria, miséria” para beber champã.
### Tudo estava nos trinques: copos de cristal (!), talheres de prata, porcelana Cia das Índias, cardápio de encastelados. Flores, flores, flores. Flashs, flashs, flashs! Entrada triunfal. Marcha nupcial. Noiva feliz. A casa inteiramente florida de rosas cor-de-champanhe misturadas a espécies azuladas e pinks. Você pode até pensar que os arranjos estavam iguais ao “samba do crioulo doido”, com esta combinação de cores, mas digo que não. Estava chique. Chique à moda da Braga, claro.
### A linda e bem-casada cantora Luiza Possi, filha da Zizi, fez o lariri especial da cerimônia. Canta bem. Dom Marcelo Goldstein deu a bênção. E como artista é artista, seja aqui ou na China, claro, houve várias pinceladas de excentricidade. A mais notada: a cachorrinha poodle da noiva fez às vezes de dama de honra. É. Que tal? Fosse o Dom Eugênio Salles, não casava. E o Louro José não apareceu.
### Belinha, nome da bichana, adentrou a “nave” à frente do casal. Não, nada de cestinha com alianças pendurada na boca, porque havia o risco de Belinha engolir as jóias ou sair correndo numa gatunagem rápida. Cachorro é tudo de bom, mas a gente nunca sabe o que eles estão “pensando”. Chovia a cântaros, e como ninguém estava na rua, a não ser a patuléia dos jornalistas, por parte dos convidados só houve alguns atrasos por conta do trânsito, e tudo transcorreu às mil maravilhas. Nenhuma goteira.
### Entre os padrinhos, só não surgiu o doutor Roberto porque ele já desencarnou. Só tinha famoso de alto naipe. De Xuxa a Galisteu, que eu gasto o meu. O colunista César Giobbi também. O mais ricos dos apresentadores da Globo estava também. E engana-se quem pensa que o mais rico é o Faustão. Não é: é o Huck, porque tem dinheiro de família nessa pochete. Luciano com Angélica. Ela, que não faz por menos, dentro de um Christian Dior estampado, dado a transparências, absolutamente deslumbrante. Só não precisava dos brincos pendurados.
### Os paparazzos, esses incompreendidos, estavam fulos da vida, diante do esquemão de segurança armado na frente do prédio, que tem imponência parecida com a da Trump Tower, de Nova York. Só faltou o caveirão carioca para proteger as estrelas que chegavam em seus automóveis-último-tipo. Detalhe, de cada 100 celebridades que chegavam (lembre-se, no Brasil, até modelo desconhecido que beija atriz em festa no cais do porto é “celebridade”), 89 faziam para os fotógrafos aquela cara blasé de quem não deseja ser fotografado. Dá-lhe Sérgio Naya!
### A loura Eliana chegou com o seu marido padeiro, ih, esqueci, o padeiro é o da Débora Bloch. O da Eliana é sorveteiro. Pareciam felizes. E Eliana, vestido curto, com um par de pernas de fazer a Irislene Stefanelli, do Big Brother, morrer de inveja. Disputando a calçada com os colegas repórteres, a dupla Vesgo e “Silvio Santos”, do “Pânico na TV”, pegando carona nos guarda-chuvas da moçada. Detalhe: Vesgo travestido de Ana Maria Braga, “Sílvio”, de Louro José. Hilários.
### Quando Gustavo Borges, o nadador, chegou com a mulher Bárbara, alguém gritou aquela do “lindo-tesão-bonito-gostosão”, mas ele não deu bola. Fiquei matutando com a minha massa cinzenta para tentar descobrir o que é que um Gustavo Borges estaria fazendo no casamento de uma Ana Maria Braga, mas não consegui estabelecer o link. O onipresente Amaury Jr. também foi, claro, com a mulher Celina Ferreira, de vermelho Papai-Noel, mas, se levou câmeras para editar o seu “Flash”, a parafernália chegou com antecedência. Serginho Groisman e o propagandista do botox João Dória Júnior, também vi. Lucília Diniz estava impactante, como sempre, de preto e branco, estampado miúdo.
### Sem um Gianecchine para chamar de seu, a atenta Marília Gabriela surgiu sozinha no pedaço, dentro de um vestido cor-de-champanhe. Uma das poucas que fizeram pose para os fotógrafos. Tom Cavalcante e a mulher Patrícia, elegantérrimos. Ele com um terno do Ricardo Almeida. Da roupa dela, um vestido preto tomara-que-caia, não consegui saber a griffe. O Latino ouviu de dizer que era uma “festa num apê”, e foi de jaqueta sobre camiseta, mais uma impagável boina e, para completar, amarrou a gravata no pescoço, pendurando-a sobre a t-shirt. Só uma coça. Virna, a do vôlei, com um vestido cor-de-cereja deslumbrante.
### Teve música para dançar, champanhe “das mais caras, de rótulo cor-de-abóbora”, me disse um motorista de um furgão do cerimonial, no meio da tarde. Também teve troca de roupa. No meio da festa, Ana mudou o vestido, mas não pôs as indigestas sandálias de borracha, moda que graças a Deus não se espalhou além das fronteiras cariocas. No Rio, em determinado momento da festa de casamento, algum “promoter” sai a distribuir sandálias de borracha para a moçada desafogar o joanete. Aniversariante do domingo, o dia seguinte, Ana partiu de lua-de-mel rumo a Paris. Porque merece ser feliz.
NA FOTO - O louro José não foi visto na cerimônia. Ana preferiu deixá-lo a salvo num poleiro