quinta-feira, novembro 24, 2011

Cai Mario Sabino, editor-chefe da "Veja"

A chegada do banqueiro Fábio Barbosa à presidência da editora da principal revista do País está causando um rebuliço na Abril. Ex-comandante dos bancos Real e Santander, Barbosa tem carta branca do poderoso chefão Roberto Civita, e a ele foi dada uma tarefa: escolher entre Eurípedes Alcantara, diretor de redação, e Mario Sabino, editor-chefe. Um deveria ser levado à guilhotina, temperando com molho antonieta (muito fel, nada de mel) a concorrida redação da Nações Unidas, 7221, em Pinheiros.

Mario, dizem que responsável pelos maiores vexames de Veja - aquelas acusações sem prova e sem assinaturas, invasões de quartos de hotéis etc, que volta e meia andavam pipocando com mais frequência na revista, foi convidado a se retirar, com um belo cheque na carteira. Eurípedes Alcântara, que é um gentleman, e bem afável no trato até com estagiários, permanece reinando. 

André Petry, correspondente da Veja em Nova York, deverá retornar ao Brasil para assumir a cadeira de Sabino.

2 comentários:

  1. SABINO ESTAVA NO CHATO DO JO ANTEONTEM MOSTRANDO SRUS LIVROS E PEGUEI A JO FALANDO Q GOSTOU ASPAGINAS AMARELA DELE COM A TIA CARMEM MAYRINK..,QUERIA SABER QUANDO

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  2. Meus caros,

    antes que prevaleçam a maledicência e a desinformação, matérias-primas dos bucaneiros da internet, gostaria de esclarecer o que existe de factual sobre a decisão do Mario Sabino de deixar o jornalismo e, como consequência, seu cargo de redator chefe de VEJA. Havia um ano eu tentava dissuadir o Mario da determinação de deixar a profissão. Ele argumentava que o exercício do jornalismo já não lhe proporcionava a mesma satisfação. Embora eu apontasse que ele continuava a desempenhar suas atribuições com a responsabilidade, brilhantismo, ousadia e originalidade de sempre, Mario foi consolidando sua decisão de mudar de rumos profissionais.

    Na semana passada, finalmente, Mario Sabino me procurou para dizer que seguiria mesmo outro caminho.

    A decisão do Mario representa uma grande perda — para nós da redação de VEJA e para o jornalismo. Ele esteve ao meu lado durante quase oito anos, no cargo que ainda exercerá até o início do próximo ano, sempre como a melhor companhia que um diretor de redação pode ter na trincheira do jornalismo rigoroso e independente. Perco o convívio de um amigo, mas não a sua amizade. Fica conosco sua lição de profissionalismo intenso e de apego exacerbado à busca da verdade, para ele mais do que uma simples virtude, uma razão de vida. Sob essa ótica, farei e anunciarei nas próximas semanas as mudanças que a decisão do Mario acarreta.

    Eurípedes Alcântara

    Diretor de Redação

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