sexta-feira, maio 25, 2007
Xuxa agora é crente!
sexta-feira, maio 11, 2007
QUEM É O PAPA?
Quem é o Papa?
Quem papa tudo
Quem papa a papa
Quem sabe o bispo
Quem tem o mapa
Do aparato cardinalício
Do artefato do artifício
Do padre pai Papa Pontifício
O precipício pro paraíso
Se o Papa pia abafam o papo
Em prol do povo faminto e fraco
Lavam na pia do batistério
Todo o mistério do seu mandato
E o próprio povo babando o ovo
Paparicando e pagando o pato
Se o Papa é pai, avô, tio, irmão
Se o Papa é Pedro, Paulo, Zé, João
Se o Papa é Pio treze vezes não
Se o Papa fila papa tudo ou não
Se o paparazo tira foto atira
Acerta mira do bicho papão
Se o Papa avança coma sua pança
Papa a poupança da providência
Dizima a missa o bolso a bolsa
No papamóvel amassa a massa
Na comilança pão de promessa
Há papagaio de pirata à beça
Papo furado preparando a praça
O pobre povo papa a desgraça
(Augusto Jatobá)
quinta-feira, maio 10, 2007
"Super-homens" não podem com o dedo de Deus
sexta-feira, abril 27, 2007
As chiques vão sair no Bafo do Tigre
quarta-feira, abril 25, 2007
Um casamento dentro do armário
Gente, mas não é tão mais fácil, ou tão mais digno, dizer que tiveram um caso? Imagina como seria Cacá para a Lilian Pace, ela com a alma racé até o último fio de cabelo da shana: "Nós fomos casados durante décadas, nos amávamos, hoje somos apenas bons amigos". Ponto.
Guardando-se as devidas proporções, nada a ver uma coisa com a outra, mas é quase o mesmo que encontrar a cansada da Aloísio Queiroz (o que é Aloísio Queiroz?) na Avenida Atlântica, com um garotão com cara de michê do Clube 117, e ouvir dela que o garoto é seu 'sobrinho'.
sábado, abril 14, 2007
O "society" carioca é uma piada
quarta-feira, abril 11, 2007
Abusado desde pequeno
segunda-feira, abril 09, 2007
Vem cá, Luiza, me dá tua mão...
Foto:MG
terça-feira, abril 03, 2007
Eis a prova de quanto é exteeeeeenso o poder de um berimbau
segunda-feira, abril 02, 2007
O casamento da Ana Maria Braga
### Mas como se diz: entre mortos e feridos, salvaram-se todos. E depois de quatro meses de namoro, estava lá a loura mais íntima das donas de casa no Brasil com o empresário que roubou seu coração. Verbo no sentido figurado. Como não faz por menos, neste capítulo também parecidíssima com a Hebe, La Braga fez tudo acontecer (cerimônia e festança retumbante) em seu novo e gigantesco apartamento do Morumbi. Um tríplex recém-comprado e decorado com requinte e muito estilo.
### Estava todo mundo emocionado. Ana é querida, já passou por maus bocados, o que dividiu com todo o País, e merece ser feliz. Quem não merece, aliás? Ela chorou. O marido, nenhuma lágrima, que eu tivesse sabido. Ana dedicou sua felicidade aos filhos. A imagem da santa que esteve no hospital com ela, naqueles tempos nebulosos de sua doença, reinava sobre o altar. Feito uma noiva rica, melhor, milionária, estava vestindo um autêntico modelo feito pelo estilista Walter Rodrigues, alguma coisa assim em torno de R$ 20 mil. Bagatela, bagatela.
### Não era branco, mas também não era vermelho, como muita gente cogitou. O vestido da noiva era cor-de-pérola. Melhor: um branco meio acinzentado. Vera Simão, a Helena Brito Cunha de São Paulo, assinou o cerimonial. E quando a Vera está, não tem para ninguém, perfeição, perfeição! Não sei por que lembro agora do Sérgio Naya: com Vera Simão não tem “copo de pobre, copo de pobre, miséria, miséria” para beber champã.
### Tudo estava nos trinques: copos de cristal (!), talheres de prata, porcelana Cia das Índias, cardápio de encastelados. Flores, flores, flores. Flashs, flashs, flashs! Entrada triunfal. Marcha nupcial. Noiva feliz. A casa inteiramente florida de rosas cor-de-champanhe misturadas a espécies azuladas e pinks. Você pode até pensar que os arranjos estavam iguais ao “samba do crioulo doido”, com esta combinação de cores, mas digo que não. Estava chique. Chique à moda da Braga, claro.
### A linda e bem-casada cantora Luiza Possi, filha da Zizi, fez o lariri especial da cerimônia. Canta bem. Dom Marcelo Goldstein deu a bênção. E como artista é artista, seja aqui ou na China, claro, houve várias pinceladas de excentricidade. A mais notada: a cachorrinha poodle da noiva fez às vezes de dama de honra. É. Que tal? Fosse o Dom Eugênio Salles, não casava. E o Louro José não apareceu.
### Belinha, nome da bichana, adentrou a “nave” à frente do casal. Não, nada de cestinha com alianças pendurada na boca, porque havia o risco de Belinha engolir as jóias ou sair correndo numa gatunagem rápida. Cachorro é tudo de bom, mas a gente nunca sabe o que eles estão “pensando”. Chovia a cântaros, e como ninguém estava na rua, a não ser a patuléia dos jornalistas, por parte dos convidados só houve alguns atrasos por conta do trânsito, e tudo transcorreu às mil maravilhas. Nenhuma goteira.
### Entre os padrinhos, só não surgiu o doutor Roberto porque ele já desencarnou. Só tinha famoso de alto naipe. De Xuxa a Galisteu, que eu gasto o meu. O colunista César Giobbi também. O mais ricos dos apresentadores da Globo estava também. E engana-se quem pensa que o mais rico é o Faustão. Não é: é o Huck, porque tem dinheiro de família nessa pochete. Luciano com Angélica. Ela, que não faz por menos, dentro de um Christian Dior estampado, dado a transparências, absolutamente deslumbrante. Só não precisava dos brincos pendurados.
### Os paparazzos, esses incompreendidos, estavam fulos da vida, diante do esquemão de segurança armado na frente do prédio, que tem imponência parecida com a da Trump Tower, de Nova York. Só faltou o caveirão carioca para proteger as estrelas que chegavam em seus automóveis-último-tipo. Detalhe, de cada 100 celebridades que chegavam (lembre-se, no Brasil, até modelo desconhecido que beija atriz em festa no cais do porto é “celebridade”), 89 faziam para os fotógrafos aquela cara blasé de quem não deseja ser fotografado. Dá-lhe Sérgio Naya!
### A loura Eliana chegou com o seu marido padeiro, ih, esqueci, o padeiro é o da Débora Bloch. O da Eliana é sorveteiro. Pareciam felizes. E Eliana, vestido curto, com um par de pernas de fazer a Irislene Stefanelli, do Big Brother, morrer de inveja. Disputando a calçada com os colegas repórteres, a dupla Vesgo e “Silvio Santos”, do “Pânico na TV”, pegando carona nos guarda-chuvas da moçada. Detalhe: Vesgo travestido de Ana Maria Braga, “Sílvio”, de Louro José. Hilários.
### Quando Gustavo Borges, o nadador, chegou com a mulher Bárbara, alguém gritou aquela do “lindo-tesão-bonito-gostosão”, mas ele não deu bola. Fiquei matutando com a minha massa cinzenta para tentar descobrir o que é que um Gustavo Borges estaria fazendo no casamento de uma Ana Maria Braga, mas não consegui estabelecer o link. O onipresente Amaury Jr. também foi, claro, com a mulher Celina Ferreira, de vermelho Papai-Noel, mas, se levou câmeras para editar o seu “Flash”, a parafernália chegou com antecedência. Serginho Groisman e o propagandista do botox João Dória Júnior, também vi. Lucília Diniz estava impactante, como sempre, de preto e branco, estampado miúdo.
### Sem um Gianecchine para chamar de seu, a atenta Marília Gabriela surgiu sozinha no pedaço, dentro de um vestido cor-de-champanhe. Uma das poucas que fizeram pose para os fotógrafos. Tom Cavalcante e a mulher Patrícia, elegantérrimos. Ele com um terno do Ricardo Almeida. Da roupa dela, um vestido preto tomara-que-caia, não consegui saber a griffe. O Latino ouviu de dizer que era uma “festa num apê”, e foi de jaqueta sobre camiseta, mais uma impagável boina e, para completar, amarrou a gravata no pescoço, pendurando-a sobre a t-shirt. Só uma coça. Virna, a do vôlei, com um vestido cor-de-cereja deslumbrante.
### Teve música para dançar, champanhe “das mais caras, de rótulo cor-de-abóbora”, me disse um motorista de um furgão do cerimonial, no meio da tarde. Também teve troca de roupa. No meio da festa, Ana mudou o vestido, mas não pôs as indigestas sandálias de borracha, moda que graças a Deus não se espalhou além das fronteiras cariocas. No Rio, em determinado momento da festa de casamento, algum “promoter” sai a distribuir sandálias de borracha para a moçada desafogar o joanete. Aniversariante do domingo, o dia seguinte, Ana partiu de lua-de-mel rumo a Paris. Porque merece ser feliz.
NA FOTO - O louro José não foi visto na cerimônia. Ana preferiu deixá-lo a salvo num poleiro
quinta-feira, março 29, 2007
Lu Lacerda enlouqueceu!
Hahahahahaha!
Que isso, Lu. Ícone é demais.
O que é Isabela Menezes?
quarta-feira, março 28, 2007
Um conto da dona Carochinha...
domingo, março 25, 2007
Agora mesmo que não perco um capítulo de "Paraíso Tropical"...
sexta-feira, março 23, 2007
Antidoping por cotas
quinta-feira, março 22, 2007
De buque is on de têibou
sexta-feira, março 09, 2007
Ninguém resiste a um negão
terça-feira, março 06, 2007
Ah, pára! E xô, baixo-astral"
Ah, pára!
Li na tia Joyce que Astrid Fontenelle "está de mudança para o Rio de Janeiro". Vem não, Astrid. Chega de baixo-astral no Rio...
domingo, março 04, 2007
Celebridades e pseudas no paraíso
No rebu festivo tinha de tudo. Mas só vou falar dos candelabros de cristal, daí para o alto. Fábio Assunção, por exemplo, o ator bonitão, ex-mauricinho-agora-maduro-sem-ser-tio, a grande presença da festa, ao lado da Alessandra Negrini, que dá um show de personalidade onde quer que apareça, até num hipotético Terreirão do Samba, caso a morena se aventurasse a incursões naquela zona do agrião. Negrini traz na testa um reluzente “sou temperamental, não abuse”, e sorria sem sair de perto do Gilberto - fazendo questão de cumprir a agenda profissional e não escondendo, sem esquecer o sorrisão lindão, de que estava ali no business. Só.
A gente entende. Afinal de contas, não deve ser mesmo lá muito interessante ter de posar para fotografias ao lado de “socialites” pedintes que esquecem de pôr desodorante e acham de encaixar as axilas nos ombros alheios. Suzana Vieira, a onipresença nacional (conto o propósito no fim do texto), fotografadíssima. Mas mirada de flash na direção da Vieira é fazer favor a ela, que não esconde. Suzana é a Darlene da vida real. E bacana por assumir.
Tony Ramos, que se não fosse o Tony Ramos seria o Didi Mocó, tão bem-humorado, tão piadista de botequim nos corredores do Projac, fazia as honras da casa, afinal de contas, será em torno de sua fortuna que a novela girará ao longo deste ano. Quer dizer, fortuna “sua” é modo de falar: do seu personagem, um magnata mão-de-ferro que não chegará a ser desonesto, mas ficará perto.
Quando o Bruno Gagliasso chegou, aquela jacira septuagenária metida a figurinista revirou os olhos, remontando a Capitu (a da novela e a do Bentinho), mas logo veio uma amiga de credo para dizer que o rapaz “é espada”. Casado, inclusive. Marcelo Anthony surgiu careca, bronzeado e sarado. Nada de barriguinhas à la Alexandre Borges. Uma aparição, porque bem bonito e espadaúdo, ele que fará o papel de um jogador de vôlei de praia – Cininha doida, desde já, para saber em que areias se darão as gravações, porque pensa em vender uma água de coco básica, como quem não queira nada, a uns dois metros de distância.
Não tinha suco de pitanga, porque não ficava bem, mas havia uma Pitanga no salão. Morenissíssississima! Descontraidíssima. Tudo íssima. Camila Pitanga, você já sabe, que fará uma prostituta, a Bebel (não a de Niterói), a vender seu corpitcho em Copacabana, estava a própria aparição. Impactante. Tonitruante. Não esquecer que a noite era de eclipse. Alvoroço total dos espíritos...
Maria Fernanda Cândido, que olha para a humanidade um patamar acima, nem tanto feito a rainha do cinema, mas quase, sorria co-me-di-da-men-te. Como as grandes divas. É de fato a nossa Sophia Loren, verdade precisa ser dita. Sabedora de que a turma estaria toda vestida no preto e no branco, daí que o salão ficou que feito um tabuleiro de xadrez, eis que a Cândido surgiu inteira de vermelho, vestido longo, um assombro. Nada como transgredir.
Quando a Glória Pires chegou, houve um terremoto de fotógrafos. Todo mundo em cima da fazendeira. Glória contracenará com o Tony Ramos, mas aí vem um site da globo.com (da Globo!) e diz que a moça “não fará parte da trama, só foi à festa para dar um beijo no Gilberto”. Faça-me um favor! E passe no RH para assinar o aviso.
Mas o difícil será não associar o Tony e a Glória ao seu último trabalho, na novela de quem?, esqueci, quando ambos viveram um romance, não tem muito tempo. Eram a Júlia e o Nikos. Presença eterna nas novelas do Gilberto, Malu Mader não trabalhará desta vez, mas emplacou a sobrinha, Érika Mader, torço para que a menina seja talentosa. Bonita é.
E já que você está curioso para saber sobre a exacerbada exposição de Suzana Vieira nos dias que correm, eu conto e dou o furo (sem ser o cunhado do Agamenon): a Globo aproveita e pensa em transformar a morena em sua Hebe Camargo. É. Um sofá semanal para a Suzana Vieira está sendo tema de conversas entre os diretores que dão as cartas na Vênus Platinada. Um sofá que não dure nada além de uma hora, para não enjoar, quando Suzana poderá conversar com colegas, bater papinhos informais sobre temas atuais.
sábado, março 03, 2007
Estou com Grazzi até o pote
segunda-feira, fevereiro 19, 2007
Copacabana não me engana
Num camarote, comentava-se sobre o deboche que vem aí na lavra de Gilberto Braga, na novela Paraíso Tropical. Uma prostituta (Camila Pitanga) que virará socialite carioca.
E viva a natureza.
sexta-feira, fevereiro 16, 2007
Divagando sobre a "produtividade" de uns e outros
Ah, já sei! Digamos que a Beth Pinto Guimarães seja um pé de brincos.
quinta-feira, fevereiro 15, 2007
FALTA DE ÉTICA NO COPACABANA PALACE
Nada como um dia atrás do outro - tenho esta virtude de esperar.
quarta-feira, fevereiro 14, 2007
Brócolis é bom para osteoporose
segunda-feira, fevereiro 12, 2007
Campos chora a morte da Angela Bastos
A dor de uma mãe no STF
Assassinado "com cinco tiros por Ricardo Athayde Vasconcellos e o filho Diego", que "confessaram o crime", Igor era homossexual. "Não suporto gays", disse o assassino em depoimento. Marlene reclama da morosidade da Justiça e diz que os criminosos "de família tradicional andam livremente pela cidade", porque apoiados em "recursos e brechas das leis". Diz que o filho era incansável promotor da cultura na cidade e marcado pela "retidão de caráter, humildade e responsabilidade".
sexta-feira, fevereiro 09, 2007
Crônica de um casamento 'desanunciado'
As superpoderosas
quarta-feira, fevereiro 07, 2007
Tufvesson dá a Buda!
E eu que pensava que o Tufvesson havia dado a Buda há muito tempo.
Havia dado sem cacofonia.
Cantaram de galo no Copa
Me poupe!
Ah, pára!
Suzana ainda acaba levando a faixa de Miss Tontona.
Alguém aí pode demitir a figurinista do Dunga?
Virou mania de paulista:
Fechem os laboratórios!
São Paulo à noite
sexta-feira, fevereiro 02, 2007
"Vejinha" dá um coió em Ariadne
Isso é que é uma dor.
Eis um trecho:
"Houve um período em que as festas minguaram na realeza das quentinhas. Em 2000, Jair, que teve por catorze anos o monopólio do fornecimento de refeições para presídios do estado, foi preso. Acusado de formação de quadrilha, falsidade ideológica e emissão de documentos falsos, ficou 45 dias no xilindró. A partir daí, a harmonia dos Coelho não foi a mesma. O período coincidiu com o emaranhado de escândalos envolvendo Ariadne. Foi acusada de grampear o telefone de um casal de promoters, e levantaram-se suspeitas de que teria um caso com Alexandre Martins, que empresariou Ronaldo, o Fenômeno".
quarta-feira, janeiro 31, 2007
"Ai, como era grande!"
É o que se comenta
Como se sabe, este é o nome do dono do Milan.
sexta-feira, janeiro 26, 2007
Garotinho: "vou largar a política"
quinta-feira, janeiro 25, 2007
Não sejamos tão radicais...
quarta-feira, janeiro 24, 2007
O nome do remédio é "Elzatropil"...
Faça-me o favor! Já imaginou, se todo mundo que tomar antidepressivo resolver sair de casa e roubar, colocando a culpa no medicamento? Os donos dos laboratórios é quem vão pagar o pato.
Biba, não sou burro e não estou morta, quer dizer, morto. Bicha burra nasce jece valadão. Deixe de 'fuleragem' e seja franca, faça um 'mea culpa' do tipo "sou 'elzeira', sim". Vai soar melhor. E por favor, diga o nome do remédio, para a gente tomar cuidado, e o laboratório poder se defender.
terça-feira, janeiro 23, 2007
Nossa Anna Wintour arrasa!
segunda-feira, janeiro 22, 2007
sábado, janeiro 20, 2007
A biba papa-defunto nunca me enganou
Estou aqui na maior excitação para saber o que é que o Clodovil vai dizer sobre a papa-defunto. Clô já chamou Ésper de "contrabandista de obras de arte". Deve vir por aí mais uma pérola do deputado cor-de-rosa porque, todo mundo sabe, Ésper e Clô não são lá tratadistas de admiração mútua.
Papa-defunto não é ótimo, para qualificar o Ronaldo Ésper?
PS. Nova gíria no Posto 9 - ouvi hoje (sábado) no Bofetada: "mandado". Quer dizer "muito bom". Ouvi uma biba dizer para a outra: "aquele bofe é mandado".
Fica o registro.
sexta-feira, janeiro 19, 2007
A angústia de Ariadne Coelho
Resolveu folhear 'O Globo', de novo. Começou pela página 2, viu uma foto da Naomi com o César Maia e foi ávida rumo à legenda, pensando, “meu nome está aqui”. Não estava. Foi para a coluna da Tereza Cruvinel, “quem sabe eles erraram e me puseram no meio dos políticos”? Nadica de nada. Viu uma matéria sobre o escândalo do apartamento do Álvaro Lins - o bonitão, diz a Polícia Federal, teria colocado o apartamento de R$ 1 milhão no nome da avó da mulher -, e teve a certeza: “é aqui que está o meu nome, afinal, de laranja eu entendo”. Leu todas as palavras, letra por letra, nada.
Não é possível. Coitada da loura. Desembolsou US$ 100 mil de cachê para trazer a barraqueira da Naomi ao seu aniversário, mais passagem de primeira classe, e ainda não sei quantas garrafas de champanhe da boa, o cachê do DJ Zé Pedro, e “nenhuminha” nota n'O Globo?
Foi na “Gente Boa”, o Joaquim só se ocupava do "Fashion Rio". Passou de soslaio por uma página com a foto da Miss Brasil esfaqueada, e pediu aos céus para, da próxima vez, ser ela o alvo do facão.
Resumo da ópera: Ariadne está de molho, envolta em seus lençóis caríssimos da Trusseau. Não quer saber de falar ao telefone, de ver a luz do sol. Mandou que fechassem as cortinas de tafetá. Desligou o aparelho de som. Ordenou que o mordomo trouxesse seus "Ferrero Rocher" de sempre para aplacar a ansiedade e a tristeza.
Espera, encarecidamente, que o Joaquim e o Ancelmo lembrem-se dela no fim de semana. Pelo menos uma linhazinha aguarda, impreterivelmente, para este sábado, porque domingo é aquele negócio: domingo pede cachimbo, o cachimbo é de barro, bate no jarro, o jarro é de ouro, bate no touro, o touro é valente, bate na gente, a gente é fraco, cai no buraco, o buraco é fundo, acabou-se o mundo...
Meu mundo caiu.
PS. Quando a gente achava que já estava tudo no buraco, com a fiança de José Serra, vem a jacira, árbitra da elegância e da finesse, e apronta de roubar vaso em cemitério. Me poupe, biba!
quinta-feira, janeiro 18, 2007
Naomi ganhou cachê para vir à festa quentinha
Um "pai-de-santo" também foi homenageado no rebu.
Na foto exclusiva do blog, vemos Ariadne Coelho, com o charutão na boca, o "pai-de-santo" em questão, bem à direita, e a Naomi, ajoelhada, com os cabelos louros cercados de búzios, ajudando a uma convidada (não havia nenhum sócio do Country) que achou de receber a pomba-gira em pleno Golden Green.
Sai pra lá, sai pra lá!, que o meu Santo é JESUS CRISTO.
PS. Duas jaciras disputam para ver quem será a porta-voz da Miss Brasil esfaqueada: uma maquiadora e uma estilista. Claro, objetivo é ganhar mídia, ficar famosa, posar, quem sabe, até para "Playboy". Uma delas, inclusive, pensa em interpelar a TV Globo por conta de ter tido o seu rosto (para sua própria segurança) camuflado em uma entrevista recente.
Dá a vida por uma apariçãozinha - eita, que ego.
quarta-feira, janeiro 17, 2007
"Te buque on de têibou?"
terça-feira, janeiro 16, 2007
"Menu Desconfiance"
Ariadne, aliás, idolatrada, salve, salve, qualquer dia toma o lugar da Carmen Mayrink Veiga no topo social carioca, é esperar para ver. Quem sabe no lugar da Silvia Amélia?
PS. Querem apostar quanto, como daqui a uns 5 anos, no máximo, a viúva do milionário sem pernas da Mega Sena estará sendo homenageada pela "high" carioca, como se diz, no Copacabana Palace? Uma "high" de araque, claro, uma "high" picolé.
domingo, janeiro 14, 2007
É o que se comenta...
sexta-feira, janeiro 12, 2007
Veneno de última hora
E já apelidaram o vestido vermelho com o qual a Claudia Fialho irá aparecer no baile de gala do Copacabana Palace: "capinha de bujão".
A temporada das caras-de-empada das lalás, lelés, lolós e lulus (à parte as lilis, são sagradas) já foi aberta com o "Fashion Rio" que se avizinha. Todas anunciando que estão "fazendo a 'vip list'" dos desfiles. Aqui, ó: "vip list" é o cacete!
quinta-feira, janeiro 11, 2007
Via Ápia
PS. Nilmar (foto), do Corinthians, é o melhor jogador de futebol em atuação no Brasil. E também o mais bonito.
quarta-feira, janeiro 10, 2007
Os desesperados
Então é assim? Meu inquilino, de uma hora para outra, cisma e toma de mim o meu imóvel? Faça-me o favor.
PS. O vídeo da malfadada trepada da musa bocuda periga ter mais audiência que o do enforcamento do Sadam. Que estrela tem essa moça arrogante...
terça-feira, janeiro 09, 2007
Ela veste Prada
Regina Guerreiro (foto), a poderosa editora de moda brasileira, agora na revista “Caras”, que no tempo da “Vogue” mergulhou um pato vivo dentro de uma lata de tinta óleo azul, para ilustrar um editorial, tenho ganhado a partir daí muitos desafetos também entre os ecologistas, é a curadora de uma exposição a ser aberta em São Paulo durante o próximo Fashion Week. Ela tem tocado o terror entre os estilistas, mandando de volta, por sedex, as roupas por eles enviadas, porque, garante, não tem gostado de nada.
Ela veste Prada 2Regina é escolada, já passou por maus bocados. Não tem muito tempo, foi vítima de um seu assistente direto na revista “Elle”, que a dopava e limpava o cofre de seu apartamento de São Paulo. O caso foi parar até na polícia - ela mesma me contou, almoçando em um restaurante da Avenida Atlântica, quando posou para a minha lente fazendo de leque uma folha caída de uma amendoeira.
quarta-feira, janeiro 03, 2007
Panturrilhas
terça-feira, janeiro 02, 2007
Ipanema e Angra desbancam Copa
### Em Ipanema, a Nokia instalou uma área VIP bacana para a moçada ver os shows e brindar o novo ano. Bebidinhas, comidinhas, champã, sorrisos e muitos flashes. Tinha de A - Arlete Salles, a Z - Zeca Camargo. Dona Raica chegou com aquele semblante blasé todo peculiar às ex do Fenômeno. Paulo Betti também foi, com a ex-mulher Eliane Giardini, são amicíssimos, como convém aos civilizados. Mas quando a Beth Lago chegou, com aquela mecha branca nos cabelos pretos, lembrando a Mortícia Adams, não teve para ninguém. A Beth, que foi uma das modelos brasileiras de maior sucesso nas passarelas internacionais, continua sendo - feito o Rio de Janeiro, que continua lindo.
### Débora Bloch também foi, com os filhos Júlia e Hugo e mais amiguinhos deles (amiguinhos é modo de dizer, a turma já é de quase galalaus). Maria Paula e João Suplicy deixaram a criança com a babá. Alessandra Negrini e o marido Otto, ela que será a grande presença na televisão em 2007, na opinião de Gilberto Braga, pois personagem central da nova novela dele, "Paraíso tropical", sorria e posava para fotografias. Quando o campeão de jiu-jitu Miguel Kelner chegou, as moças desacompanhadas foram à loucura. As acompanhadas também, mas discretamente.
### A Nokia armou o evento em vários lugares, simultaneamente. Guardados os devidos fusos horários, o rebu aconteceu no Rio, em Hong Kong, Berlim e Nova York. Que tal? Sérgio Mendes, hospedado com a mãe, em Niterói (minha vizinha!), atravessou a ponte para (en)cantar no evento. Logo depois veio o DJ Malboro, que é sábio e largou o cigarro há tempos, apesar do nome indigesto.
### Arlete Salles foi com os netos adolescentes, é, apesar de gata, ela já é vovó de quase adultos. Que coisa, Arlete. Zeca Camargo, com um amigo, estava ansioso para ver o Black Eyed Peas, a cena decantada em verso e prosa nas manchetes dos jornais. Zeca, ao que parece, não recebeu em São Paulo este ano para sua noite de panetone com champanhe, como faz todos os anos, o que o Tufvesson copiou e faz igual no Rio - ê, falta de criatividade! Rafael Calomeni também foi, mas quando o Marcelo Serrado chegou, a moçada fez muxoxo. Milagre dos milagres, Rodrigo Hilbert estava sem boné.
### Em Angra, quem mais fez sucesso no Iate Clube de Santos, depois de Marcio Cypriano, presidente do Bradesco, foi o "lost" Rodrigo Santoro. Com sua Ellen Jabour, ela daquela família caixa-alta citada como beneficiada naquele escândalo da "máfia do sangue", você lembra. A festa, que teve o circo como tema (artistas cuspindo fogo e fazendo malabarismo por todo o canto), estava de fato repleta da estrelas, e quando a Ana Paula Arósio chegou, a atmosfera ficou excitadíssima. Não é todo dia que a gente encontra uma mulher belíssima feito a Arósio por aí, né? Mas ela estava acompanhada, com o namorado João Paulo Ganon, outro rico-de-marré-de-si, e parecia feliz da vida. O clube é chique, e havia por lá pra mais de mil cabeças, quase todas lindas, à exceção de um colunista social local, que se acha a cerveja que faltava no pagode do Zeca Pagodinho. Mas isso é assunto para outro dia.
### Guardadas as devidas proporções, Ana Paula Arósio parecia aquela personagem da Claudia Rodrigues, a Talia, se eu não me engano o nome é este, com os dentes para fora da boca, e que pregava "eu vou beijar móoooito", você lembra? Nunca vi para beijar tanto quanto a Arósio! Beijos calientes, sabe roto-rooter?
### Quando a Hebe chegou, a bordo de sua lancha-tão-grande-quanto-a-barca-Rio-Niterói, foi um rebu, dona Milu. Hebe é Hebe! Cheia de penduricalhos, remontando à arvore do Natal da semana anterior, a primeira-dama sem marido do SBT estava em um dia especial. Sorria até não poder mais. Hebe acha que Angra dá sorte, e este foi o ano de nº 4 que a louruda rompeu por lá. Estava acompanhada de um "sobrinho", mas pelo que eu soube era sobrinho mesmo.
### Christian Fittipaldi era outro que chamava a atenção em Angra. Louras e morenas, negros e mulatos, todo mundo dava uma de soslaio para o filho do Emerson. Impossível não olhar. O Iate Clube foi o local dos ricos. Além do banqueiro acima citado, também passaram por lá o Roger Agnelli, presidente da Vale do Rio Doce, o Paulo Zottolo, CEO da Philips, a Lucila e a Vera Diniz, do Grupo Pão de Açúcar, a Viviane Senna, e mais, e mais.
### A comida em Angra era baiana, e o chef carregou na pimenta. Mas entre as sobremesas, não havia os quindins próprios dos tabuleiros do Pelourinho, e sim morango com suspiros, é. E já que o assunto é supiro, a Grazzi, a retumbante loura da novela Páginas da Vida, estava em Ipanema fazendo um monte de gente suspirar, e toda de dourado, sambou com a bateria da Grande Rio, em pleno palco. Levou uma grana pelo show, claro, porque não está morta. Enquanto isso, o namorado Alan a esperava na área VIP. Grazzi é tão bacana que seu sonho de consumo para 2007 é...é...viajar para a Disney! Tem coisa mais fofa?
### O neto de Rainier, Andréa Grimaldi Casiraghi, e a namorada Tatiana Santo Domingo, estavam na Vieira Souto. É, Ipanema teve até príncipe. Enquanto Copa...
quinta-feira, dezembro 28, 2006
A primeira faz tchan, e o Vesgo faz booooo!
NA FOTO - Toda orgulhosa, a bonita Ivone Hadid Kelner faz pose ao lado do filhão, o modelo e mestre de jiu jitsu Miguel Kelner, provando que beleza na família vem embutida no DNA...
quarta-feira, dezembro 27, 2006
PIB paulista chez Jorge Elias
### Mas estavam lá, todos vestidos de branco, como pedia o convite, a Christiana Neves da Rocha (na foto com Alice Carta), filha da minha saudosa amiga Lia, com vestido detalhado por fita preta de gorgorão no decote, a Alice Carta, o Paulo Setúbal com semblante preocupado, pois um dia antes um segurança de seu banco Itaú executou um correntista pobre e preto,"são quase todos pretos", canta Caetano, na porta-guilhotina de uma agência na Avenida Rio Branco, no Rio, estava lá também o MarceloPalhares, todos os Scarpas (fato inédito): Chico, Patsy (elegantérrima) Renata e Chiquinho, este medonhamente vestido, como é a sua moda, uma correntinha curta de ouro a adornar o pescoço sobre a camisa branca toda abotoada.
### A condessa Rosemari Rosenbecker, encantada com tanto chiquê, a linda Ana Paula Junqueira, Teresa Fittipaldi com o filho Lucas, que herdou elegância e beleza de mamãe, Fernando Altério com Paula Raia, a mandachuva da Lancôme no Brasil, Nizan Guanaes e Donata Meirelles, ele cada vez mais magro, depois da cirurgia de redução do estômago, a Helena Bordon, a Fernanda Abdalla, Romeu e Adriana Trussardi, ele é filho da Maricy, você sabe, a voz que destoa das traquinagens de Paulo Maluf - César Tralli com a mulher Cássia Ávila, o casal namora-separa Stefano Hawilla e IsabellaFiorentino, ah, e para não dizer que só falei de flores, a Daniela Cicarelli com seu namorado caixa alta Tato Malzoni. Quando a Lucília Diniz chegou alguém perguntou: "você não se machucou ao cair do céu"?
A Lucília é uma estrela.
segunda-feira, dezembro 25, 2006
Olha o que Papai Noel deixou na chaminé do blog
E neste dia de Natal, abro aspas para o grande poeta, Vinícius de Moraes, para tratar de assunto muito pertinente: amigos.
"Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências…
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer…
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os".
Lindo, não? Feliz Natal a todos os meus amigos. Mesmo àqueles que não sabem que são meus amigos.
sábado, dezembro 23, 2006
Da série "fico pê da vida com"...
PS. Diante do tamanho deslumbramento, da insegurança, da tremedeira com a qual permeia suas relações com os "famosos" e pseudos do Rio, a "promoter" Carol Sampaio já foi devidamente apelidada de "Carol SEMpaio".
PS2. Ah, não deixe de reler isso, um assunto muito atual: http://marciog.blogspot.com/2006_05_01_marciog_archive.html
sexta-feira, dezembro 22, 2006
Mais um drama na família Collor de Mello
domingo, dezembro 17, 2006
Narcisa faz escândalo na casa dos Monteiro de Carvalho
Nem apagão derruba Ivete
Ivetona não fez por menos. Até onde contei, foram cinco ou seis roupas. Se é que alguém estava preocupado com isso. Ah. Detalhe importante: todos os looks foram feitos por Alexandre Herchcovitch, para desgosto do Tufvesson. Baiana com tudo em cima e a cabeça em dia, a gata mandou alguém decorar seu camarim com fotos do Cristo Rendentor – mais carioca, impossível.
Quem pensa que Ivetona mandou pedir 25 mil toalhas brancas, um milhão de garrafas de garrafas d’água Perrier e um campo de futebol no camarim, como fazem as grandes “estrelas” de por aí, está enganado. Decorado com a simplicidade-marca-da-baiana, seu ambiente reservado para antes e depois do show não tinha nada de escalafobético, apenas algumas almofadas, uns sofás brancos, e só. Acessível como ela só, foi aí que a Ivete ficou pê da vida quando soube do festival de caras e bocas e egos inflados protagonizado pela “promoter” Carol Sampaio - pode chamá-la de Carol SEMpaio - e pela assessora de imprensa Renata de las Couve, da empresa Impress, que não deram atendimento digno a algumas figuras cariocas, subiram no salto alto, mas logo naufragaram na tal da insignificância. “Quem são as duas, elas são famosas aqui no Rio, são, meu rei”? – perguntou a cantora depois do show, para logo ficar tranqüila ao saber que ninguém as conhece - foi um acidente de percurso da produção.
Ivete nos bastidores é aquele azougue que todo mundo conhece em cena aberta, talvez por incansáveis sessões de esteira e musculação, mas sem a encheção de saco de um “personal trainer”. Antes de começar o show, não cansava de se levantar da “chaise longue” e caminhar até o fundo do palco para, escondidinho, ver o povão começando a chegar. Ansiosa, perguntava sem parar a seu irmão empresário Jesus Sangalo (este nome é um achado): “vem muita gente, vem, meu rei”? Ele apenas sorria. Sabe o diamante com o qual cresceu na Bahia, com o qual passou grandes barras (vendiam quentinha na infância-adolescência) e pelo qual dá a vida hoje, porque se amam como poucos. É Ivetona olhar, para o Jesus entender, e vice-versa.
A produção montou um vídeo com imagens de “amigos” (mas com muitos colegas) desejando tudo de bom à baiana. Dizem que foi surpresa, que Ivete não sabia, e pelo chororô que se instalou no momento em que a gata assistiu, acho que ela ignorava a função mesmo.
A cena da Ivetona só foi terminar lá pelas quase três da manhã, já que o tal apagão atrasou, e ainda teve a obrigação de a cantora repetir algumas músicas por ordem do diretor do DVD. Mesmo assim, após o balaco, ela mudou de roupa, pôs sandálias de dedo e deu uma entrevista coletiva retumbante: divertida, inteligente, sem pedestal. Foi aí que a baiana anunciou que vai entrar para o “hall” da fama do Maracanã, que tal?
Uma semana inteira de ansiedade, contou Ivete. Ela é profissional a ponto de querer saber de todos os detalhes, ainda que confie cegamente no irmão – nem todo mundo tem um Jesus para chamar de mano, né... Cantar no Maracanã era um sonho antigo, e entrando no paco ela atacou de “abalou, sacudiu, balançou de verdade”, o que fez o estádio tremer como num Fla-Flu- domingo-de-sol-com-Jorge-Ben-Jor-na-arquibancada. Sobre a morena, luzes cor-de-rosa.
Entre os cachorros-quentes e a pipoca servidos na “área vip”, salvaram-se todos da sede-de-fama dos “promoters”. Meu Deus, o que era aquilo?
Até Xuxa foi. Com Sasha. E a loura mereceu da cantora um chamego especial: em cena aberta, Ivete agradeceu a presença da rainha e dedicou a ela a música “Doce mel”, suscitando zum-zum-zuns, como sempre.
Ivete cantou “Corazón Partío”, com Alejandro Sanz, e abalou Bangu. Piadista, nos intervalos de uma ou outra música, porque se tratava de uma gravação, e às vezes os ajustes demandavam tempo, descontraía a multidão com suas histórias ou cantava um ilariê fora do roteiro.
Feito um rastilho de pólvora, um boato de que a baiana está grávida tomou de assalto a “área VIP”. Perguntada na entrevista de logo depois da cena, Ivetona negou. Quando parei de contar, estava na 25ª música. E Ivete atenta feito um canário belga às sete da manhã, piando por alpiste. Desviei minha atenção, quando a linda Grazzielli, ex-BBB, foi embora mais cedo, antes de o show acabar. É que o namorado ficou em casa, com febre.
Preta Gil, depois da cantora, era talvez a mais animada da noite. A rainha da bateria da Mangueira estava a mil por hora, e esquentava as turbinas para ainda dar uma passadinha na quadra da verde-rosa - bater o cartão de ponto, porque caso contrário leva falta.
Carolina Dieckman com aquele semblante parecido com o do figurinista do Jô – comeu e não gostou. Que será que se passa na cabeça da Carolina Diekman? Pensa tratar-se de uma Nicole Kidman? Cartas para a redação. A faixa de homem mais bonito da noite, emitida pelo colunista, foi parar nas mãos do ator Max Fercodini. Não havia concorrente à altura.
Beth Carvalho foi com a filha Luana. Ivete ainda cantou com Samuel Rosa, do Skank, e com Buchecha. Descontraída, refez cabelo e maquiagem em pleno palco, para loucura geral da platéia. Na hora do apagão, trouxe a banda para o centro do palco, fez uma oração e seguiu para o camarim. Foi atendida logo depois, e adentrou de novo o tablado cantando a música “Conquista”.
Entre os chamados vips, ainda, a lista de presenças é grande: Mariana Ximenez ganhou a faixa (também emitida pelo colunista) de a mulher mais bonita. Samara Felippo, que tem um dentista de Niterói na fila de pretendentes, declarou que só Ivete Sangalo a “tira de casa”, porque, todo mundo sabe, a Samara agora faz a linha “low profile” – ah, bom. Thiago Lacerda e Vanessa Lóes, depois de um longo inverno, agora vivem no verão da gravidez e estavam cheios de amor para dar, dançando coladinho, Nem aí para a “promoter” Carol Sampaio, que teimava em pedir “uma foto” ao lado dos belos. Uma “promoter” cafona, pelo que se percebe.
Nívea Stelman, outra que faz a linha “low profile”, mas vai até a batizado de cachorro em shopping de Brás de Pina, é uma mulher de oportunidades e logo fisgou por uma noite o ator Thiago Rodrigues, unanimidade do bem no Projac, estrela da atual novela das oito. Nívea garantiu as fotos das revistas e dos jornais durante a quinzena.
Karina Bacchi, a dona do piercing mais íntimo da temporada, tendo exibido o acessório nas páginas daquela revista de mulheres peladonas, também foi e dançou tanto, que parecia uma loura do tchan. Passando as festas de fim de ano no Rio, madame Suzana Werner, mulher do goleiro Julio César, do Milan, chegou da Itália e lá estava a loura, sacolejando o esqueleto e contando os minutos para ir ao camarim dar uma beijocas na amiga – se conhecem há muito (desde aquele meu tempo com Ivete na casa do Marcio Garcia).
sábado, dezembro 16, 2006
Sábado de sol com Ivetão no Maraca
segunda-feira, dezembro 11, 2006
Sabe por que o Rio é a Cidade Maravilhosa?
sexta-feira, dezembro 08, 2006
Texto sem cortes: Nuit de Noel: primeiro time e “rififi” no mesmo salão...
O primeiro time social marcou presença com pouquíssimos representantes, afora, claro, as esforçadas aves de outros planetas e longos carnavais. De Brasília veio uma van apinhada, porque avião nesse nosso céu de anil, só a Luiza Brunet, ou a Maria Raquel de Carvalho, e olhe lá. Daí que as brasilienses puseram seus tafetás na sacola, lançaram mão de um tênis básico, e cruzaram as estradas em direção ao Rio, cidade maravilhosa, berço do samba e das lindas canções, peçam à doutora Ellen Gracie para não guardar má imagem.
Na trupe de Brasília veio a Maria Inês Nogueira, num misto de vestido-fantasia salpicado de plumas balouçantes. No tempo do Clóvis Bornay no Hotel Glória, logo se batizaria a indumentária de “Chapadão das glórias na seara da rainha Vitória”, mais ou menos isso. E Maria Inês circulava esvoaçante – nem era com ela.
Ainda do Cerrado, a posudérrima Ana Maria Gontijo, que olha para a turma com um sibemol acima. Mas se o capítulo é a Corte, não tem para ninguém. A mais classuda, a mais impactante na Nuit de Noel era a Lílian Gurgulino. Que mulher interessante! Dentro de um vestido cor-de-cereja, Lílian estava uma uva.
Entre as cariocas, vai ser difícil escolher a mais elegante. Havia muitas. Regina Marcondes Ferraz, que agora é Gama, mas ninguém consegue chamá-la assim, por exemplo, de vermelho, era a própria aparição da santa. Mas uma santa com biografia. Regina nasceu com o talento da classe! Silvinha Fraga, rosto mais leve depois de um lifiting, pôs um longo verde-pinheiro de Natal. Andréa Rudge chegou ao lado do maridão Otávio dentro de um longo de seda cor-de-rosa-meio-acerola de chamar a atenção. Lindíssima, como sempre, e com jóias de corais e diamantes fabulosas.
Rosa Maria Barreto, classudérrima, dentro de um vestido dourado com jóias de águas-marinhas belíssimas. Miriam Gagliardi com seu clássico batom vermelho. Lucília Lopes estava com um vestido interessante: cor-de-carbono. Elizabeth Araújo, primeira-dama do Pró Cardíaco, lindérrima, com sua postura de bailarina clássica e um lindo colar de ouro-velho. Hecilda Fadel dentro de um modelo bordado feito pelas mágicas mãos do Jerson. E a juíza Maria Vitória, ao lado do seu charmoso Henrique Riera? Elegantérrimos!
Os salões estavam decorados à moda Copa: magníficos! Uma famosa socialite, tendo deixado de lado os óculos, confundiu-se e saiu cumprimentando os anjos de gesso em tamanho natural espalhados pelo salão. Pensou tratar-se de seres animados. Kátia Lage, a linda mineira, me olhava com o semblante de “estou te conhecendo, mas não sei de onde”, eu fiz a mesma linha, porque essa é uma linha providencial. O desembargador Luiz Felipe Francisco, mais magro, superem forma, também me apresentou um amigo que diz que me conhece “de nome”. Diante de tamanha popularidade, estou pensando em armar uma banca para vender serpentina no réveillon da Atlântica.
A Nuit era de Noel, aliás, e coitado do Papai Noel! O velho foi esquecido na portaria, onde estava lotado para receber os convidados. Nem um copo d’água levaram para o homem, que suava em bicas. No final da festa, com um cachê de R$ 200 no bolso, ele partiria para Bangu, onde verdadeiramente mora de janeiro a novembro, até chegarem as renas e carregarem-no para os cafundós de todos os natais.
Ângela Fragoso Pires, a organizadora da festa, pegou o microfone, claro, ou não seria a Ângela. Falou. Agradeceu. Leu telegramas enviados por pessoas importantes que “não puderam comparecer”: a vice-primeira-dama dona Maria Gomes da Silva e o futuro governador Sérgio Cabral. Comemorando os 15 anos da Nuit de Noel, 15 joalherias doaram uma jóia cada uma, e os mimos foram sorteados. Se a Ângela cantou, você perguntou? Até a minha saída, o que se deu logo depois da sobremesa, não ouvi um lariri da ex-primeira-dama do Jockey.
Dona Naná Sette Câmara, parceira na organização da festa, pontificava vestindo um autêntico Jerson, em mesa concorrida. O médico Francisco Briggs com sua Gilda, ela dentro de um vestido cor-de-chocolate-ao-leite, com amigos portugueses. Maria Raquel de Carvalho, não preciso dizer e repetir, era o próprio avião-que-não-decolou-no-Galeão-e-foi brilhar-no-Copa. Não há falha em trafego aéreo que consiga apagar o brilho daquele possante turbinado que é a Maria Raquel.
Maria Clara Tapajós disputava o troféu de “vestido mais estampado” com a Odaléa Brando Barbosa. Ambas elegantes, claro. Carmem Mayrink Veiga não foi. Ficou em casa, no que fez muito bem para si, mas muito mal para nós, privando-nos de sua impactante e linda presença.
Daqui a pouco alguém gritou: a governadora está chegando! Era alarme falso. Rosinha deveria àquela hora estar encaixotando seus pertences para despachar rumo a Campos, nos ônibus da 1001. Mirna Bandeira de Mello estava de amarelo-gema. Interessantíssima. Milu Camarão, de vermelho-Noel, ao lado do Armando e do Luiz Fernando Redó. Milu é um espetáculo. Uma simpatia.
Mais presenças: Ângela Alhante, Belita Tamoio, charmosíssima, Marlene Carvalho com a filha Gigi, de “O Dia”, seu colunista Bruno Astuto, Priscila Levinson e Emerson Marieto em uma mesa movimentada, o cônsul argentino Luiz Belando, que ouviu dizer que a franja está na moda e arriscou, Lucy Sá Peixoto com o carnavalesco Mario Borrielo, a médica Odilza Vital, que criou a famosa (nos EUA) pílula do perfume, Julia, uma mulher internacional e linda, com o marido embaixador Mario Gibson Barbosa. A sogra do Kaká, o nosso rei do Milan, estava também. Rosângela Lira é o seu nome. É representante da grife Dior no Brasil. Alberto Sabino, charmosíssimo.
A turma rififi do “society” estava também. É aquela que se esforça, se esforça, mas, qual o que nadou-nadou, morre sempre na praia. Melhor: morre no piscinão de Ramos! Não consegue decolar. Tem dinheiro? Tem, sim, senhor! Tem bolsa de grife? Tem, sim, senhor! Tem apartamento na praia? Tem, sim, senhor! Tem casa na Barra? Tem, sim, senhor! Tem carro blindado-importado? Tem, sim, senhor! Viaja na primeira-classe? Viaja, sim, senhor! Tem charme, tem classe, tem a alma racé? Tem, não, senhor!
Pelo contrário:come até sobremesa com garfo e faca.
Sorry, periferia...
NA FOTO, a linda Andréa Rudge, primeiríssimo time social carioca, uma das mais elegantes da noite...
quarta-feira, dezembro 06, 2006
Marketing social
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José Maurício Machline adoraria que o “Prêmio Craque Brasileirão 2006”, que ele inventou e a CBF comprou, fosse realizado dentro de um vestiário, mas como não há banheirão onde caiba tanta gente, a segunda opção foi o Theatro Municipal, que na gestão da dona Severo não anda lá muito distante disso, não. Mas a festa do tal prêmio, segunda à noite, foi, digamos, engraçada.
Para começar, alguém achou de escalar a arroz-de-festa Taís Araújo e o apalhaçado, no bom sentido, Evandro Mesquita para “mestres de cerimônia”. Nada a ver. Alguém do esporte, ainda que não fosse do futebol, imprimiria muito mais charme. Por exemplo, um Gustavo Borges, uma cada vez mais espetacular Hortência...as opções são inúmeras. Se perguntar a Taís o nome do técnico da Seleção Brasileira, é capaz de ela não saber responder. Quem é que sabe, aliás: é Dunga ou Ricardo Teixeira?
Taís quis fazer graça, ao justificar sua completa ignorância sobre futebol. “Sou mulher, dá um desconto aí”.
Outra bobagem é o capítulo figurino. Não adianta. Machline, pimpão, gostaria de que fosse black-tie, quer se sentir no Oscar qual Mariah Carey, mas logo mudou para passeio completo. A maioria da turma confundiu e foi de “vamos passear no bosque, enquanto seu lobo não vem”. Com algumas exceções.
Os amigos do organizador, quase todos, foram escalados para uma encenação rápida no evento. Todo mundo com cachê, claro. Uma presença bacana, entre poucos: Tony Belloto. Acompanhado dos filhos Antônio e João.
Rogério Ceni pode até ter merecido o título de “Craque do Brasileirão”, mas daí a ser medalhado também como “Rei do futebol”, e dentro do Rio de Janeiro, é sintoma de que alguém anda com as idéias avariadas na comissão organizadora.
quinta-feira, novembro 16, 2006
Sobre perdas
Agora perdi minha mãe.
Estou completamente perdido.
sábado, outubro 21, 2006
NO TELEFONE COM CARMEM MAYRINK VEIGA
sexta-feira, outubro 06, 2006
Tucanos também não são essa coca-cola toda
A) Logo no início da "era FHC", era, não é mais, denúncias de corrupção e tráfico de influências no contrato de US$ 1,4 bilhão para a criação do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) derrubaram um ministro e dois assessores presidenciais. Mas a CPI foi esvaziada pelos aliados do governo e resultou apenas num relatório com informações requentadas ao MP.
B) Pouco depois, em agosto de 1995, eclodiu a crise dos bancos: Econômico, Mercantil e Comercial. Através do Proer, FHC beneficiou com R$ 9,6 bilhões o Banco Econômico numa jogada política para favorecer o seu aliado ACM. A CPI instalada não durou cinco meses, justificou o socorro aos bancos quebrados e nem sequer averiguou o conteúdo de uma pasta rosa, que trazia o nome de 25 deputados subornados pelo Econômico.
C) Em novembro de 1996 veio à tona a falcatrua no pagamento de títulos no DNER. Os beneficiados pela fraude pagavam 25% do valor destes precatórios para a quadrilha que comandava o esquema, resultando num prejuízo à União de quase R$ 3 bilhões. A sujeira resultou na extinção do órgão, mas os aliados de FHC impediram a criação da CPI para investigar o caso.
D) Em 1997, gravações telefônicas colocaram sob forte suspeita a aprovação da emenda constitucional que permitiria a reeleição de FHC. Os deputados Ronivon Santiago e João Maia, ambos do PFL do Acre, teriam recebido R$ 200 mil para votar a favor do projeto do governo. Eles renunciaram ao mandato e foram expulsos do partido, mas o pedido de uma CPI foi bombardeado pelos governistas.
E) Num nítido estelionato eleitoral, o governo promoveu a desvalorização do real no início de 1999.
F) Para piorar, socorreu com R$ 1,6 bilhão os bancos Marka e FonteCidam - ambos com vínculos com tucanos de alta plumagem. A proposta de criação de uma CPI tramitou durante dois anos na Câmara Federal e foi arquivada por pressão da bancada governista.
G) Durante a privatização do sistema Telebrás, grampos no BNDES flagraram conversas entre Luis Carlos Mendonça de Barros, ministro das Comunicações, e André Lara Resende, dirigente do banco. Eles articulavam o apoio a Previ, caixa de previdência do Banco do Brasil, para beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o tucano Pérsio Árida. A negociata teve valor estimado de R$ 24 bilhões. Apesar do escândalo, FHC conseguiu evitar a instalação da CPI.
H) Em 2001, chafurdando na lama, o governo ainda bloqueou a abertura de uma CPI para apurar todas as denúncias contra a sua triste gestão. Foram arrolados 28 casos de corrupção na esfera federal, que depois se concentraram nas falcatruas da Sudam, da privatização do sistema Telebrás e no envolvimento do ex-ministro Eduardo Jorge. A imundice no ninho tucano novamente ficou impune.
I) Secretário-geral do presidente Eduardo Jorge foi alvo de várias denúncias no reinado tucano: esquema de liberação de verbas no valor de R$ 169 milhões para o TRT-SP; montagem do caixa-dois para a reeleição de FHC; lobby para favorecer empresas de informática com contratos no valor de R$ 21,1 milhões só para a Montreal; e uso de recursos dos fundos de pensão no processo das privatizações. Nada foi apurado e hoje o sinistro aparece na mídia para criticar a falta de ética do governo Lula.
E apesar disto, FHC impediu qualquer apuração e sabotou todas as CPIs. Ele contou ainda com a ajuda do procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, que por isso foi batizado de engavetador-geral. Dos 626 inquéritos instalados até maio de 2001, 242 foram engavetados e outros 217 foram arquivados. Estes envolviam 194 deputados, 33 senadores, 11 ministros e ex-ministros e em quatro o próprio FHC. Nada foi apurado, a mídia evitou o alarde e os tucanos ficaram intactos. Lula inclusive revelou há pouco que evitou reabrir tais investigações - deve estar arrependido dessa bondade!
Diferente do reinado tucano, o que é uma importante marca distintiva do atual governo, hoje existe maior seriedade na apuração das denúncias de corrupção. Tanto que o Ministério da Justiça e sua Polícia Federal surgem nas pesquisas de opinião com alta credibilidade. Nesse curto período foram presas 1.234 pessoas, sendo 819 políticos, empresários, juízes, policiais e servidores acusados de vários esquemas de fraude - desde o superfaturamento na compra de derivados de sangue até a adulteração de leite em pó para escolas e creches. Ações de desvio do dinheiro público foram atacadas em 45 operações especiais da PF. Já a Controladoria Geral da União, encabeçada pelo ministro Waldir Pires, fiscalizou até agora 681 áreas municipais e promoveu 6 mil auditorias em órgãos federais, que resultaram em 2.461 pedidos de apuração ao Tribunal de Contas da União. Apesar das bravatas de FHC, a Controladoria só passou a funcionar de fato no atual governo, que inclusive já efetivou 450 concursados para o trabalho de investigação. A ação do governo do presidente Lula na luta decidida contra a corrupção marca uma nova fase na história da administração pública no país, porque ela é uma luta aberta contra a impunidade, garante Waldir Pires. Diante de fatos irrefutáveis, fica patente que a atual investida do PSDB-PFL não tem nada de ética. FHC, que orquestrou a recente eleição de Severino Cavalcanti para presidente da Câmara, tem interesses menos nobres nesse embate. Através da CPI dos Correios, o tucanato visa imobilizar o governo Lula e desgastar sua imagem, preparando o clima para a sucessão presidencial. De quebra, pode ainda ter como subproduto a privatização dos Correios, acelerando a tramitação do projeto de lei 1.491/99, interrompida pelo atual governo, que acaba com o monopólio estatal dos serviços postais
segunda-feira, outubro 02, 2006
Fosse um brasileiro, dentro de um avião abalroando americanos no ar...
O jornalista do “New York Times”, passageiro do jato que se chocou com o avião da Gol - o que teria causado a tragédia, já embarcou de volta aos EUA. Fosse um brasileiro, dentro de um avião abalroando americanos no ar, na terra de George Bush, teria ficado detido, até que se esclarecesse tudo, e já com a pecha de terrorista.
Aqui e lá 2
A Polícia Federal errou ao permitir que o homem retornasse. Tem de perguntar, esclarecer, intimar, cogitar: o que aconteceu dentro do jato? E as gravações de sua caixa preta, o que registraram?
quarta-feira, setembro 06, 2006
Estou de férias
quarta-feira, agosto 23, 2006
"VIP List" é o cacete!
Só para se ter uma idéia, minha mãe me conta que, lembra de quando era pequena, o pai da dona Helena Gondim alugava bicicletas lá em Niterói. Disponibilizava "magrelas" para aluguel. Hoje a dona Helena é a "papisa da elegância e da finesse", que edita "a bíblia do society", o livro Sociedade Brasileira, onde facilmente banqueiros do jogo do bicho e "lesa-pátrias" conhecidos (tem até banqueiros que fogem do Brasil carregando os dólares dos clientes na cueca) são catapultados aos "píncaros da glória" ao lado do "creme-do-creme" da sociedade carioca. Um creme coalhado, diga-se.
Pros diabos com "vip list", Sociedade Brasileira, o escambau! Eu quero é dormir com a certeza de que Deus me permitirá acordar no outro dia.
Essas (po)posudas, marias, sabrinas, lalás, patrícias, anas paulas, marias claras, biancas e neuzinhas, todas, peidam, arrotam e cagam como eu e os garotinhos pardos que fazem malabarismo no sinal de trânsito. Mas carregam aquele semblante de quem defeca orquídea, algo assim como merda cheirando a Chanel nº 5.
Acordei ouriçado, hoje.
domingo, agosto 20, 2006
Chanel não morreu e brilha no Rio
Quando digo que “le tout” Rio disse presente, mato a cobra e mostro o pau: estava lá o ministro da Cultura Gilberto Gil, de calça branca e túnica da mesma cor, com uma sandália de couro daquelas que enforcam o dedão e libertam o fura-bolo e seus vizinhos, muito própria das lojas do Mercado Modelo baiano. Estava lá a eterna primeira-dama sem mandato, Lily Marinho, cercada de afeto, tailleur preto e micro-bolsinha Chanel, naturalmente. Estava lá a grande diva. É pouco: a matriarca do talento. Ih, muito pouco: a estrela, o cometa, o meteoro dos palcos brasileiros – agora sim: Bibi Ferreira! Da Eva Todor já falei. Ah, não posso esquecer: Tônia Carrero, linda, linda, sentada na terceira fila da platéia, embevecida, aplaudindo efusivamente.
Afora toda essa expressão artístico-social carioca, a lista de nomes e sobrenomes da noite é infindável. Antônia Mayrink Veiga Freering, em temporada carioca, sentada atrás de mim, com um jeans Diesel e o marido, Guilherme (camisa branca Ralph Lauren com as mangas arregaçadas, idem para a calça jeans). Maria da Glória Antici com seu semblante imperial, como saindo de uma tela de Edgar Degas. E quando o Daniel Oliveira chegou, t-shirt preto e branca em louvor a Jean-Michel Basquiat (o grafiteiro haitiano que riscou Nova York, como um profeta Gentileza movido a heroína), braços dados com sua cabocla, não teve para ninguém - a noite estava completa!
Daniel é o Cazuza do cinema, você sabe. É de uma doçura, de uma leveza, de uma beleza... Feito a Marília Pêra: difícil definir. Para começar, tem aquele meio-sem-jeito próprio dos talentosos. Parece que está sempre a se perguntar: “o que é que essa gente vê em mim, para me fotografar tanto, para me entrevistar tanto, para me paparicar tanto”? Essa gente toda que o espreita percebe um espírito desarmado, difícil de encontrar nos dias de hoje, e muito mais improvável ainda quando se trata de uma estrela de televisão - classe da qual a maioria, sabe-se, é movida a ego inflado. Daniel, não. Tem aquele jeito nada estudado, ombros fechados, olhando para o chão, timidíssimo, mas grandioso quando explana o sorriso e acende o olhar. Sem contar que, frente às câmeras, é aquele vulcão em erupção que todo mundo aplaude. Um vulcão novíssimo - não tem 30 anos.
O começar da noite, no hall de entrada do consulado francês carioca, estava infernal. Um calor! Meu Deus. Culpa dos refletores e, claro, da junção de estrelas num mesmo e exíguo pedaço. Pelo clima já se tinha a noção de o quanto seria “quente” o programa. A cada girar da porta envidraçada, uma surpresa. Olha lá a Regina Gama, eternamente Marcondes Ferraz, como é mesmo o nome do novo marido dela? Olha lá a Aracy Cardoso, uma moça, inteiraça. Silêncio! A Bibi Ferreira chegou! Flash, flash, flash!
Maria Adelaide Amaral, autora da peça, pôs uma camélia cor de rosa sobre o terninho preto. Flash, flash, flash! Aliás, camélias brancas e colares de pérolas, marcas do estilo Chanel, foram os acessórios preferidos pelas damas presentes. Olha lá: é a Marília Kranz! Flash, flash, flash!
“Envelheci”, diz a Chanel da ficção no palco do Maison de France, começando a contar sua história. A mademoiselle da vida real disparava: “A cada dia que passa, simplifico alguma coisa. Quando não puder inventar mais nada, será o fim”. Marília Pêra continua inventando.
Por exemplo, um repousar da mão na cintura todo novo, com o punho encostado no quadril e os dedos ocupando-se de um cigarro, cotovelo armando uma geometria firme com a linha do corpo. Inventando um leve chacoalhar da cabeça, ritmado com o que se despeja em palavras curtas e rápidas, induzindo seus ouvintes ao inarredável acordo. Inventando um jeito só seu de romper acima a escada espelhada, costas para o público, inclinando levemente o pescoço, no meio do caminho, e mirando a platéia com a certeza de uma loba diante da presa indefesa. Uma loba na idade da leoa.
Maria Adelaide diz que “quis saber quem era Chanel, como era, como sentia, se exteriorizava seus sentimentos ou os mascarava, por que falava tão rápido cuspindo as palavras como balas de uma metralhadora, por que parecia tão dura, o que escondia a sua altivez, por que era tão mordaz”. Pelo visto, conseguiu. Marília Pera atesta: Chanel era “uma bruxa! Uma fada boa! Boníssima amiga! Criativa, engraçada, um anjo! Um demônio”! Ambas, autora e atriz, acertaram em cheio no que querem mostrar ao público, no caso, a vida de uma mulher que reinventava sua história “de maneira brilhante a cada momento”, em cada movimento, surpreendente, como diz o diretor do espetáculo Jorge Takla. “A lenda é a consagração da celebridade”, contava Chanel.
Na platéia do Maison de France, o ator Carmo Della Vechia com o melhor amigo, ex-melhor amigo do ator Leonardo Vieira. Ainda: Lázaro Ramos com a mulher Taís Araújo e seu (dela) jeito Ellen de ser. A cabocla da novela e do Daniel Oliveira, Vanessa Giácomo, ouviu dizer que a peça era sobre Chanel, e sapecou um vestido preto, rendado, com saia godê de debutante. Contrastava com o jeans surrado do amado, seu (dele) tênis estilo Conga e o blazer-de-implicar-com-o-Peta: de pelica preta.
Outro que parou tudo quando chegou foi o sumido ator Ricardo Blat, talento espargindo via poros. O Blat também ouviu dizer que era Chanel, e tirou do closet uma calça com a estampa inglesa príncipe de Gales em preto e branco. Nélida Piñon, sentada na segunda fila da platéia, a representação mais exata da elegância. Geraldinho Carneiro era talvez o homem mais chique da noite, calça jeans, sapatos marrons engraxadíssimos e sem as pavorosas fivelas próprias dos “acafonados”, tudo arrematado por um blazer bem cortado, no comprimento certo, cor de outono, sobre a camisa branca livre do caos do cós.
Gabrielle-Bonher Chanel nasceu em 19 de agosto de 1883, uma autêntica leonina (vaidosa, centro de todas as atenções). Filha de uma arrumadeira-cozinheira é, ainda hoje, a maior personalidade da moda de todos os tempos. Libertou a mulher dos espartilhos, internacionalizou o perfume (“mulher sem perfume não tem futuro”), inventou a bijuteria, casando badulaques baratos com pedras preciosas. Alterou a carteira de identidade para camuflar a velhice. (In)certa vez, um repórter a perguntou: “Qual é a sua idade”? Ela: “você não tem nada a ver com isso”.
Em 10 de janeiro de 1971, deu seu último suspiro (“para mim, a única coisa apaixonante que ainda pode acontecer é morrer”). Antes de partir, porém, deu ordens ao fiel mordomo e herdeiro, François: “Quando eu morrer, leve-me à Suíça. Ponha-me atrás do carro. Se perguntarem alguma coisa, na fronteira, diga que é Mademoiselle Chanel, que já está meio gagá. E não faça bobagens, porque estarei com você em outra dimensão”.
A Chanel de Maria Adelaide Amaral não morre. Finaliza seu repertório sumindo em uma escada, diáfana entre a sanidade e o desequilíbrio mental. Talvez a autora tenha obedecido à ordem de mademoiselle, de que ninguém estava autorizado a vê-la fenecer.
Fotos: reproduções/colagem nossa