E ai de quem inventasse de batizar um prato de lombinho como nome dela...
Se existia uma mulher elegante na chamada alta sociedade carioca, ela se chamava Regina de Mello Leitão. Ou melhor, dona Regina. Do alto dos seus 99 anos, pontificava em seu palacete da Urca como uma rainha. Não frequentava julietas de serpas, tampouco pisava na pérgula do Copa na era pós-Mariazinha Guinle. Quando saía de casa, era para jantar no Country, sempre com uma ou duas amigas. E só.
Dona Regina partiu hoje em casa, bem ao seu estilo, cercada pela criadagem. Virginiana, foi presidente do grupo baiano A Tarde logo depois da morte do pai, Ernesto Simões Filho, ministro de Getúlio, nos anos 50. Mãe de três filhos, sabia o que queria: estudou literatura e letras na França, e foi voluntária, como enfermeira, na Cruz Vermelha Brasileira. Recebia como ninguém.
Ficou na presidência da empresa por 54 anos, deixando o posto para o irmão Renato Simões.
O sepultamento será amanhã no São João Batista. Depois eu conto mais. Do meu encontro com ela na casa de dona Mena Fiala, sua grande amiga.
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