(É claro que é para dar visibilidade ao marido, candidato a governador)
"R$ 16 MILHÕES GASTOS COM MÍDIA NO GOVERNO ROSINHA GAROTINHO EM CONTRAPARTIDA...
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Um dia após a Folha ter publicado a falta de pediatras nos
finais de semana e em alguns dias da semana na Unidade Pré-hospitalar São José,
em Goitacazes, a equipe de reportagem retornou ao hospital e constatou novos
problemas. No setor de emergência, pacientes estavam esperando há horas pelo
atendimento do clínico geral. Até mesmo uma jovem de 26 anos, que chorava e
gritava de dor no abdômen, ficou quase uma hora à espera de atendimento. Idosos
e gestantes não tinham prioridades e ficavam até cinco horas esperando
assistência médica. Pacientes reclamaram, também, que o pediatra atendia mal às
crianças e as consultas não demoravam nem dois minutos. No local, há um aviso
que os exames de ultrassonografia de mama, tireoide, região cervical, pé, mão e
quadril não estão sendo realizados.
Há alguns meses, a falta de pediatras no hospital veio a
público após o vice-presidente da Câmara Municipal de Campos, o vereador Jorge
Magal, denunciar a situação de descaso vivida por seu sobrinho, que acabou
morrendo tentando ajudar a vizinha da sua namorada, que estava com sua filha
passando mal e, ao chegar à unidade, não foi atendido. Com isso, a Fundação
Municipal de Saúde (FMS), de imediato, fez a substituição da direção clínica e
administrativa, além da instalação do gabinete da FMS na unidade.
De acordo com a doméstica Maria do Carmo Almeida, 58 anos,
que estava com febre e há mais de três horas esperando para ser atendida, essa
era a terceira vez que o problema acontecia com ela.
Nas outras vezes, a doméstica relatou que foi embora com
febre, pois não aguentava ficar por muitas horas sentada à espera de
assistência.
— Um único clínico geral, que está atendendo hoje (ontem),
já saiu várias vezes, o que deixou o atendimento ainda mais lento. Sou idosa e
não tenho prioridade no atendimento — disse a doméstica.
Também no setor de emergência da unidade, uma jovem disse
que já estava no local há quase uma hora com dores abdominais. A paciente se
desesperou, e seus gritos e choro comoveram outros pacientes, que, solidários
ao seu estado, pediram para que encarregados da unidade tivessem mais atenção
com a paciente. Minutos depois, um enfermeiro levou a jovem para o consultório.
Com suspeita de infecção estomacal, ela precisou ficar internada.
A equipe de reportagem tentou contato com o vereador Jorge
Magal, mas não teve êxito. A Prefeitura de Campos não informou o motivo da
falta de pediatra no final de semana, nem dos problemas apresentados pelos
pacientes ontem. Mas, em nota, a secretaria municipal de Comunicação informou
que a unidade oferece atendimento de urgência nas áreas de clínica médica e
pediatria. “São realizados, em média, oito mil atendimentos de urgência por
mês. O sistema de atendimento prioriza os casos de maior gravidade, que devem
ser atendidos na frente dos demais de menor gravidade. São oferecidas 5.300
vagas mensais para consultas ambulatoriais. As reclamações por algum problema
no atendimento podem ser formalizadas na ouvidoria da FMS, ou podem ser
repassadas para o administrador da unidade, para que providências sejam
tomadas. A Fundação de Saúde esclarece, ainda, que as obras do Hospital São
José estão em andamento, com 60% das intervenções da primeira etapa já
concluídas. Em virtude das adequações, o novo prazo previsto para o término da
obra é o primeiro semestre do próximo ano”, dizia a nota."
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