domingo, fevereiro 19, 2006

Claro que é “vip”: vai um baseado aí?

Por essa a telefônica Claro não esperava. Muitos dos seus chamados “vips” fumam maconha e “skank”, que é a “erva do diabo” passada por tratamento químico - o cheiro, quando queimada, lembra esterco. É. Foi o que se pôde ver no show dos Roling Stones, sábado, na Copacabana que não nos engana há muito tempo. O futum de marijuana era uma constante, e a turma doidona nem se incomodava com o fato de que entre os convidados “vips” havia figurões da polícia carioca. A sugestão para a Claro, agora, como contrapartida, é financiar uma campanha antidrogas. Pode até contratar a mesma promoter para organizar a função.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Tá podendo?

Tem gente que enxergou sintomas de megalomania e reflexo de falta de assessoria o fato de Ivete Sangalo ter publicado meia página caríssima (umas três casas populares) de anúncio em jornalão carioca "agradecendo" o convite de uma escola de samba que a chamou para ser rainha de bateria. Um telefonema bastava, nêga. Todo mundo sabe que você é poderosa...

PS. A foto mostra os novos modelos (de sunga, de sunga) para o alto verão.

sábado, fevereiro 11, 2006

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Parece que é por causa própria...

...O ator e vereador Stepan Nercessian é um dos maiores patrocinadores do Grêmio Recreativo Escola de Samba 'Difícil É O Nome'...

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Ex-mecânico, Arian é o Pascoal da vez

A vida imita a arte. É um ex-mecânico o modelo que mais chama a atenção das passarelas brasileiras nessa época de zoeira total. Como o mecânico Pascoal da novela "Belíssima", Arian (foto) vai marcando território, tem 20 anos, é de Santa Catarina - ô terra de gente bonita! Está batalhando a carreira na moda há um ano. Diz que quando começou só tinha uma muda de roupa, que beleza de história. Hoje está em quase todos os desfiles, agenda lotada, e já apareceu nas publicações mais importantes do mundo: "W", "i-D", "Vogue" América, "Numéro", "Arena", "V Men" e "Another Magazine". Já posou para a Benetton, Abercrombie & Fitch e H&M. É. E foi contratado para ser o garoto-propaganda do novo perfume do estilista Roberto Cavalli. Ah. Ao lado de Raica, fotografou para a campanha da TNG, e já está morando onde?, onde?, onde? Em Nova York!

sábado, janeiro 14, 2006

Anderson é lindo e gente boa

Um dos rostos mais bem-vindos da moda brasileira está fazendo sucesso na semana das passamanarias e viéses, no MAM. É o louro, alto, solteiro e sempre à procura Anderson Dornelles (foto). Ele veio do exterior (NY), onde mora, para fazer um desfile de uma griffe menos importante. Brilhou, brilhou, brilhou, bem à sua moda, sorriu, deu autógrafos e roubou a cena de alguns dos colegas de camarim (quase todos posam de "Eu sou uma ave rara, não chegue perto"). De boné, camiseta regata, Anderson mostrava a tatuagem nova, onde se lê: "One love". Como diria a Cininha: "Anderson é tudo". (A foto é do Cristiano, do Terra/The Boy).

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Fashion Rio: Firjan está fora de moda

A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro é a responsável pelo, desde já, mico do ano. Quer dizer, mico é forma de falar, a gafe foi um verdadeiro King-Kong. Aquele colegiado industrial enviou convites para diversos jornalistas do Brasil chamando para um almoço de “lançamento do projeto ‘Rio - Histórias e Personagens da Moda’, com a inauguração, nos jardins do MAM, da exposição que homenageia alguns dos estilistas que contribuíram para transformar a moda brasileira num setor empresarial reconhecido nacional e internacionalmente”.

Mas a Firjan não contava com a incompetência de sua assessoria de imprensa, cheia de mocinhas inexpressivas, tampouco com a falta de traquejo de uma (in) certa Margareth-sem-sobrenome (ela se negou a me dizer o nome completo), que trabalha - parece que com poder de mando - em sua área de eventos. Simplesmente, uns 15 jornalistas, con-vi-da-dos!, não puderam entrar no referido certame, por ordem da tal da Margareth, uma mulher tão “bonita” e “alta” feito a Gisele Bündchen. Margareth-sem-sobrenome simplesmente deu ordens ao segurança: “ninguém entra, o lugar está lotado”. E sumiu do mapa, medrosa. O segurança, coitado, obedeceu, mas ouviu toda sorte de impropérios da turma rejeitada. Margareth-sem-sobrenome não é competente. Não planejou. Convidou mais pessoas do que deveria. Margareth-sem-sobrenome.

Não seria a semana da moda carioca metidamente batizada em ingrêis, se isso não acontecesse, aliás. Vendido na mídia como “grande incentivador” do setor, na verdade o evento também é um alavancador de egos e ódios, isso sim, e bem ao gosto da moda. Descobre estilistas talentosos? Claro. Tira da sombra gente linda e a leva para o sol da passarela? Evidente. Promove a indústria dos vieses e passamanarias? Não resistiria tantos anos, se não o fizesse. Mas não dá para fugir do fato de que se trata de um balaco armado por e para pessoas que fazem da vaidade profissão. E vaidade, mal da humanidade, não tem idade nem remédio.

O MAM está um frege. Gente transitando por toda parte, um constante sobe-desce a rampa. Bacana é sentar num canto para ver a moçada passar. Barrado no tal almoço (aliás, a comida, me contaram, acabou no meio do furdunço, nem todo mundo conseguiu forrar a pança - Margareth-sem-sobrenome economizou no ensopado de mocotó), fui comer sanduba (caro, R$ 14) e tomar uma cerveja Boêmia (R$ 4,50 a latinha), para ver a turma transitar. O que vi é digno de muitas notas:

Regina Guerreiro (foto), a verdadeira azeitona da empada da moda brasileira, chegou toda de branco. Antes era o preto. Com um séquito de jaciras, claro, ou não seria a papisa dos áureos tempos do “Vogue” brasileiro, quando era capaz de mergulhar um pato vivo em uma lata de tinta óleo azul para ilustrar uma fotografia de moda. E matar sufocado o pato, coitado. Mas isso são águas passadas, e Regina, hoje em uma revista que não condiz com sua história, mas ganhando os tubos, continua de bom humor, pelo menos foi o que vi (e ouvi): gargalhando em altos decibéis, sua marca registrada.

Beth Guimarães ouviu que vestido longo está na moda e pôs um estampado arrastando no chão. O garçom conceituou, rápido no gatilho, trazendo minha cerveja, quando ela surgiu: “Parece a Mãe Menininha do Gantois. O vestido é tão estampado...”. Respondi que se tratava de uma das mulheres mais decantadas pelas colunas sociais locais, muitas vezes chamada enganosamente de “mais elegante”.

Como a Beth, outras tantas mulheres ouviram falar que o vestido longo está na moda e puseram um. Vestidos de todas as cores. Flores, flores, flores! Frutas! Tantos sabores. Difícil encontrar quem não pecou neste capítulo, porque, começo de conversa, para usar vestido longo precisa ser alta. Precisa ser magra. Precisa ter postura. Precisa ter ombros. Pois havia umas moças tão baixinhas, como se coubessem no porta-jóias, de vestidão longão. Sabe capa de bujão de gás de pipoqueiro?

Regina Martelli pôs um saião de chita, dois pulseirões, escolheu a bolsa maior do closet, porque os brindes são muitos e pouca gente resiste, e lá foi ela com ares de “sou a tal”. Fernando Bicudo, imperdoável, pendurou o telefone celular na cintura. Isso não se faz, Bicudo, e ainda mais num evento de moda. Todo de branco, cabelos armados, estava com sandálias havaianas da mesma cor. E se fazia acompanhar de um amigo com camiseta ultra-muita-cor.

Jorge Salomão, irmão do grande Wally, veio andando em minha direção, me tascou um beijo na bochecha e avisou: está chegando da Bahia. Passou por lá as festas de fim de ano. Fazendo suas macumbinhas, imagino. Lula Rodrigues dos Santos vestiu calça com estampa de camuflagem, aquele estilo militar. Peça “sambada”, nada àquela moda “comprei para ir à semana da moda”, o que denota estilo.

O estande da Mil Frutas, a sorveteria bacana, matou a pau, como se diz. Fila quilométrica na base do eternamente. Todo mundo querendo gelar a língua. Uma bola custa R$ 7. Caro. Tem sorvete de amora, champanhe, graviola, jabuticaba, lichia, mangaba, tamarindo, etc. Pelo mesmo está escrito na tabuleta, mas a mocinha do caixa avisou, depois de que entrei na tripa de gente, em busca de uma bola de mangaba: “não tem todos os sabores, não, isso (a tabuleta) tá aí só para enfeitar”.

Os banheiros para o público estavam imundos e fétidos. Os para a imprensa, perfumados e brilhando. Aliás, a sala da imprensa é um espetáculo. Tudo muito bem transado, sanduichinhos, água mineral, refrigerante, atendimento simpático, computadores, linhas telefônicas. Um céu de brigadeiro em meio à tormenta de poses e antipadrões sociais de alguns da turma da press da moda – pescoços empolados na base da demasia.

Um capítulo que merece consideração é aquele que versa sobre óculos escuros. Nessa solina com a bênção de Deus, fica obrigatório analisar a quantas anda a moda dos acessórios anticlaridade que o povo entendido no assunto estilo está usando. As jaciras são as que mais ousam. Há óculos que mais parecem máscaras. Todos negros. Não sei o que é que o povo da moda tem que não fita os olhos do interlocutor, como bem apregoam as leis da segurança espiritual...

No chamado setor dos negócios, onde várias pequenas e médias indústrias exibem e vendem suas mercadorias, destaque para o estande da Bahia, comandado pela Cristina Franco e bancado pelos Sebrae e Senai. Tem tanta gente talentosa lá... Meu Deus! Por exemplo: vi umas camisetas femininas minúsculas, bordadas com paetês, canutilhos e mini-fuxicos, tudo com o nosso motivo patriótico, quase obrigatório na indumentária dos tempos de Copa do Mundo. Feitas pela Gilka Andrade para a griffe Loygus, são dignas das páginas do “Vogue” americano (alô, Anna Wintour!). Vi também um misto de pintura silk e canutilhos no bordado floral em preto e branco, nas roupas feitas por Cristiane Moreno, merecedor de aplausos. E as jóias de casca de coco, com prata de lei incrustada em desenhos tribais, feitas por Nicolau e Sandra Almeida para a griffe Patro? Espetáculo! A Bahia, que sempre esteve com tudo no turismo, também está mandando na moda. E como.

As bolsas da Jô Havelange são de parar o trânsito. Coloridas, bem feitas, cheias de detalhes, um couro absolutamente bem tratado e lindo, chamam a atenção. Neste capítulo, as bolsas de Laura Lima, desfiladas com a coleção da Santa Ephigênia, também são lindas, lindas, lindas.

As assessoras de imprensa Kika Gama Lobo, XXX e Bianca Teixeira, e outros não dignos de nota, não se emendam. Continuam posando de donas da situação. Deveriam trabalhar para a Firjan. Não à toa, os paulistas desse segmento vêm comendo pelas beiradas e conquistando cada vez mais contas de empresas cariocas. Assessor de imprensa paulista sabe que depende dos jornalistas. Os cariocas, ainda que subservientes, acham exatamente o contrário.

PS. Justiça seja feita: na Firjan há incompetentes, gente sem sobrenome, um presidente controvertido, mas também tem uma mulher chamada Sônia Gadelha. Sônia, uma das personagens mais interessantes da sociedade carioca, há muito empresta sua classe, seu savoir faire, suas elegância e inteligência à alta cúpula daquela instituição. Se não fosse sua intervenção sempre sábia, pedindo desculpas aos jornalistas barrados, a Firjan, ó, iria parar na boca do sapo. Não é o meu caso, mas tem coleguinha por aí que bate uma macumba federal.


E O PADRE PINTO, HEIM?
Põe pinto nisso!

sexta-feira, dezembro 30, 2005

A gorda e a magra do "society"

Passado o reveillon, será dada a largada para o carnaval, com a novela de vaidade chamada “Sou poderosa”, em cartaz todos os anos. Cláudia Fialho e Lalá Guimarães disputam o papel principal.

Neto de Rainier rompe o ano no Brasil

Chamado de “o príncipe do século XXI”, cabelos em desalinho, Andrea Albert Pierre Casiraghi (foto), filho da Caroline Grimaldi (hoje de Hannover, do 2º marido, Ernesto) e Stefano Casiraghi, neto de Grace Kelly e Rainier, está no Brasil para romper o ano. Com um grupo de amigos, alugou casa em Trancoso, Bahia, terra de sal e sol, já que é afeito a tomar banho de mar na base do Adão, feito também faz o Brad Pitt - derrière à mostra. Namorado da colombiana Tatiana Santo Domingo, com ele na viagem, filha de um milionário construtor de avião, Andrea de Mônaco é apaixonado por futebol, hipismo e esqui.

“Tímido e reservado”, dizem os jornalistas franceses, de vez em quando ele sai do prumo e sinaliza com um escandalozinho básico, afinal, família real sem um babado forte perde a razão de ser. Olhos azuis, ele estuda em Paris e adora o verão em Ibiza. Em 2002, foi eleito um dos 50 homens mais bonitos do mundo pela revista “People”. Quando Rainier morreu, Andrea foi aclamado “sucessor” do avô pelos habitantes de Mônaco, mas o tio Albert não abdicou do osso.

quarta-feira, dezembro 14, 2005

E o Lulu Santos, heim?

Quem aí vai ser o primeiro a dizer ao Lulu Santos que não é prEvilégio, mas privilégio? E, ao que parece, ele tem fixação pela palavra. Há anos. Chaaaaato.

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Marimbondos de fogo e a verborragia da tia Danuza

Estou em Búzios curtindo a primeira fase das minhas férias. Hospedado na casa mais deslumbrante de Geribá, dos meus amigos Elzita e Ronaldo do Valle. Um marzão daqueles em frente, a dois passos do living. Faz frio. O sol não apareceu. Quer dizer, faz frio, não, mas chove. Uma hora de corrida na praia, pra lá e pra cá, para o tempo passar. Livro de Danuza, já devorei. Ela diz que a Tribuna da Imprensa é "um fracasso jornalístico" do Carlos Lacerda. Sei não, mas acho que a tia anda doida. Tia doida! Logo ela, chegada a fracassos também. A Tribuna é um "fracasso" porque fez oposição aos apaniguados que sustentaram o jornal do marido dela, que também nunca foi lá essa brastemp toda, esteve muito mais para samsung (ele, não a Última Hora, onde também trabalhei)
No mais, é isso! O tempo urge e a lusitana roda. Daqui a pouco estou de volta e retornarei ao assunto tia Danuza.
Parece praga a la Wainer: a única coisa que consegui nas férias, até hoje, foi uma ferroada de marimbondo. Mas tenho esperanças de que vai melhorar. E como.

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Pai de Athina não veio ao casamento

“Nem sempre os milhões ajudam a conseguir o que se quer na vida”
(Aristóteles Onassis)


A neta do homem que dizia que não tinha classe, “mas as pessoas de classe estão dispostas a perdoar esse defeito aos muito ricos”, casou-se sábado em cerimônia decantada em jornais, revistas e televisões do mundo inteiro. Athina Hélène Roussel, que não tem Onassis na carteira de identidade, mas já providenciou, pois só assim poderá assumir a presidência da fundação criada na Grécia por seu avô, agora também assina o Miranda do marido Álvaro, Doda para os íntimos e os nem tanto. O rebu parou as cercanias da Fundação Luisa e Oscar Americano, no Morumbi. A fila quilométrica dos automóveis dos 1.200 convidados demorou horas para terminar, por conta da interminável conferência da identidade de cada um dos seus motoristas e caronas. O pai da noiva, Thierry Roussel, não veio. Sabrine, filha adolescente dele, marcou presença (com um casal de seguranças).

A porta da festa parecia uma operação na Faixa de Gaza. Havia tantos seguranças, mas tantos (só não se viu cavalaria armada, o que foi uma gafe, afinal, o noivo é cavaleiro), que por um momento imaginou-se que iria chegar de Washington o dono do mundo George “Dábliu”. Alarme falso. Mas não era a segurança que a gente está acostumado a ver por aí na porta do Chopin: os fortões estavam todos compenetrados, não fitavam nos olhos os convidados e, feito membros de esquadrões antibombas, só se ocupavam dos seus rádios de comunicação. Com quem falavam e gesticulavam, meu Deus? Pareciam integrantes da trupe da Denise Stoklos, aquela do teatro da mímica. Para se ter uma idéia, todo o quarteirão que abriga os 75 mil metros quadrados da fundação estava guarnecido desses homems-armários. A ordem era “conter qualquer paparazzo”.

Mas o número de seguranças era ainda maior na área reservada ao estacionamento. Porque aí, à turma se juntava o batalhão dos manobristas. Se ser rico é complicado, imagina bilionário, gente. Se para entrar lá fora no portão o motorista e todos os passageiros eram obrigados a exibir os convites-cartões magnéticos, depois de entregar o possante para alguém guardar, era a mesma coisa. Um segurança falava em voz alta (a tal da falta de classe preconizada pelo velho Onassis lá no primeiro parágrafo): “todos com o convite e a carteira de identidade à mostra, por favor”. Não, não pediram exame de grupo sangüíneo.

Havia outra ordem dos noivos: ninguém poderia entrar com câmeras fotográficas, nem com aparelhos de telefone celular que captam imagens. Mas como se iria revistar as bolsas das madames? Resolvida a questão: alugaram detectores de metal. É. Uma entrada de Banerj básica para os bacanas. Não, não havia porta giratória. Justificativa: “Athina é tímida, não gosta de aparecer, não quer fotos do casamento nas páginas das revistas”. Ah, bom.

Mas acho que vai ser difícil. Diante da quantidade enorme de fotógrafos na porta do rebu, duvideodó! É claro que algum ousado pulou o muro, disfarçou-se de garçom, pôs para trabalhar aquela teleobjetiva estilo Nasa dentro de um helicóptero. Esta semana veremos as fotos “proibidas” por aí. Quer apostar? Um fotógrafo de uma revista, inclusive, chegou a bater seu automóvel no carro do Doda, no meio da tarde, em busca da foto exclusiva. Ficou famoso: apareceu dando entrevista a Renata Ceribelli no Fantástico, ontem à noite, você viu? (estou fechando a coluna 13h de domingo).

Aliás, havia um helicóptero de uma agência de notícias sobrevoando a festa! Imprensa de todo o mundo presente. Afinal, a noiva é tida como a mulher mais rica do universo, depois do Criador. Grécia, França, Argentina, EUA e Brasil representados por jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas. Todos barrados no baile, feito na música do Eduardo Dusek. O máximo que os menos ousados conseguiram foi fotografar alguns convidados chegando em seus automóveis, assim mesmo quando os vidros escuros estavam abertos. Ricardo Almeida abriu a janela do seu possante, afinal, ser visto entrando em uma festa dessas é marketing positivo no seu métier, que é o da moda.

O povo começou a chegar às sete (cerimônia estava marcada para as 19h30, com uma imagem de Santa Bárbara e uma enorme cruz branca vazia no altar – missa católica e bênção grega sem quebração de prato). Às 21h50 foi dada a ordem: nenhum automóvel entra mais. Só se for o papamóvel. Imagina se Sua Santidade iria se dar ao trabalho de tirar do closet suas novas batinas encarnadas da Prada!?! Houve um atraso considerável exatamente pelo fato de se ter de receber o povaréu, instruir a turma a passar pelo detector de metal e fazer a trabalhosa conferência “cara-crachá”, para ver se a foto da carteira de identidade era mesmo do convidado ou de algum penetra com documento falso. Afora o estacionamento dos automóveis! Que estresse! E tudo isso ao mesmo tempo. Nem a equipe da Helena Brito Cunha conseguiria.

Precavido e simpático, Doda chegou às 17h30 dirigindo seu próprio Audi, ao lado do melhor amigo, Rodrigo Pessoa. Athina, tímida, como já disse, que ficou três dias sem sair de casa, preferiu uma entrada estratégica (as tímidas famosas sempre entram e saem pelos fundos, com medo dos fotógrafos, triste sina). A coroada chegou às 15h e passou por aquele ritual intitulado “dia de noiva”, com tratamentos de beleza, massagens, cabeleireiros, maquiadores. Fico pensando no estresse de cada um desses profissionais no trato com madame. “Madame é tímida, né, convém não apertar muito na hora da massagem”... “Cuidado com o secador, para não queimar o couro cabeludo de madame”... “Não vá tirar bife da unha de madame, heim, manicure!” (que pintou as unhas de madame de branco). O cabeleireiro Marco Antônio de Biaggi, parecidíssimo com o Clóvis Bornay na meia-idade, nega ter cobrado R$ 25 mil para pentear madame.

Doda vestia um terno feito pelo expert Ricardo Almeida. Quer dizer, expert é modo de dizer, porque o Ricardo não conseguiu aplacar aquele ar sudorento e imprimir um chiquê no presidente Lula (chamem o figurinista do Jô!). Almeida foi ao rebu acompanhado da mulher, dona Agatha, que bem poderia se chamar “A gata”. O Valentino, cabelo de graúna esmaecida, que desenhou o vestido da noiva, sequer atendeu ao RSVP do cerimonial. Ricardo Novaes, filho de Cris Baumgart e José Augusto Novaes, fez o papel de pajem. Viviane, filha de Doda, o de dama-de-honra.

Leonardo e Viviane Senna foram. José Victor Oliva também. E mais: Chella e Moise Safra, Yara e Rolf Baumgart, o espadaúdo nadador Gustavo Borges, Caco Johannpeter com sua bonita mulher, Janete e Paulo Boghosian, Cristiana Arcangeli e Fausto Ferraz. Do jet set internacional? Você perguntou? Ninguém. Nem mesmo o príncipe Bruno Astuto, descendente direto de Maria Antonieta, a dos brioches. Tom Cavalcante chegou anunciando: "A noiva é minha prima e não dá para não prestigiar casamento de prima". Está certo - e de olho na herança da prima, creio.

As flores da festa eram brancas. Chris Ayrosa decorou. Uma numerosa orquestra fez coro para a entrada da noiva e depois para o remelexo dos esqueletos dos convidados. A noiva entrou nos braços do sogro, Ricardo Miranda, um vendedor de seguros bem sucedido. Imagina se o homem é escolhido para “segurar” os bens da nora? Está feito. Vestido dela era de tafetá, sem bordados, como convém. Um terço tomou o lugar do buquê. O véu era longo, e minha avó diria que está errado. “Véu, só para menina virgem. A noiva já mora com o noivo há três anos”, posso imaginar a velha ao pé do meu ouvido. Pequenos abajures iluminavam as mesas. Para ligá-los, a miscelânea de fios elétricos foi camuflada embaixo do piso para não dar choque no povo. Choque só o rosa do vestido daquela socialite, como é mesmo o nome dela? Havia flores cor-de-rosa estampadas nas cúpulas, e rosas-cor-de-rosa em vasinhos pequenos fazendo o conjunto.

Todos os convidados ganharam de presente uma corrente de prata (prata?) com um cristal (cristal?) assinada pela joalheira Bibinha Paranhos (Bibinha?). Teve gente metida a conhecer tudo que disse que a festa estava “simples”. É. Simples! Imagina...

PS. Na foto, Athina e Doda em Londres.

PS2. Reprodução da coluna publicada na Tribuna da Imprensa, segunda-feira, 05/12.

PS3. Estou saindo de férias. 20 dias. Eu volto!

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Doença de Hélio Fraga preocupa o "high"

Helinho Fraga, que ficou conhecido como o decorador preferido pela alta sociedade carioca (apesar de eu achar que a obra dele não é essa "cocacola" toda, tem muito dourado para o meu gosto), padece de um mal incurável. Uma pena, porque trata-se de uma das criaturas mais interessantes do Rio de Janeiro - apesar de muita gente achá-lo "arrogante", "vaidoso" etc. - ninguém é perfeito, né?
Mas o fato é que tudo começou com uma dorzinha de cabeça e ele pensou tratar-se de uma enxaqueca, e aí a dor foi incomodando, aquela reincidência que zunia os ouvidos. Helinho resolveu procurar o Paulinho Niemeyer, tido como talvez o mais importante neurocirurgião do mundo. Diagnóstico: tumor "inoperável", inacessível, na cabeça. É.
O "high" padece com o fato. Numa hora dessas vê-se que os Rolex, as Montblancs, os Jaguars, as casas na Riviera Francesa, as contas no "Citibanque", não estão com nada. Deus é o governador de tudo - Ele dá, Ele tira.
E para Ele nada é impossível.
Quem sabe Deus não resolve pela cura do Helinho? Vamos orar.

LEMBRETE
Hoje, 1º de Dezembro, é dia de armar a Árvore de Natal.

segunda-feira, novembro 28, 2005

Crime contra o Patrimônio Histórico em Niterói

Não é possível que a Prefeitura de Niterói, cheia de "intelectuais" donos de universidades de quinta, faça o que está fazendo com a histórica ponte que leva à Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem (que fica no alto da montanha - na obra de arte do Camões aí em cima), fundada lá pelos idos do "1500 e caixa prego". À guisa de "restaurar" o pedaço, está mudando o desenho do guarda-corpo por réplicas do MAC de Niemeyer. São vários MACs em miniatura fazendo o papel de corrimão. Tenho certeza de que até o doutor Oscar, um gênio, condenaria o descaso com o patrimônio histórico, se fosse lá ver de perto.

sexta-feira, novembro 25, 2005

Você tem casa pra vender pro Brad Pitt?

Mas tem de ser em Washington, centro da política mundial, onde a bela dele, Angelina Jolie, a bocuda mais sexy do mundo, precisa estar por conta do seu posto de embaixadora da ONU. Ah! Tem de ter piscinão, área livre de olhares para o Brad exibir ao céu seu derrière - ele adora andar nu, você sabe, e também tem de ter um espaço e-nor-me para ele fazer seus projetos de arquitetura - mesmo não sendo arquiteto - e jogar no chão seus livros, revistas e jornais - ele adora ler jogado no chão sobre um tapete, pernas abertas ao vento, sem lenço, sem documento.

quinta-feira, novembro 24, 2005

A festa do ano para o povo “colocado”

O rebu é basicamente de música eletrônica e reúne a turma com o selo GLS. Foi assim que surgiu a festa “La Colocación”, há um ano, ou mais, pelas idéias criativas de uma trupe inconformada com a falta de opções de diversão para a turma descolada. Resultado: já houve 10 edições.

### Se a moçada produtora enriqueceu, não sei, mas que o nome da festa é um achado, ah, isso é que é: “La colocación”. E como soa bem. No mundo GLS, chamado “mundinho” na gíria, ficar “colocado” é algo assim, como irei dizer? Pra cima, “up to date”, fervido, animado, chique! Por aí. Eu, por exemplo, sou um colunista eternamente “colocado”.

### O público cresce a cada ano. A última festa somou mais de duas mil cabeças saracoteando, mexendo o esqueleto a poder de Red Bull, aquele que dá asas. Até Calvin Klein foi visto por lá, em março, mas eu não sei se selecionou algum “modelo”.

### Conhecida no Brasil inteiro - na internet, entre a juventude assanhada, não se fala em outra coisa que não na tal da “La Colocación” -, a festa virou griffe e desperta a atenção de pessoas de outros estados. Quem entende do assunto me diz que “o melhor da noite eletrônica carioca em um novo cenário, qualidade de som, ‘line up’ com os DJs das melhores festas e boa infra-estrutura” são a tônica da “La Colocación”.

### A primeira edição aconteceu em um playground de prédio residencial. De lá para cá, precisaram de lugar maior. A única prerrogativa para que se freqüente o rebu é “não ser preconceituoso”, porque dá de tudo - gente de todo tipo. A próxima festa será dia 9 de dezembro, no Texas Bud, em Charitas, Niterói. Tem um site: http://www.lacolocacion.com.br/.

NA FOTO
Márcio Mendes, Thiago Figueiredo, Nathalia Steffens, Roberta Sant’Anna e Luana Taranto são os colocados que criaram a festa “La Colocación”. Eles não parecem ricos, milionários moradores dos Hamptons? Merecem...

quarta-feira, novembro 23, 2005

GOSTO DE:

Quindim, correr na praia, viajar, ler, vinho tinto, ser paparicado, pavê de nozes, queijo chedar, canja de galinha, salmão, suco de acerola com laranja, hálito perfumado, cachorros, acarajé, malhar em casa, olhar o Fábio de binóculo aqui de casa, dormir tarde, Ronaldinho Gaúcho (foto), perscrutar mapas, plantar e colher, Bahia - terra da felicidade, eu ando louco de saudade, Renoir, jeans e camiseta branca, abajur ligado à beira da cama, livros empilhados à espera, Cesária Évora, gravata-borboleta, Gilberto Braga, ler jornal, andar de barca Rio-Niterói, álbuns de fotografias, CD pirata, Saia Justa, Galinha (o bicho), a casa da minha amiga Elzita e toda sua família, colecionar convites, Satiricon, Botafogo Futebol e Regatas, Geribá, papelaria, bombeiros, bailarinas, ir ao médico, arroz, feijão e ovo molinho, fotografia, jogadores de futebol, a voz da Gal, ficar sozinho à noite em casa.

NÃO GOSTO DE:
Gente pretensiosa e enrustida, calça corsário, azeite de dendê, perfume em demasia, gente que chega em minha casa sem antes telefonar, vinho branco, homem de unha pintada e grande e cuticulada, programas sensacionalistas de TV, mulher que fale alto, gente que fuma em público, palito de dente em mesa de restaurante ou em qualquer outro lugar (mesmo trancado no banheiro com a luz apagada), pornografia, flamenguistas (com exceção de um), Ratinhos, Leões e Joões Kleber, mulher vulgar, amigo infiel, cavanhaque farto, gente apegada a dinheiro, camiseta larga, branco da roupa encardido, sair à noite, sorrir quando não estou com vontade.

Vem no meu Orkut, que vou no seu

terça-feira, novembro 22, 2005

Jennifer Lopez vem cantar no casamento Onassis

“O casamento do milênio”, como as exageradas jaciras dos salões de beleza paulistas batizaram o enlace de Athina Onassis com o sortudo cavaleiro Doda Miranda, tem garantido as notícias das colunas locais, e agora, mais do que nunca, as manchetes mundiais. Jennifer Lopez vai ser a principal atração da festa - depois da conta bancária da noiva, claro. A cantora vai levar de cachê a bagatela US$ de 1 milhão. Mas já avisou que doará o montante para uma obra social. Só acredito vendo o recibo.

PASSAPORTE - Athina Onassis e Doda Miranda, aliás, estão circulando pela Argentina, nesses dias pré-casamento.

DEUS É PAI - Quem está feliz com o rebu Onassis-Miranda é o jogador Kaká, que também casa em dezembro. Ele acha que com holofotes dirigidos ao enlace da grega, ninguém se ocupará de badalar o seu, como o belo bem deseja. Vamos aguardar.

MUDOU O NATAL - No meu tempo de criança, chegada de Papai Noel no Maracanã tinha entrada franca. A gente ia cedo, montado nas costas do pai, para conseguir sentar no melhor lugar, comprava pipoca e algodão doce na porta. Hoje em dia, o bom velhinho chega da Praça da Apoteose (deve com isso criar celeuma com Momo) e, para entrar no recinto, a criançada precisa fazer compras de R$ 20 na Sendas, pegar um cupom e ainda torcer para ser sorteado.Pô, R$ 20 para ver o velhinho é muito! Sem contar que a promoção é das abastadas Accioly Entretenimento, Unimed e do supermercado citado. Mudamos nós ou mudou o Natal?

MALDITAS ROTATIVAS - A governadora Rosinha diz que “jornais exageram sobre violência”, li no fim de semana, e que as coisas não andam tão periclitantes assim. Então, tá. Fazer o quê?

TOUR SORRISO - O prefeito de Niterói anunciou um “programa turístico” para o fim de semana, alugou ônibus refrigerados e recebeu convidados para circular em um “city tour”. Antes mandou recolher das ruas e jogar num depósito qualquer, pois não há programa social relativo a, os menores cheiradores de cola que andam perambulando pelos sinais de trânsito ‘as centenas. Diante do número extenso deles, deve ter alugado para amontoá-los (temporariamente) o Maracanã, para não chocar os convidados.

ALIÁS - Pelé vai a Niterói sexta-feira inaugurar um campo de grama sintética. A grama é fabricada por um seu patrocinador.

ALIÁS 2 - Diretor do Domingão do Faustão, Maurício Shermann, cabelo cor-de-Moët-Chandon, recebeu ontem na Câmara da Cidade Sorriso o título de Cidadão Niteroiense.

BATOM - Mulher anda passando mais cheques sem fundos do que homens. A informação é do Telecheque.

TEATRO - A peça “Não contém glútem” vai estrear dia 30 no Teatro Princesa Isabel, ficando até dia 4 de dezembro. Uma comédia que trata do mundo comum dos artistas. Morgana, a personagem principal, está em uma fila para um teste de elenco de uma peça “e começa a discussão sobre a dor e a delícia que é ser artista”, me contam por email.

ESTRELA - Polyana Simões está fazendo a RP do bar Zero-Zero. Agora vai.

DOIS BELOS - A linda modelo Letícia Birkheuer gravou participação na novela Belíssima ao lado do novo solteiro Cauã Raymond, que na trama faz papel de um garoto de programa.

CADÊ O PATETA? - A Parada da Disney, aquela que junta todos os personagens, do Mickey ao Professor Pardal, do Pluto aos Irmãos Metralha, cheia de gente colorida e animada com balões de gás nas mãos, chegou ao Brasil. Domingo, a turma estava animando no endereço que as Casas Bahia, de Samuel Klein, têm no Anhembi, em São Paulo. Rebu foi tanto que a família Klein reuniu alguns coroados locais e seus filhos para a animação. Parecia festa de aniversário de criança rica. A meninada se divertiu a valer. Só o Raul Gil, patrocinado pela loja anfitriã, não apareceu. Ficou com medo de que alguém o confundisse com o Pateta.

TIOZINHOS - Ricky Martin e Calvin Klein vão lançar uma linha de cuecas e roupas íntimas masculinas? Ih, vão brigar na seleção de “modelos” no Ro de Janeiro. Se vão...

CLÔ - Clodovil saiu pê da vida do palco do Gugu, domingo, onde foi falar do conto do vigário no qual caiu, mas encontrou uma “mulher desclassificada”, palavras dele, “baixo nível”, sempre ele, que o desafiou em público, o programa era ao vivo, querendo chamar a atenção. A mocinha é fraca e verborrágica, de fato, e a cena foi constrangedora. Clodovil prometeu se vingar do Gugu, que pelo visto é mal dirigido.

segunda-feira, novembro 21, 2005

"Skol Rio" incendeia a Lapa

Ninguém segura a Lapa, agora que o lugar, antes fétido e mal apanhado, já que mergulhado no descaso da Prefeitura e do Instituto do Patrimônio Histórico, foi resgatado pelos tubarões do mercado imobiliário. Recente lançamento de condomínio residencial anunciado nas televisões teve venda recorde. Na trilha do sucesso, a cerveja patrocinou um festival de música que tomou conta da praça embaixo dos arcos (sobre os quais passa o bondinho que leva ao tiroteio de Santa Teresa), da Fundição Progresso e do Circo Voador, que a Prefeitura remodelou e está um barato. Barato que às vezes sai caro, com o ingresso pela hora da morte.

O balaco da cerveja começou sexta-feira, com perto de 30 mil pessoas de diversos estilos e tribos musicais. Às 19h, na Praça dos Arcos, o povaréu curtiu as apresentações do bloco Céu na Terra, do Rio Maracatu e de Alceu Valença, grande Alceu, que conquistou o público com um repertório de sucessos e músicas vigorosas. Me deu saudades do Carnaval em Olinda, onde um ano passei embaixo da sacada dele, Alceu e seu violão movendo um mundão de gente - tempo bom.

Apesar do grande número de pessoas, não foram registradas ocorrências graves na Lapa - diz a organização. O clima foi de tranqüilidade, garantido pelo estruturado esquema de segurança com 550 homens (400 seguranças particulares e 150 do efetivo das polícias Militar, Civil, Federal e Guarda Municipal), além de 14 câmeras de monitoramento espalhadas por toda a área da praça, que tinham zoom de até dois quilômetros.Por volta das 11 da noite, teve início a programação simultânea dos palcos da Fundição Progresso e do Circo Voador, com ingressos esgotados (cinco mil e mil e oitocentas pessoas, respectivamente).

O público da Fundição agüentou firme, dançando até de manhã ao som do DJ Marlboro, que fuma Hollywood, e que encerrou a noite. Antes, a dupla Helião e Negra Li (com participação surpresa de Felipe Dylon), Marcelo D2, DJ Marky e BNegão, entre outros, já tinham dado conta do recado.No Circo Voador, o clima foi de confraternização, com o show da banda Paralamas do Sucesso, que recebeu o guitarrista Dado Villa-Lobos, "cada vez mais bonito", acentuou Cininha, como convidado especial. Eletrosamba, Xis e o DJ Snoop e o trio Motirô, do hit "Senhorita", acompanhados por 16 músicos, mostraram em primeira mão o repertório do ainda inédito 2º CD.O atendimento ao público na área externa foi feito por 81 bares da região, parceiros do evento, e 19 tendas de alimentação na Praça dos Arcos.

A limpeza ficou por conta de 450 funcionários, potencializada pelo trabalho da ONG Doe Seu Lixo, capitaneada pela atriz Isabel Filardis, que recolheu material para reciclagem.Para o sábado, segundo dia do evento, restaram poucos ingressos para Fundição Progresso, onde se apresentou a banda Asa de Águia, e para o Circo Voador, que teve shows da banda Orquestra Imperial e o encontro das cantoras Fernanda Abreu, Sandra de Sá e Funk'n Lata.

No fim da tarde, os cinco mil convites da Fundição Progresso já haviam esgotado. Nem mesmo a chuva forte atrapalhou o ânimo do público que prestigiou os shows abertos na Praça dos Arcos. Arlindo Cruz tomou a cena por volta das 19h30 e, depois, o Dudu Nobre, que é chique e mora na Vieira Souto, fez o público balançar o esqueleto. A noite no palco externo foi encerrada com a energia da Bateria Skol, composta por ritmistas de várias escolas de samba. Às 23h, no Circo Voador, o movimento já era intenso. Soulzé deu início, seguido pela Orquestra Imperial. Já eram quase duas horas quando Fernanda Abreu, Funk na Lata e Sandra de Sá tomaram o palco para o encontro esperado.

Após o show, os artistas, ainda bastante animados com a energia do público, continuaram o encontro no "backstage" em uma grande confraternização, enquanto Marcelinho da Lua comandava a música eletrônica no palco. Na Fundição Progresso, como já era esperado, o auge da noite foi o show da banda Asa de Águia (com início às 1h30), que arrastou milhares de pessoas. Depois da banda baiana, o funk de Mr. Catra dominou o palco Arena e, com a casa cheia, o público dançou até o amanhecer.

Várias chamadas "personalidades", algumas nem tanto, foram conferir a noite no lendário Circo Voador. A bonita Helena Ranaldi marcou presença no show da Orquestra Imperial, da qual faz parte o trompetista Max Pet, seu mais novo amor. Entre os "vips" também estavam Pedro Bernardes, marido de Marisa Monte, que curtiu a noite sozinho; e ele, claro, o Dado Dolabella, que chegou por volta das duas horas acompanhado por uma moça.

Na Fundição, os vips presentes eram Kayky Brito e o Cabeção de "Malhação", o Sérgio de sobrenome impronunciável. O Dado arroz-de-festa também passou por lá. Kayky entrou rodeado de amigos, mas logo arrumou uma "amiga". Na área vip, encostado em uma coluna (não coluna social, mas de concreto), resgatou com a mocinha aquela história dos "beijos de liquidificador" perpetuada por Cazuza. Interceptada por representante da coluna (agora sim, a social, não a de concreto), a menina não quis dizer se o "liquidificador" de Kayky é "alguma brastemp".

Cerca de 2,5 mil pessoas foram abordadas nos dois dias pela blitz da "Brigada da carona", que por meio de brincadeiras promoveu a conscientização sobre os riscos de beber e dirigir entre o público do evento. Entre os participantes, o Felipe Dylon (foto), aquele de fala arrastada, que acaba de completar 18 anos e está mais parrudo (deve andar malhando muita rosca-bíceps), que foi sem seu melhor amigo Flávio Zveiter, Dado Dolabella, olha ele de novo, Sandra de Sá e Ivo Meirelles, cabelo cor-de-morango-do-Nordeste, entre outros.

quinta-feira, novembro 17, 2005

O Peta deu um pega na Gisele Bündchen

Gisele Bündchen anda na mira do Peta, aquele grupo de ativistas pela causa dos animais que toca o terror nos quatro cantos do mundo. A turma patrulha mesmo. Agora, quando a nossa bela assinou contrato com a griffe Louis Vuitton, e para esta marca ser "muito chique", mas "muito chique", enfeitar as afetadas, precisa usar couro de pacas, tatus e cotias sim, o pessoal foi tirar satisfação com a ex-noiva do Di Caprio. Aconteceu outro dia, em Paris, Gisele enchendo o cofrinho mais ainda.
A moçada do Peta deu uma vaia. Uuuuuuu! Gisele passou, os ativistas chegaram mais perto e uuuuuu! Alguém ameaçou puxar o cabelo e uuuuu! E Gisele correu, e uuuuu! Parecia camelô correndo do rapa (a Guarda Municipal, não o namorado da Débora Secco) no Centro do Rio. E a turma mandou avisar: se a bela não desistir de estrelar a nova campanha publicitária da marca, o pau vai comer na casa de Noca. E, nesse caso, a casa de Noca é em Los Angeles.

Idéia de carioca para TVs do mundo

Se o “Big Brother” passa em TVs dos quatro cantos do mundo, imagina isso: doutor João Havelange recebeu minuta do projeto e levou para o Joseph Blater, presidente da Fifa, e tudo indica que uma emissora de TV americana comprará os direitos autorais, para todo o mundo, do programa “Ace TV”, um reality show dos vestiários dos campos de futebol. “Ace” - a pronúncia é êice - é craque em inglês. A criação é da produtora carioca Mago Idéias.

### Consiste em filmar os vestiários de grandes clubes nacionais e internacionais, depois do 2º tempo, para não interferir na concentração dos craques. Câmeras em todos os cantos, no alto do chuveiro, nas portas dos armários, atrás dos espelhos. O pessoal do Real Madri, que sabe tudo de marketing, já teria recebido a proposta com bons olhos.

### O espectador, além de matar a curiosidade sobre o que acontece naqueles misteriosos ambientes azulejados, escolherá por telefone o craque mais carismático do clube e também poderá ouvir em tempo real o que se passa lá. O jogador eleito indicará uma obra social que receberá o equivalente a R$ 1 milhão. Boa.

### Material gravado - cenas de nudez e linguajar chulo camuflados. Merchandising: indústrias de roupas esportivas, de cosméticos masculinos e bebidas isotônicas já acenam. Dará confusão em casa: como é que vai ficar o ibope do marido depois de que a mulher se inteirar ainda mais sobre os contornos das pernas do Beckham?

COPABACANA - Sábado próximo coq para VIPs no apartamento com pomar, em Copacabana, para comemorar o niver do queridíssimo arquiteto Hector Healy.

CABECEIRA - O Cônsul-Geral de Portugal no Rio, António Tânger Corrêa, recebe amanhã no São Clemente para noite de autógrafos de livro contando a história daquele pedaço palaciano, com texto do embaixador Manuel Côrte-Real e fotos Sérgio Pagano.

CABECEIRA 2 - Eduardo Bueno lança hoje o livro "Avenida Rio Branco, um século em movimento", no Museu Nacional de Belas Artes. Para ele, a abertura da avenida tem um significado simbólico na história da nação que há cem anos apenas debutava como república. "Não se tratava de uma simples rua: era uma proclamação. Seu leito de 33 metros de largura não havia apenas rasgado ao meio a carne viva da cidade colonial: fora feito também para romper com ‘o atraso e o opróbrio’ e dividir em dois a história do País - o que viera antes e o que viria depois de sua inauguração".

PINCEL - Anna Bella Geiger inaugura expo na Galeria do Lago do Museu da República, também amanhã, com trabalhos históricos na evidência, tem até um vídeo-instalação chamado “O pão nosso de cada dia”, e ainda gravuras, desenhos e rolos da série “O local da ação”.

ESPORTE - A Enseada de Botafogo vai pegar fogo domingo, com a última etapa do Estadual de Duatlo. Moçoilas ensandecidas atrás dos atletas saradões da natação e da corrida, ou será da natação e do ciclismo? Ezequiel Morales e Diogo Sclebin estão empatados na liderança, com 35 pontos cada um. No feminino, Gisele Ribeiro já é campeã por antecipação com três vitórias nas três etapas disputadas e 60 pontos conquistados.

ALELUIA - A cantora Soraya Moraes, vencedora do Grammy Latino 2005 na categoria Música Cristã em Língua Portuguesa, será homenageada hoje no Gallery, em São Paulo, pelo desempenho, tido como ótimo, de seu CD "Deixa o Teu rio me levar": é disco de ouro e foi o grande destaque da 10ª edição do Troféu Talento, principal evento de música cristã no Brasil.

BEM-TE-VI - Kate Moss ligou o “tô nem aí”, e prossegue enchendo o cofrinho, depois de que foi flagrada naquele momento Heleninha Roitman. Em Ibiza, acabou de posar para nova campanha da griffe Cavalli.

ALIÁS - Este Cavalli, que é italiano e é Roberto, está lançando uma linha de celulares pavorosos com a indústria de eletrônicos LG. São aparelhos estampados de oncinha, que tal? Ariadne Coelho vai adorar. Custam em média US$ 1.300. Eu não pagaria R$ 1.

ZOOLÓGICO - Li na internet que a riquinha Paris Hilton comprou um macaco, não a ferramenta de trocar pneu, mas o mamífero mesmo. Agora vai.

EXPO - O ilustrador Carlos Dias abriu ontem uma expo interessantíssima, de desenhos, claro, na Galeria Choque Cultural, em São Paulo. Ele é quem cria as estampas para o Alexandre Herchcovitch, o maior estilista da nova geração no Brasil.

Reprodução da coluna impressa na Tribuna da Imprensa.

NA FOTO
O casamento do jovem empresário carioca Renato Nobre, um dos maiores fabricantes de roupas de jeans do Brasil, com a designer capixaba Érica Lucas Carão, congestionou o aeroporto de Vitória (ES), com gente chegando dos quatro cantos do País. Festança bacana, cerimônia ministrada por pastor evangélico, declaração de amor do noivo para a noiva na base do improviso, muita emoção, decoração espetacular, tudo criação de Érica, que é linda, com móveis feitos de madeira de demolição, rosas brancas pendendo do teto, mesas com gavetas abertas cheias de docinhos caramelados, orquestra de violinos, bolo quadrado de vários andares, música para dançar, tudo documentado no site www.depra.com.br. Vá ver. Sucesso da festa foi tanto que surgiu até uma comunidade no Orkut chamada “Érica fisgou Renato. Você viu?” Que gente criativa...

Foto: www.depra.com.br/divulgação

segunda-feira, novembro 14, 2005

O “quê” é isso, companheiro?



É o primeiro caso na história da publicidade brasileira. O Conar não tem registros, perguntei. Uma agência com sede no Rio, a “Quê!”, aceitou fazer o papel deprimente de censura aos jornais de bairros de Niterói, a mando da prefeitura local, sua cliente de milhões. Ameaçou, inclusive, “interromper a programação dos anúncios” da administração petista, caso cada um dos periódicos não reze na sua cartilha. Totalitarismo absoluto. A “Quê!” quer, pasme, saber de tudo: da movimentação interna financeira das empresas, detalhamento dos roteiros de distribuição e comprovação de tiragem por declaração autenticada e registrada em cartório.

### No caso daqueles que têm gráfica própria, vai mandar um fiscal ficar na boca da máquina para ver e contar a papelada saindo. Acho que nem o seu Gushikem pensou em algo parecido. Espionagem industrial, como se vê. A turma dos coleguinhas está com medo de que o próximo passo seja o prefeito Godofredo Pinto mandar “um censor na redação para decidir o que pode ou não sair”, de acordo com o “Jornal de Icaraí”. Outra coisa: a “Quê!” dá sete dias de prazo para os jornais cumprirem as ordens. Que tal? Mas vai ter chumbo grosso no lombo: Maurício Azedo, presidente da ABI, que faz jus ao nome nesses contextos de embate pela ética, prometeu reagir.

O AMOR É LINDO - O senador Suplicy está fazendo a corte, via internet, a uma promotora de Justiça moradora de Niterói. Já telefonou para ela, inclusive. Na intimidade, chama a paquerada de “garota sapeca”. Está dado o recado.

OS BONITINHOS - "Trabalhar com o Loredo foi mágico. Mas, como ele mesmo diz, comediante não se dirige, se policia". As palavras são do grande ator Selton Mello, sobre seu novo produto: um curta metragem com o intérprete do Zé Bonitinho, Loredo, 80 anos impressos na certidão de nascimento, no papel de protagonista. Selton dirige e é tão bom diretor quanto ator. O filme trata de um septuagenário chamado Ivan, que sai de casa para procurar emprego porque seu filho está doente.
POLÍTICA - Maurício Correa já foi indicado por Joaquim Roriz, de Brasília, seu sucessor. Campanha começou nas mansões do Lago Sul - todo mundo empenhado a todo vapor.

MODA - O estilista Alexander McQueen, para muitos um dos mais importantes de sua geração, lançará em 2006 uma linha de tênis em parceria com a afetada Puma. De quebra, lança também uma linha jeans, a “McQ”, incluindo acessórios, jaquetas e camisetas. Objetivo é comercializar em 600 pontos de venda. Que tal?

Moda 2 - A marca “Biba”, inglesa que nos anos 60 vestia a juventude que bombava literalmente Londres e adjacências, voltou à tona em bolsas e sapatos à venda na Brows londrina. Em 2006 surgirão com roupas e jóias, tudo lançado na London Fashion Week. Vamos aguardar.

ORDEM E PROGRESSO - E aí, você acredita que o comandante do 20º BI, do Exército, em Curitiba, afastado ontem, diga-se, não sabia da prática de trotes de seus sargentos, como foi mostrado na televisão no fim de semana? Eu sempre soube que trotes na caserna são tão ou mais freqüentes que nas universidades.

INTERNET - O MercadoLivre, um dos maiores sites de comércio via internet, comprou o concorrente, de nome Arremate. Vão operar em conjunto em oito países, incluindo o Brasil. Colômbia, Equador, México, Peru, Porto Rico, Uruguai e Venezuela são os outros. O Arremate continuará atuando de forma independente somente na Argentina e no Chile. Os milhões usados no negócio não foram divulgados.

TEQUILA - A Orquestra Petrobrás (que tem o maestro e o violinista mais bonitos do Brasil, ambos da família Prazeres), participou como convidada de honra do Festival de Morelia, no México, no último sábado. Turíbio Santos e Carlos Prieto fizeram participações ilustres, como bem confirmam seus nomes nas cenas musicais brasileira e mexicana. O Morelia é é um dos mais conhecidos festivais de música na América Latina. O regente convidado, Roberto Duarte, orquestrou peças de Joaquin Gutierrez Heras, o Concerto para Violão e Orquestra de Villa-Lobos e a Sinfonia nº 2, Carnaval, de Ernani Aguiar. O público veio abaixo, e isso bem antes de tomar a primeira dose de tequila, como de hábito.

PARECE O PALOCCI - Pretensão pouca é bobagem. O presidente do PDT, Carlos Lupi, eu li no site do partido, diz que a instituição “está vivendo um dos melhores momentos de sua história”. Que qué isso, cara pálida? Um partido que perde um nome feito o do comandante Leonel Brizola deveria declarar amargura derradeira.

CABECEIRA - A editora Nova Realidade e a Livraria Cultura estão convidando
para o lançamento do livro “Rumo às estrelas”, de L. Ron Hubbard. Vai haver palestra do cosmonauta Anatoli Berezovoi, um russo que permaneceu 211 dias no espaço na nave Soyuz T7. Ele vai falar sobre suas viagens, programas espaciais russos (onde participa o brasileiro Marco Pontes) e sobre sua fascinação com os livros do autor Hubbard, sempre no topo das listas dos best sellers de seu estilo literário. É amanhã, em Botafogo.

REBU - Dias 23 e 27, chiques de todo o Brasil se encontrarão com a “Maria Joana”, aquela nauseabunda, e como abunda, habitué do local, no Clube Med de Itaparica, o paraíso baiano onde cresceu o Vampeta, craque do Brasiliense. O convite partiu da diretoria do lucrativo Banco Cruzeiro do Sul, e o objetivo é um torneio de tênis. Vai ter show de Margareth Menezes e jantar assinado por Emmanuel Bassoleil.

PROJAC, URGENTE - Me contaram durante as férias, tomando banho de mar em Geribá, hospedado no Doce Mar, o condomínio mais chique da praia, que a separação da atriz bocuda do ator bocudo, ambos da Globo e jovens, com muita fila para andar, passa pelo amor do novo personagem dela na novela das sete, aquela “Bang Bang” que desde a primeira semana atira no escuro, sem a presença do autor que a idealizou.

RÍMEL - A loja Sete Cosmetics, em São Paulo, está lançando lencinhos de camomila para o pessoal das olheiras aplacar o olhar de Mortícia Adams. A caixinha com vinte custa R$ 75. Vale o investimento.

GRANDE CENA - No mercado dos DVD surge mais um campeão de vendas: o especial “Elis Regina Carvalho Costa”, que a pimentinha gravou para a TV Globo em 1980, aparece nas prateleiras das lojas. É. Programaço para reunir os amigos e não precisar enfrentar as despoliciadas esquinas do Rio. A direção - do filme, não das esquinas - é de Daniel Filho. O “Alô Alô Marciano” cantado por ela àquele dia é de pôr fogo em Marte e dar inveja nos habitantes de Saturno.

Reprodução da coluna impressa da Tribuna da Imprensa.

Na foto, Daniel Cruz, um modelo que sai de Campos (RJ) para ganhar a Europa. Cria do colunista Carlos Frederico, de "O Diário NF"...

sexta-feira, novembro 11, 2005

Xales aquecem na noite dos Safra

















Fazia frio. Muito frio. Mas a São Paulo social das grandes fortunas, há muito, estava aquecida para a “maior festa dos últimos tempos”. E o clima levou as mulheres mais elegantes da cidade a tirar dos armários seus xales e écharpes. Quase todas levavam esses providenciais aquecedores ambulantes surgidos na moda na Europa do século XVIII (leia mais sobre o assunto no pé da página). Algumas carregavam seus xales nos ombros, outras, junto das bolsas. Havia outras carregadas por eles. As bolsas, por sua vez, para ocasião festiva, estão cada vez menores, cabendo na palma da mão. O casamento, dia 1º de Novembro, da linda Alessandra Deweik com o herdeiro Azuri Safra, filho do arquimilionário Moise Safra, da família do bancão homônimo, foi um espetáculo! Um detalhe saltou aos olhos de quem compareceu: não se sabe se havia mais seguranças ou convidados. Viver assim, rodeado de homens-armários, deve ser muito chato - se não se é gay.

O vestido da noiva tinha a grife de Demi Queiroz. Alessandra usava uma discreta tiara de diamantes segurando o véu longo e generoso. A festa aconteceu na exclusiva Hípica de Santo Amaro, onde o colunista César Giobbi dá muita pinta a bordo de seu anel de ouro no dedo mindinho - pavor, pavor. Os Safra construíram um prédio de mais de sete mil metros quadrados especialmente para a ocasião, tudo decorado pelo Felipe Crescenti, que sabe tudo de cenografia. Esperados 800 convidados, com os guarda-costas coxudos no contexto o contigente quase dobrou. Os detalhes eram tantos, que até a pista de dança mudava de cor: foi feita de fibra ótica.

Milionários dos quatro cantos do mundo. Lily Safra, a loura poderosa, não apareceu. Há um tempo, comenta-se, as relações dela com a família de seu falecido marido (morto naquele incêndio malcontado em Mônaco) andam estremecidas. O buffet França, preferido da alta burguesia paulista, esmerou nos detalhes e sabores “kosher”. Isabella Suplicy fez os doces e bolos. Chella Safra, mãe do noivo, é uma anfitriã exigente e fez questão de provar todos os pratos e doces quando da organização da recepção. Exigente e incansável: outro dia mesmo, vestida por Valentino-cabelo-de-graúna, ex-Sra. Cacá de Souza, casou seu filho Edmond (com Marielle Nahmad) em uma festança em Cannes, no Palm Beach La Croisette, rebu para mil pessoas, tapete vermelho na porta, feito a noite do Oscar sem o vestido-cisne daquela rapariga, como é mesmo o nome dela? Esqueci.

No casamento de anteontem, a famosa dona Fifi, conhecida doceira dos libaneses e judeus da paulicéia, também deixou sua contribuição ao assinar algumas delícias. Quer dizer: dona Fifi fez o povo emitir fiufius com aqueles doces de nozes de se lamber beiços e babar gravatas. Lulu Santos, sem Scarlett (Lulu sem Scarlett é muito chato) arrematou a ocasião com um show descontraído - os noivos subiram ao palco e saracotearam com ele, inclusive. Azuri é um dos mais animados da noite paulista - invariavelmente dança muito, está sempre sorrindo. Na noite de seu casamento não poderia ser diferente: parecia feliz, a bordo de uma graúda cartola.

A cerimônia foi na sinagoga paulista, apenas na presença dos mais íntimos (o casamento civil aconteceu no domingo anterior, seguido de almoço que durou dia inteiro, no restaurante La Luna). O teto do prédio construído na Hípica, Felipe Crescenti mandou pintar todo de azul-marinho. Havia cristais colados e, à primeira vista, com o reflexo da luz, o povo pensava tratar-se de um céu estrelado. Flores brancas por toda a parte, e fica difícil nominá-las (eram tantas e tão diferentes). Mesas redondas de 10 lugares. Havia rosas, gérberas, chuva-de-prata e mais, e mais. O florisca Carlos, famoso das altas paulistas, ar-ra-sou! No mesmo páreo que ele, só o Antônio Neves da Rocha e o João Vicente Correa. (sai pra lá, Ricardo Stambowsky!)

Descontração total. Todo mundo dançou a valer. Hebe Camargo, que não é Roberto Carlos e por isso foi de marrom (bata de cetim bordada, estilo meio indiano), estava animadíssima, com um xale da mesma cor, só que mais escuro, e graúdos diamantes caindo em chuveiro sobre o colo – um colar valioso. Hebe também não é Angélica, e por isso não foi de táxi, como faz a maioria dos paulistas endinheirados com medo de sequestro, mas de carro blindado, com seguranças e motorista.

No capítulo colar, aliás, foi difícil escolher o mais bonito. O da Chella Safra, se vendido, daria para pagar as despesas da festa e já garantir as outras, até as bodas de prata do filho. O traje pedido foi o black-tie, mas alguns homens (poucos) não seguiram a pretensão dos donos da festa. Entre os convidados, até o Faustão, veja você o poder da televisão. Luciano Huck e a mulher, ex-Anjéca, também disseram sim, mas o Huck é bem-nascido, justifica-se. Estava lá o poderoso Lázaro Brandão, presidente do Conselho de Administração do Bradesco, cabelos cor de algodão - claro que não deve ser por preocupação financeira. Dos Setúbal do Itaú, só vi o Roberto com seu bigodão. Indigesto bigodão. Milu Vilela, maior acionista do banco com as irmãs Camargo (da Camargo Corrêa), anda sumida.

Tufi Duek, dono da Forum, um homem da moda, foi de smoking mas aboliu a gravata-borboleta. Preferiu uma comum. Todos os Ermírio de Moraes também disseram sim (n’outro dia mesmo, no sábado anterior ao casamento, a mesma turma de endinheirados reuniu-se para o casório de Lianinha, linda, linda, sobrinha de Antônio Ermírio, filha de José Ermírio de Moraes Neto, com Guilherme de Almeida Prado).

Chella Safra estava de Lacroix salmão-rosa-champanhe e xale de tule de seda na mesma cor. Cecília e Abram Szajman. Ela abusou das transparências. Otavio e Tânia Piva de Albuquerque. Ele talvez o maior importador de vinhos do País. Ela de vestido preto justo de alcinhas, rendado e forrado na cor da pele, com xale preto sobre o ombro, sem colar, enormes brincos de diamantes. Daniela Sarahyba, deslumbrante, de azul-turquesa, com xale marrom na mão, acompanhava o namorado Wolf Klabin.

Rosinha Goldfarb, das melhores amigas da Hebe (daquele time de mulheres que dividem com a loura do SBT a mesma suíte do Ritz e saem às ruas ensandecidas às compras em Paris), de azul-carbono cheio de transparências. Esther Safra Szajman, de vestido dourado-cor-de-mel, com micro bolerinho transparente sobre o ombro, cabelos presos em coque alto, era das mais bonitas. Walter Feldman não respeitou o black-tie e pôs terno cinza claro com gravata de gerente de banco estatal - ou de neys suassunas, como queira.

André Szajman era o mais bonito da noite. Um pão. Graziella Matarazzo, com a categoria impressa no nome, deslumbrantemente chique, de preto, pouca maquiagem, pescoço longitudinal feito o de Maria Eudóxia Duvivier (quanta saudade), xale plissado aquecendo o colo. O vestido mais improvável, e por isso mesmo lindíssimo, era o de Marcia Grostein. Parecia um Lino Villaventura, e eu acabei não perguntando que griffe que é.

O XALE - Como peça da moda, foi instituído na Europa pelos soldados britânicos e franceses que chegavam das guerras na Índia. Corria o século XVIII. Na segunda metade do século XIX, o xale era parte integrante do vestuário elegante. Em 1810 eram curtos, 20 anos depois, mais longos, agora já feitos de seda. Com o passar do tempo, foi atingindo maior comprimento, aderiu ao algodão, à lã, à caxemira, ganhando texturas, bordados e franjas. Os registros da moda garantem que Arthur Liberty, fundador da Liberty de Londres, iniciou sua carreira fazendo xales, no século XIX.
Na foto, Chella e Moise Safra, o casal sensação.