quarta-feira, dezembro 06, 2006
Marketing social
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José Maurício Machline adoraria que o “Prêmio Craque Brasileirão 2006”, que ele inventou e a CBF comprou, fosse realizado dentro de um vestiário, mas como não há banheirão onde caiba tanta gente, a segunda opção foi o Theatro Municipal, que na gestão da dona Severo não anda lá muito distante disso, não. Mas a festa do tal prêmio, segunda à noite, foi, digamos, engraçada.
Para começar, alguém achou de escalar a arroz-de-festa Taís Araújo e o apalhaçado, no bom sentido, Evandro Mesquita para “mestres de cerimônia”. Nada a ver. Alguém do esporte, ainda que não fosse do futebol, imprimiria muito mais charme. Por exemplo, um Gustavo Borges, uma cada vez mais espetacular Hortência...as opções são inúmeras. Se perguntar a Taís o nome do técnico da Seleção Brasileira, é capaz de ela não saber responder. Quem é que sabe, aliás: é Dunga ou Ricardo Teixeira?
Taís quis fazer graça, ao justificar sua completa ignorância sobre futebol. “Sou mulher, dá um desconto aí”.
Outra bobagem é o capítulo figurino. Não adianta. Machline, pimpão, gostaria de que fosse black-tie, quer se sentir no Oscar qual Mariah Carey, mas logo mudou para passeio completo. A maioria da turma confundiu e foi de “vamos passear no bosque, enquanto seu lobo não vem”. Com algumas exceções.
Os amigos do organizador, quase todos, foram escalados para uma encenação rápida no evento. Todo mundo com cachê, claro. Uma presença bacana, entre poucos: Tony Belloto. Acompanhado dos filhos Antônio e João.
Rogério Ceni pode até ter merecido o título de “Craque do Brasileirão”, mas daí a ser medalhado também como “Rei do futebol”, e dentro do Rio de Janeiro, é sintoma de que alguém anda com as idéias avariadas na comissão organizadora.
quinta-feira, novembro 16, 2006
Sobre perdas
Agora perdi minha mãe.
Estou completamente perdido.
sábado, outubro 21, 2006
NO TELEFONE COM CARMEM MAYRINK VEIGA
sexta-feira, outubro 06, 2006
Tucanos também não são essa coca-cola toda
A) Logo no início da "era FHC", era, não é mais, denúncias de corrupção e tráfico de influências no contrato de US$ 1,4 bilhão para a criação do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) derrubaram um ministro e dois assessores presidenciais. Mas a CPI foi esvaziada pelos aliados do governo e resultou apenas num relatório com informações requentadas ao MP.
B) Pouco depois, em agosto de 1995, eclodiu a crise dos bancos: Econômico, Mercantil e Comercial. Através do Proer, FHC beneficiou com R$ 9,6 bilhões o Banco Econômico numa jogada política para favorecer o seu aliado ACM. A CPI instalada não durou cinco meses, justificou o socorro aos bancos quebrados e nem sequer averiguou o conteúdo de uma pasta rosa, que trazia o nome de 25 deputados subornados pelo Econômico.
C) Em novembro de 1996 veio à tona a falcatrua no pagamento de títulos no DNER. Os beneficiados pela fraude pagavam 25% do valor destes precatórios para a quadrilha que comandava o esquema, resultando num prejuízo à União de quase R$ 3 bilhões. A sujeira resultou na extinção do órgão, mas os aliados de FHC impediram a criação da CPI para investigar o caso.
D) Em 1997, gravações telefônicas colocaram sob forte suspeita a aprovação da emenda constitucional que permitiria a reeleição de FHC. Os deputados Ronivon Santiago e João Maia, ambos do PFL do Acre, teriam recebido R$ 200 mil para votar a favor do projeto do governo. Eles renunciaram ao mandato e foram expulsos do partido, mas o pedido de uma CPI foi bombardeado pelos governistas.
E) Num nítido estelionato eleitoral, o governo promoveu a desvalorização do real no início de 1999.
F) Para piorar, socorreu com R$ 1,6 bilhão os bancos Marka e FonteCidam - ambos com vínculos com tucanos de alta plumagem. A proposta de criação de uma CPI tramitou durante dois anos na Câmara Federal e foi arquivada por pressão da bancada governista.
G) Durante a privatização do sistema Telebrás, grampos no BNDES flagraram conversas entre Luis Carlos Mendonça de Barros, ministro das Comunicações, e André Lara Resende, dirigente do banco. Eles articulavam o apoio a Previ, caixa de previdência do Banco do Brasil, para beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o tucano Pérsio Árida. A negociata teve valor estimado de R$ 24 bilhões. Apesar do escândalo, FHC conseguiu evitar a instalação da CPI.
H) Em 2001, chafurdando na lama, o governo ainda bloqueou a abertura de uma CPI para apurar todas as denúncias contra a sua triste gestão. Foram arrolados 28 casos de corrupção na esfera federal, que depois se concentraram nas falcatruas da Sudam, da privatização do sistema Telebrás e no envolvimento do ex-ministro Eduardo Jorge. A imundice no ninho tucano novamente ficou impune.
I) Secretário-geral do presidente Eduardo Jorge foi alvo de várias denúncias no reinado tucano: esquema de liberação de verbas no valor de R$ 169 milhões para o TRT-SP; montagem do caixa-dois para a reeleição de FHC; lobby para favorecer empresas de informática com contratos no valor de R$ 21,1 milhões só para a Montreal; e uso de recursos dos fundos de pensão no processo das privatizações. Nada foi apurado e hoje o sinistro aparece na mídia para criticar a falta de ética do governo Lula.
E apesar disto, FHC impediu qualquer apuração e sabotou todas as CPIs. Ele contou ainda com a ajuda do procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, que por isso foi batizado de engavetador-geral. Dos 626 inquéritos instalados até maio de 2001, 242 foram engavetados e outros 217 foram arquivados. Estes envolviam 194 deputados, 33 senadores, 11 ministros e ex-ministros e em quatro o próprio FHC. Nada foi apurado, a mídia evitou o alarde e os tucanos ficaram intactos. Lula inclusive revelou há pouco que evitou reabrir tais investigações - deve estar arrependido dessa bondade!
Diferente do reinado tucano, o que é uma importante marca distintiva do atual governo, hoje existe maior seriedade na apuração das denúncias de corrupção. Tanto que o Ministério da Justiça e sua Polícia Federal surgem nas pesquisas de opinião com alta credibilidade. Nesse curto período foram presas 1.234 pessoas, sendo 819 políticos, empresários, juízes, policiais e servidores acusados de vários esquemas de fraude - desde o superfaturamento na compra de derivados de sangue até a adulteração de leite em pó para escolas e creches. Ações de desvio do dinheiro público foram atacadas em 45 operações especiais da PF. Já a Controladoria Geral da União, encabeçada pelo ministro Waldir Pires, fiscalizou até agora 681 áreas municipais e promoveu 6 mil auditorias em órgãos federais, que resultaram em 2.461 pedidos de apuração ao Tribunal de Contas da União. Apesar das bravatas de FHC, a Controladoria só passou a funcionar de fato no atual governo, que inclusive já efetivou 450 concursados para o trabalho de investigação. A ação do governo do presidente Lula na luta decidida contra a corrupção marca uma nova fase na história da administração pública no país, porque ela é uma luta aberta contra a impunidade, garante Waldir Pires. Diante de fatos irrefutáveis, fica patente que a atual investida do PSDB-PFL não tem nada de ética. FHC, que orquestrou a recente eleição de Severino Cavalcanti para presidente da Câmara, tem interesses menos nobres nesse embate. Através da CPI dos Correios, o tucanato visa imobilizar o governo Lula e desgastar sua imagem, preparando o clima para a sucessão presidencial. De quebra, pode ainda ter como subproduto a privatização dos Correios, acelerando a tramitação do projeto de lei 1.491/99, interrompida pelo atual governo, que acaba com o monopólio estatal dos serviços postais
segunda-feira, outubro 02, 2006
Fosse um brasileiro, dentro de um avião abalroando americanos no ar...
O jornalista do “New York Times”, passageiro do jato que se chocou com o avião da Gol - o que teria causado a tragédia, já embarcou de volta aos EUA. Fosse um brasileiro, dentro de um avião abalroando americanos no ar, na terra de George Bush, teria ficado detido, até que se esclarecesse tudo, e já com a pecha de terrorista.
Aqui e lá 2
A Polícia Federal errou ao permitir que o homem retornasse. Tem de perguntar, esclarecer, intimar, cogitar: o que aconteceu dentro do jato? E as gravações de sua caixa preta, o que registraram?
quarta-feira, setembro 06, 2006
Estou de férias
quarta-feira, agosto 23, 2006
"VIP List" é o cacete!
Só para se ter uma idéia, minha mãe me conta que, lembra de quando era pequena, o pai da dona Helena Gondim alugava bicicletas lá em Niterói. Disponibilizava "magrelas" para aluguel. Hoje a dona Helena é a "papisa da elegância e da finesse", que edita "a bíblia do society", o livro Sociedade Brasileira, onde facilmente banqueiros do jogo do bicho e "lesa-pátrias" conhecidos (tem até banqueiros que fogem do Brasil carregando os dólares dos clientes na cueca) são catapultados aos "píncaros da glória" ao lado do "creme-do-creme" da sociedade carioca. Um creme coalhado, diga-se.
Pros diabos com "vip list", Sociedade Brasileira, o escambau! Eu quero é dormir com a certeza de que Deus me permitirá acordar no outro dia.
Essas (po)posudas, marias, sabrinas, lalás, patrícias, anas paulas, marias claras, biancas e neuzinhas, todas, peidam, arrotam e cagam como eu e os garotinhos pardos que fazem malabarismo no sinal de trânsito. Mas carregam aquele semblante de quem defeca orquídea, algo assim como merda cheirando a Chanel nº 5.
Acordei ouriçado, hoje.
domingo, agosto 20, 2006
Chanel não morreu e brilha no Rio
Quando digo que “le tout” Rio disse presente, mato a cobra e mostro o pau: estava lá o ministro da Cultura Gilberto Gil, de calça branca e túnica da mesma cor, com uma sandália de couro daquelas que enforcam o dedão e libertam o fura-bolo e seus vizinhos, muito própria das lojas do Mercado Modelo baiano. Estava lá a eterna primeira-dama sem mandato, Lily Marinho, cercada de afeto, tailleur preto e micro-bolsinha Chanel, naturalmente. Estava lá a grande diva. É pouco: a matriarca do talento. Ih, muito pouco: a estrela, o cometa, o meteoro dos palcos brasileiros – agora sim: Bibi Ferreira! Da Eva Todor já falei. Ah, não posso esquecer: Tônia Carrero, linda, linda, sentada na terceira fila da platéia, embevecida, aplaudindo efusivamente.
Afora toda essa expressão artístico-social carioca, a lista de nomes e sobrenomes da noite é infindável. Antônia Mayrink Veiga Freering, em temporada carioca, sentada atrás de mim, com um jeans Diesel e o marido, Guilherme (camisa branca Ralph Lauren com as mangas arregaçadas, idem para a calça jeans). Maria da Glória Antici com seu semblante imperial, como saindo de uma tela de Edgar Degas. E quando o Daniel Oliveira chegou, t-shirt preto e branca em louvor a Jean-Michel Basquiat (o grafiteiro haitiano que riscou Nova York, como um profeta Gentileza movido a heroína), braços dados com sua cabocla, não teve para ninguém - a noite estava completa!
Daniel é o Cazuza do cinema, você sabe. É de uma doçura, de uma leveza, de uma beleza... Feito a Marília Pêra: difícil definir. Para começar, tem aquele meio-sem-jeito próprio dos talentosos. Parece que está sempre a se perguntar: “o que é que essa gente vê em mim, para me fotografar tanto, para me entrevistar tanto, para me paparicar tanto”? Essa gente toda que o espreita percebe um espírito desarmado, difícil de encontrar nos dias de hoje, e muito mais improvável ainda quando se trata de uma estrela de televisão - classe da qual a maioria, sabe-se, é movida a ego inflado. Daniel, não. Tem aquele jeito nada estudado, ombros fechados, olhando para o chão, timidíssimo, mas grandioso quando explana o sorriso e acende o olhar. Sem contar que, frente às câmeras, é aquele vulcão em erupção que todo mundo aplaude. Um vulcão novíssimo - não tem 30 anos.
O começar da noite, no hall de entrada do consulado francês carioca, estava infernal. Um calor! Meu Deus. Culpa dos refletores e, claro, da junção de estrelas num mesmo e exíguo pedaço. Pelo clima já se tinha a noção de o quanto seria “quente” o programa. A cada girar da porta envidraçada, uma surpresa. Olha lá a Regina Gama, eternamente Marcondes Ferraz, como é mesmo o nome do novo marido dela? Olha lá a Aracy Cardoso, uma moça, inteiraça. Silêncio! A Bibi Ferreira chegou! Flash, flash, flash!
Maria Adelaide Amaral, autora da peça, pôs uma camélia cor de rosa sobre o terninho preto. Flash, flash, flash! Aliás, camélias brancas e colares de pérolas, marcas do estilo Chanel, foram os acessórios preferidos pelas damas presentes. Olha lá: é a Marília Kranz! Flash, flash, flash!
“Envelheci”, diz a Chanel da ficção no palco do Maison de France, começando a contar sua história. A mademoiselle da vida real disparava: “A cada dia que passa, simplifico alguma coisa. Quando não puder inventar mais nada, será o fim”. Marília Pêra continua inventando.
Por exemplo, um repousar da mão na cintura todo novo, com o punho encostado no quadril e os dedos ocupando-se de um cigarro, cotovelo armando uma geometria firme com a linha do corpo. Inventando um leve chacoalhar da cabeça, ritmado com o que se despeja em palavras curtas e rápidas, induzindo seus ouvintes ao inarredável acordo. Inventando um jeito só seu de romper acima a escada espelhada, costas para o público, inclinando levemente o pescoço, no meio do caminho, e mirando a platéia com a certeza de uma loba diante da presa indefesa. Uma loba na idade da leoa.
Maria Adelaide diz que “quis saber quem era Chanel, como era, como sentia, se exteriorizava seus sentimentos ou os mascarava, por que falava tão rápido cuspindo as palavras como balas de uma metralhadora, por que parecia tão dura, o que escondia a sua altivez, por que era tão mordaz”. Pelo visto, conseguiu. Marília Pera atesta: Chanel era “uma bruxa! Uma fada boa! Boníssima amiga! Criativa, engraçada, um anjo! Um demônio”! Ambas, autora e atriz, acertaram em cheio no que querem mostrar ao público, no caso, a vida de uma mulher que reinventava sua história “de maneira brilhante a cada momento”, em cada movimento, surpreendente, como diz o diretor do espetáculo Jorge Takla. “A lenda é a consagração da celebridade”, contava Chanel.
Na platéia do Maison de France, o ator Carmo Della Vechia com o melhor amigo, ex-melhor amigo do ator Leonardo Vieira. Ainda: Lázaro Ramos com a mulher Taís Araújo e seu (dela) jeito Ellen de ser. A cabocla da novela e do Daniel Oliveira, Vanessa Giácomo, ouviu dizer que a peça era sobre Chanel, e sapecou um vestido preto, rendado, com saia godê de debutante. Contrastava com o jeans surrado do amado, seu (dele) tênis estilo Conga e o blazer-de-implicar-com-o-Peta: de pelica preta.
Outro que parou tudo quando chegou foi o sumido ator Ricardo Blat, talento espargindo via poros. O Blat também ouviu dizer que era Chanel, e tirou do closet uma calça com a estampa inglesa príncipe de Gales em preto e branco. Nélida Piñon, sentada na segunda fila da platéia, a representação mais exata da elegância. Geraldinho Carneiro era talvez o homem mais chique da noite, calça jeans, sapatos marrons engraxadíssimos e sem as pavorosas fivelas próprias dos “acafonados”, tudo arrematado por um blazer bem cortado, no comprimento certo, cor de outono, sobre a camisa branca livre do caos do cós.
Gabrielle-Bonher Chanel nasceu em 19 de agosto de 1883, uma autêntica leonina (vaidosa, centro de todas as atenções). Filha de uma arrumadeira-cozinheira é, ainda hoje, a maior personalidade da moda de todos os tempos. Libertou a mulher dos espartilhos, internacionalizou o perfume (“mulher sem perfume não tem futuro”), inventou a bijuteria, casando badulaques baratos com pedras preciosas. Alterou a carteira de identidade para camuflar a velhice. (In)certa vez, um repórter a perguntou: “Qual é a sua idade”? Ela: “você não tem nada a ver com isso”.
Em 10 de janeiro de 1971, deu seu último suspiro (“para mim, a única coisa apaixonante que ainda pode acontecer é morrer”). Antes de partir, porém, deu ordens ao fiel mordomo e herdeiro, François: “Quando eu morrer, leve-me à Suíça. Ponha-me atrás do carro. Se perguntarem alguma coisa, na fronteira, diga que é Mademoiselle Chanel, que já está meio gagá. E não faça bobagens, porque estarei com você em outra dimensão”.
A Chanel de Maria Adelaide Amaral não morre. Finaliza seu repertório sumindo em uma escada, diáfana entre a sanidade e o desequilíbrio mental. Talvez a autora tenha obedecido à ordem de mademoiselle, de que ninguém estava autorizado a vê-la fenecer.
Fotos: reproduções/colagem nossa
sexta-feira, agosto 18, 2006
A mudança do Brasil depende de nós!
IBPT - INSTITUTO BRASILEIRO DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
Percentual de Tributos sobre o Preço Final
PRODUTO % Tributos/preço final
Mesa de madeira 30,57%
Cadeira de madeira 30,57%
Sofá de madeira/plástico 34,50%
Armário de madeira 30,57%
Cama de madeira 30,57%
Motocicleta de até 125 cc 44,40%
Motocicleta acima de 125 cc 49,78%
Bicicleta 34,50%
Vassoura 26,25%
Tapete 34,50%
Passagens aéreas 8,65%
Transporte Rod. Interestadual Passageiros 16,65%
Transporte Rod. Interestadual Cargas 21,65%
Transporte Aéreo de Cargas 8,65%
Transporte Urbano Passag. - Metropolitano 22,98%
MEDICAMENTOS 36%
CONTA DE ÁGUA 29,83%
CONTA DE LUZ 45,81%
CONTA DE TELEFONE 47,87%
Cigarro 81,68%
Gasolina 57,03%
PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
Carne bovina 18,63%
Frango 17,91%
Peixe 18,02%
Sal 29,48%
Trigo 34,47%
Arroz 18%
Óleo de soja 37,18%
Farinha 34,47%
Feijão 18%
Açúcar 40,4%
Leite 33,63%
Café 36,52%
Macarrão 35,20%
Margarina 37,18%
Margarina 37,18%
Molho de tomate 36,66%
Ervilha 35,86%
Milho verde 37,37%
Biscoito 38,5%
Chocolate 32%
Achocolatado 37,84%
Ovos 21,79%
Frutas 22,98%
Álcool 43,28%
Detergente 40,50%
Saponáceo 40,50%
Sabão em barra 40,50%
Sabão em pó 42,27%
Desinfetante 37,84%
Água sanitária 37,84%
Esponja de aço 44,35%
PRODUTOS DE HIGIENE
Sabonete 42%
Xampu 52,35%
Condicionador 47,01%
Desodorante 47,25%
Aparelho de barbear 41,98%
Papel Higiênico 40,50%
Pasta de Dente 42,00%
MATERIAL ESCOLAR
Caneta 48,69%
Lápis 36,19%
Borracha 44,39%
Estojo 41,53%
Pastas plásticas 41,17%
Agenda 44,39%
Papel sulfite 38,97%
Livros 13,18%
Papel 38,97%
Agenda 44,39%
Mochilas 40,82%
Régua 45,85%
Pincel 36,90%
Tinta plástica 37,42%
BEBIDAS
Refresco em pó 38,32%
Suco 37,84%
Água 45,11%
Cerveja 56%
Cachaça 83,07%
Refrigerante 47%
CD 47,25%
DVD 51,59%
Brinquedos 41,98%
LOUÇAS
Pratos 44,76%
Copos 45,60%
Garrafa térmica 43,16%
Talheres 42,70%
Panelas 44,47%
PRODUTOS DE CAMA, MESA E BANHO
Toalhas - (mesa e banho) 36,33%
Lençol 37,51%
Travesseiro 36%
Cobertor 37,42%
Automóvel 43,63%
ELETRODOMÉSTICOS
Fogão 39,50%
Microondas 56,99%
Ferro de Passar 44,35%
Telefone Celular 41,00%
Liquidificador 43,64%
Ventilador 43,16%
Refrigerador 47,06%
Vídeo-cassete 52,06%
Aparelho de som 38,00%
Computador 38,00%
Batedeira 43,64%
Roupas 37,84%
Sapatos 37,37%
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
Casa popular 49,02%
Telha 34,47%
Tijolo 34,23%
Vaso sanitário 44,11%
Tinta 45,77%
Fertilizantes 27,07%
Móveis (estantes, cama, armários)37,56%
Mensalidade Escolar 37,68% (COM ISS DE 5%)
Divulgue!
HELOISA HELENA JÁ!
terça-feira, agosto 08, 2006
Para Lucinha, todo amor que houver nessa vida!
Desde o começo, quando Lucinha planejava a festança, e logo o assunto vazou na imprensa, o Rio vivia em completa ebulição. As amigas ligavam umas para as outras, “fantasiando em segredo” e perguntando se o convite havia chegado. Umas outras, as preteridas - não dá para sair chamando todo mundo, né? - se entristeciam, já haviam até comprado a roupa e estavam “programadas pra só dizer sim”. As mais íntimas da aniversariante, ah, essas sequer se preocupavam com o pedaço de papel: iriam à festa de qualquer jeito, afinal, são tão amigas que, parece, seus “destinos foram traçados na maternidade”.
E eu digo a vocês que quem não foi, perdeu! Per-deu! A noite estava linda, como bem merece a Lucinha. Os amigos, felizes. Cazuza presente no corpo da ficção e na energia total. Exagerado! Caetano, de terno Dolce e Gabbana, cantou e encantou. Gente de todo canto, as várias gerações do Rio em torno daquela que fundou talvez a mais importante obra social do Brasil, a Sociedade Viva Cazuza, que cuida quase solitariamente ( “e quem tem coragem de ouvir?”) de crianças portadoras do vírus HIV, e nem por isso vive aí a se promover, a gritar “viva, Rio!”, a se locupletar das verbas públicas. Lucinha só conta com os amigos. “Se você não for forte, seja pelo menos humana”, cantou o filho poeta. Lucinha é forte e humana!
E como tem amigos! De Lilibeth Monteiro de Carvalho a Ivo Pitanguy (Marilu ao lado), de Flora a Gilberto Gil, de Paula Lavigne a Lou do Boni (com Boni de mãos dadas), estava todo mundo lá, em meio àquela iluminação hollywoodyana concebida pelo Ovídio, o sabe-tudo de decoração de festas. No fundo musical eletrônico, se alguém tinha dúvidas, eu conto: só deu Cazuza!
“Amor, meu grande amor, não chegue na hora marcada”, ecoavam as caixas de som, mas a turma chegou foi antes da hora, todo mundo ansioso para abraçar a aniversariante, uma mulher que não tem “inimigo no poder”, como o filho cantou buscando uma ideologia para viver. Pra lá e pra cá, naquele “museu de grandes novidades”, os convivas se abasteciam de generosas doses de Moët Chandon, e a ordem da dona da festa era dançar. Para isso foi contratada a banda Celebrare, sempre ótima, por sinal.
Cazuza cantarolava que “nas noites de frio é melhor nem nascer”. Enganadíssimo! Moinhos de vento! Na sexta, o povo estava encasacado, mas feliz da vida celebrando sua mamãe, impulsionando a grande roda de sua história. Se “todo mundo é parecido quando sente dor”, quando está feliz também é assim: todos se abraçavam, todos emocionados.
Lucinha parece personagem de ficção. Trata o manobrista, o porteiro, o pedinte de rua com a mesma consideração com que trata o prefeito César Maia, que cedeu o lugar para sua festa. É da burguesia tão contestada pelo filho (“enquanto houver burguesia, não vai haver poesia”), mas sabe bem que “o mundo é um moinho”, faz “triturar” nossos “sonhos tão mesquinhos”, como escreveu Cartola e Cazuza cantou.
Àquela noite, Lucinha parecia ter conhecido “os jardins do Éden” e queria nos contar: feliz, sorridente. Firme. Convencida de que “o céu faz tudo ficar infinito”. Sobre o palco, Caetano, Daniel Oliveira e Bebel Gilberto formaram um lariri fortíssimo e conjunto em torno da amiga. Um coral que contou também com a voz da aniversariante, e daí que o povo pediu: “me dê de presente o seu bis, pro dia [amanhã] nascer feliz”.
O jantar estava delicioso. Se é que o povo estava lá preocupado com isso. A frase de ordem da noite era “todo amor que houver nessa vida”. Claro que houve lágrimas. De emoção. Difícil não chorar em uma ocasião dessas, quando tudo flui positivamente, quando se sorri até para quem não se conhece, ou para com quem se brigou, com quem se aborreceu. Tudo na intenção da Lucinha. E tudo nesse Rio de Janeiro onde “uns viram o Messias e andam no mar, outros andam armados para te matar”, escreveu Cazuza em “Andróide sem par”.
Gilberto Braga estava também. Talentoso. Sorridente. Elegante. Gilberto é um dos cinco homens mais elegantes do Brasil. E dos maiores amigos de Lucinha! Atento a tudo e a todos, pois autor de novelas está sempre de olho ao redor, para transpor para a ficção, parabenizava o excelente Daniel Oliveira (o Stuart Angel do cinema) pelo trabalho no filme Zuzu.
Lucinha, de vermelho-cor-da-vida. Talvez a única a vestir essa cor. Paula Lavigne parecia uma pepita, um lusco-fusco dourado-prateado. Os homens, quase todos, engravatados, mas Boni, como os vinhos que ele tanto aprecia (cada vez melhor), foi de jaqueta preta Prada. O Boni também é chique. Sobre o bolo, verde com rosas cor-de-rosa, homenagem à Estação Primeira de Mangueira, escola de Lucinha, dois bonecos representavam um a aniversariante, tocando violão, e o outro, seu filho, calça jeans e camiseta branca, como Cazuza bem gostava.
Lucinha, simples, parecia dizer a cada um dos presentes: “tudo que ofereço é meu amor, meu endereço”.
Na foto, Cazuza com Lucinha na festa das Bodas de Prata dela com João, em 1982. Reprodução / arquivo pessoal de Cazuza.
sexta-feira, agosto 04, 2006
Texto sem cortes: Narcisa, Bruno, Alice, Marlene e Gigi
Dona Alice, queridíssima, achou "falta de consideração" a linda publisher Gigi, amicíssima de Narcisa, demitir a filha e contratar seu (de Narcisa) ex-amigo e ex-assistente Bruno Astuto. Consta que teria havido um telefonema de Narcisa, às sete da manhã, para a casa de Gigi, falando horrores para a ex-amiga. Narcisa se arrependeu, e consta que a filha Mariana (dela com Boninho), quase psiquiatra formada, teria empreendido uma campanha familiar para que a mãe ligasse para a Gigi e pedisse desculpas. Não sei o que aconteceu, pois logo a Narcisa partiu para Ibiza, para a festa de aniversário da Lu Oliveira, mulher do Boni pai, esticando por três semanas em Paris.
Outro dia, no Fashion Rio, dona Alice, eu estava presente, inquiriu a Marlene Carvalho. Marlene disse: “Alice, eu prezo muito sua amizade, nós não vamos brigar por isso. Eu não mando no jornal, quem manda na redação é o Eucimar”.
Bruno é uma criatura muito especial. Inteligentíssimo, foi preceptor das filhas de Narcisa e de quase todos os filhos dos milionários do Rio. Fala não sei quantos idiomas, tem cultura geral impressionante e, até pouco tempo, estudava Direito na Uerj, tendo, na época do vestibular, passado para todas as universidades públicas sediadas no Rio.
A primeira vez que ele apareceu em foto em coluna social foi na minha, na Tribuna da Imprensa. Não época a gente só o chamava de príncipe, por conta de um inventado parentesco com os Bourbon.
A coluna de Narcisa no Jornal O DIA, modéstia à parte, também foi idéia minha. Há muito eu dizia para dona Alice Tamborindeguy: “Dona Alice, a Sra. é amiga da dona Marlene Carvalho. Põe a Narcisa para escrever uma coluna n’O Dia”. Tanto eu dizia, que um dia dona Alice mexeu os pauzinhos e aconteceu.
Confesso que tenho lá minha relação conflituosa com Narcisa. A gente nunca sabe o que a gata está pensando, e aí, de vez em quando, dá um curto circuito, mas logo tudo volta às boas.
Bruno em sua fase colunista ficou besta. Não me telefonou mais na madrugada, como fazia. Acho que baixou nele o espírito da Gloria Maxwell, mas isso são arroubos da juventude. Um dia a gente vê que não é merda nenhuma nessa vida. Um dia, tudo vira bosta, como bem canta a septuagenária Rita Lee.
Agora, mais recentemente, Bruno me ligou, falamos, rimos, como se nada tivesse acontecido, o que de fato não aconteceu. Bruno não esquece que seu primeiro texto em jornal também passou por minhas mãos: foi no jornal “M”, que edito há dez anos e fala sobre o society carioca – um society cada vez mais falido de personagens interessantes, aliás. Bruno fazia uma coluna chamada “Cabeças coroadas”, onde contava sobre a vida das rainhas e princesas mais expressivas da história mundial.
Com a coluna, dei a ele a idéia de fazer uma coleção de livros sobre o tema. Eu editaria, mas ele fechou com outra editora. A idéia não vingou. Acho que porque quebrou a energia pelo fato de ele ter me preterido no final.
Também o projeto gráfico, uma coisa que adoro fazer. Fiquei de desenhar a coleção de livros de Bruno. Um dia ele, deslumbradamente, me ligou dizendo que quem iria fazer o projeto gráfico era a mulher do Jô Soares, a Flávia. Calei.
No lançamento da primeira edição estava lá o meu nome, um agradecimento tímido em meio a milhares de nomes que nem conheço. Não foi praga - sou Cristão. Mas a "coleção" não saiu do primeiro volume.
Torço para que Bruno faça o maior sucesso n'O Dia, onde vai assinar coluna diária. Ele é divertido, conhece muita gente, e isses são os ingredientes principais para uma coluna dita "social" dar certo.
A gente só não deve esquecer das pessoas que nos estenderam a mão, porque aí as coisas podem até dar certo em um primeiro momento, mas logo degringolam.
Torço para que Bruno e Narcisa também voltem às boas.
terça-feira, julho 04, 2006
Esses italianos...
segunda-feira, julho 03, 2006
A volta dos que não foram
sábado, julho 01, 2006
www.fotolog.com/marciog
domingo, junho 25, 2006
O doutor cansou a beleza
sexta-feira, junho 23, 2006
Declaração de amor
(clique na foto, amplie e faça um pôster)
sábado, junho 17, 2006
Aspas para Waldir Leite
LI ESTA NOTA HILÁRIA NO ÓTIMO BLOG DO ESCRITOR WALDIR LEITE, ONDE VOLTA E MEIA ESTOU LENDO E RELENDO DELICIOSAS PALAVRAS. PRECISO DIVIDIR COM VOCÊ. ATENÇÃO:
"DECADENCE AVEC ELEGANCE – O editor de moda Júlio Rego diz que não gostou da moda masculina apresentada no Fashion Rio. Segundo ele era tudo muito gay. Ué? Qual o problema? O fato de ser muito gay é um defeito? Desde quando? Ele não gostou da moda porque era muito gay? Será que Mr. Rego não gostou por que se viu na passarela? Ora, bolas. Tia Júlia continua uma bicha reacionária.Eu discordo dessa visão jeca da moda masculina para o verão 2007. Ao contrário, achei a moda exibida na Marina da Glória muito clássica e sóbria. Às vezes os estilistas tentavam ser muito criativos e ocorriam equívocos. Mas nada que se transformasse numa moda muito gay. Isso só aconteceu na cabecinha conservadora e entediada de Mr. Rego. Assisti aos mesmos desfiles que ele. No desfile da grife Zil, a véia sentou bem na minha frente, ao lado de Constanza Pascolatto e Glória Khalil".
HÁHÁHÁHÁ!
quinta-feira, junho 15, 2006
Para quem gosta de pernas de homem
Tive acesso ao fax do presidente Lula pedindo desculpas a Ronaldo Fenômeno
"Meu pesado colega Ronaldo, Venho atravéis deste fáquiz, enserrar de uma veize por todas, estas polêmica sobre os fato de você estar rexonxudo e um tanto quanto repolhudo ou não. Hic. Mesmo porque isso é um assunto de forno íntimo e não é da minha calçada. Eu sei que ônti, quando eu perguntei pros Parrera sobre os seus pobrema de obesidade eu cometi uma garfield e acabei trocando os pés pelos mamões e botando nós doiz numa saia injusta. Acho que por causa disso você acabou falando que se você é gordo eu sou bêbo. Eu não sou bêbo, hic, e por acaso eu nem to mais gordo, mas ao invés de tentar brigar mais ainda, acho melhor a gente botar umas pingas nos is. Vou aproveitar estamiçiva e matar dois coelho com uma caixa dágua: eu não falo mais dos seus pneu e você não fala mais das minhas cana. Boa sorte pra você, espero que vocês volte com o hexa e me ajude a conquistar o bi nas eleissão de outubro. Hoje eu vi as abertura da Copa nas Alemanha e se emocionei muito ao ver o Pelé com a Cláudia Chifre. Tudo de bom, abaços a todo, do seu conhaque Presidente".
domingo, junho 11, 2006
Texto sem cortes: Jaciras, Gretas Garbo e Bettes Davis no aterro
### As jaciras lançaram mão dos óculos escuros, de novo, e não encaram as “lentes da verdade”, como o Clodovil, nem por um pirulito. Por trás de óculos pretos todo mundo é (a)normal, todo mundo recebe de frente o seu quê de celebridade instantânea, e daí que para jacira não tem erro: todas, literalmente todas, já foram ou serão a Greta Garbo por um dia. Tem também aquelas jaciras que juram que são as últimas doadoras de testosterona da face da terra, e aí põem camisetinhas justinhas com os braços parrudões para o lado de fora, embalam as coxas como cortes de filé vendidos na Bassi. Está tudo lá: a fauna e a flora cariocas e troianas, do Oiapoque e adjacências, reunidas para ver (até aqui, a impressão) nada de novo no front! Não surgiu ainda “A” coleção que irá tirar a moda carioca da mesmice, este ano. Pode ser que ontem à noite (fecho estas mal traçadas às 14h., um olho na Copa e outro na missa, igual a Nana Caymmi) tenha aparecido, com a Colcci e a Gisele Bündchen. Torço para que sim.
### Uma sugestão para as moças que vivem na luta inglória com a balança (Claudia Fialho, Angela Fragoso Pires, etc.): ir ao Fashion Rio! Anda-se quilômetros para se chegar à tenda onde será realizado um desfile, e depois outras mais centenas de metros até chegar à outra parte, onde mais um desfile acontecerá em minutos. Para se comer um sanduíche de R$ 20, mais marcha-soldado-cabeça-de-papel! Uma sugestão aos organizadores: pôr mais daqueles carrinhos que se usa nos campos de golfe (quem sabe a Xuxa não empresta alguns? Na Casa Rosada tem) para levar a moçada pra lá e pra cá. Anteontem, só vi um deles atendendo ao contingente de protagonistas e figurantes da opereta.
### Talvez tenha vindo daí - dessa lonjura que separa tudo e todos - o sucesso sem precedentes do galpão onde tem sido realizado o chamado “Fashion Business” - não se espante, é tudo em ingrêis mesmo. Cercada de estandes, um agarrado no outro (alguns fechados a chave, com medo do mundaréu ensandecido que circula pelo corredor, suponho), tudo ao abrigo da corrente de ar frio, a bolsa de negócios da moda tem recebido todos os famosos (e também muitos pseudos) que aportam no Aterro do Flamengo. Anteontem, quem estava lá cercado por um séquito era o presidente da Firjan, que ouviu dizer que jaqueta branca está na moda e pôs a sua. Tem de ouvir dizer e saber usar. Kátia Spolavore, de blusa verde-alface, também vi, linda como sempre.
### Dona Alice Tambrindeguy chegou com a filha xará, a deputada estadual do PSDB. Receberam homenagem bacana do estande do Pólo de Moda de Campos dos Goytacazes, que lembrou a figura empreendedora do avô materno da Narcisa, o fazendeiro Firmino Saldanha, nascido no interior do Rio Grande do Sul, que adquiriu uma imensa propriedade na Baixada Campista, a Fazenda Boa Vista e, antes mesmo de existir qualquer pensamento sobre questões relacionadas a reforma agrária ou aos MSTs de por aí, criou vilas, doando terras a colonos, estimulando o crescimento local. Nas terras de Firmino foram encontrados os primeiros poços de petróleo de Campos. Dona Alice e Alicinha estavam visivelmente emocionadas com a homenagem orquestrada pelo jornalista Carlos Frederico Silva.
### Outro famoso que eu vi no Fashion Rio foi...foi...foi. Não foi! Não vi. Naquela lonjura de lá e pra cá, difícil ver alguma celebridade. Ah! Vi o Verginaud, ex-modelo convertido em ator de novela de Falabela. Agarrado a uma guapa. Vi a matriarca Marlene Carvalho, da família que controla o Grupo O Dia. Encontrei a cada vez mais linda Duda Loyola, neta da Sarita e do José Carlos Galliez Pinto, casada com o Ignácio Loyola, filho da Vera. O sapato do Ferreirinha, ex-diretor da vade-retro Louis Vuitton, era vermelho. Como vermelho era sua camisa. Uma coisa assim combinando, afinal, "se é festa de moda, tem de combinar", esse povo deve pensar. Ferreirinha, que coisa, é diretor do curso "Gestão do Luxo" (do luxo!) promovido pela FAAP paulista.
### O sucesso comercial do evento é inegável. Eloisa Simão, a criadora do rebu, mostra que é boa administradora, ainda que entenda tanto de moda quanto a Claudia Raia. Este ano, até o Banco do Brasil tem estande lá, e os estandes são equipadíssimos, todos refrigerados, envidraçados, atapetados, iluminados. É “coisa de primeiro mundo”, como muitos integrantes da patuléia gostam de comparar.
### No Fashion Business há estandes de Petrópolis, do Pará, de Niterói, da Bahia, todo mundo mostrando sua moda, seus fazeres e afazeres. Falar em Niterói, vi por lá a produtora de moda Alzirinha, das maiores caras-de-empada da Cidade Sorriso. Nenhuma implicação jurídica de minha parte, porque nome é fictício. Ou quase. No Pará, um vestido feito com renda de palha da costa, um espetáculo de trabalho artesanal com cara de rainha das quentinhas.
### Lá fiquei sabendo também que a Narcisa e o Bruno Astuto não jogam mais no mesmo time. Ela continua no ataque do Brasil e ele, agora, digamos, ou mal comparando, está na retranca da Argentina. Narcisa assina sua coluna sozinha, desde já.
### Virou mania: as editoras de moda, quase todas, têm seus espaços VIPs, seus “lounges”, como gostam de dizer, seus cercadinhos onde recebem os convidados no “Fashion Rio”. Ficam encasteladas, como verdadeiras Bettes Davis contemporâneas, bem malvadas, e ai de quem passa na porta a olhar sem ser convidado: tem de retorno um soslaio de pouco caso, como o só o chefe da matilha (carniça na boca) lança para seus súditos famintos pedintes de um naco.
Cininha pediu, a gente atende durante a Copa, e parcimoniosamente, porque pouca gente agüenta doses graúdas de testosterona durante muito tempo. Os craques mais belos do futebol! Brasileiríssimos que somos, como obra de Waldir Azevedo, comecemos com Kaká. Ele mesmo, Ricardo Izecson dos Santos Leite..."Que tesão!" - exclama Cininha.
quinta-feira, maio 18, 2006
É um pássaro ou um avião?
segunda-feira, maio 15, 2006
Festa da Osklen foi um fiasco
### Mendigos se aglomeravam na Praça Nossa Senhora da Paz, point do rebu, em busca do canapé perdido. Gritavam: "Dona Alair, me dê um salgadinho". "Não é Alair, ela não gosta do nome, é Lalá", corrigia outro morador de rua. E não havia canapé. Quando a Mila Moreira chegou, abalou Bangu, quer dizer, abalou Ipanema. Aquela atriz e aquela estilista do vozeirão de Cauby Peixoto chegaram juntas, como sempre. O modelo João Veluttini (foto), o aluno mais bonito da PUC, onde estuda administração de empresas, também foi, e não estava com aquele porre daquele agente, que posa ao lado dos modelos como progenitora de cada um - "eu gerei, eu gerei", imagina.
Carolina Ferraz, linda, linda.
quinta-feira, maio 11, 2006
Texto sem cortes: Com Palomino não tem Zero-Zero à esquerda
### A dona Palomino, desde aí, não pára de aprontar e, sempre respaldada por patrocínios importantes, parou a noite carioca. Aliás, sobre essa questão “patrocínios importantes”, comentou-se, à época de seu afastamento do jornal, que este foi o motivo: a “Folha” não teria assinado embaixo dos “contatos comerciais” da editora e mandou a gata cantar em outro terreiro. Boatos que, diga-se, logo foram afogados, pois a Palomino continua colaborando com o jornal dos Frias, e com olho fixo na moda internacional. Afinal de contas, tem aquela história da expressãozinha em inglês.
### A revista “Key” é interessantíssima. Tem um olhar absolutamente inédito voltado para a modernidade do eixo Rio-SP, claro, com um holofote direcionado aos grandes centros mundanos, seja Londres, Nova York ou Paris. Érika se apoiou em colaboradores importantes e talentosos, ela própria uma antena de captar o novo, escolheu o melhor papel, formatou tudo bem à sua megalomania, quer dizer, é uma revista grandona, coloriu com pincéis certeiros, e está aí o sucesso. Só falta a “Key” circular.
### Precisou uma paulista soigné - Érika tem um quê de desproteção, só um quê - chegar ao Rio para ensinar a certos cariocas o que é compor uma lista de convidados que garanta o sucesso de uma festa. Se recebeu assessoria de colegas daqui neste quesito, acertou em cheio na parceria, porque o que se viu no Zero-Zero foi um elenco digno das páginas de todas as revistas de por aí. Para começar, um rebu com a presença de um Cauã Raymond não pode ser levado a escanteio, e ainda mais quando ele está a salvo de algumas jaciras promoters de churrascarias menores, que teimam em se dizer “confidentes” do rapaz, o que, para quem o conhece, sabe que não é bem assim. Cauã não é chegado. E não vai aí qualquer preconceito. Ele circula muito bem em meio a todas as tribos e é simpaticão.
### Cauã Raymond é a estrela da capa desta edição da “Key”. Posou sem roupa, ou quase Adão, para promover sei lá o quê. Acho que é um editorial de jóias, não encontrei a revista para ver, nas bancas de Ipanema (“que revista”? Me perguntou um jornaleiro. “Nunca ouvi falar”, concluiu), nem tampouco fui à festa. Apesar de se dizer com “muita febre”, Cauã saiu de casa e o fez com a camisa mais bonita da noite. Um xadrez superbacana. Roupa bonita dele, aliás, era um contraponto para o cabelo da Danny Carlos (o que é a Danny Carlos?). Gente, as madeixas da cantora que teve a audácia de dizer no Jô que encontrou o George Bush no jardim da Casa Branca, e não reconheceu o presidente dos Estados Unidos, sendo que ele veio todo simpático em sua direção para cumprimentá-la (quem viu a entrevista?), parecia um emaranhado de um gato angorá com o dedo na tomada de 220 woltz!
Cauã saiu da festa e foi se medicar na Clínica São Vicente.
### Camila Pitanga também estava, linda, linda, e não houve um criativo que mandasse servir no recinto uma caipirinha da fruta que dá nome àquele espetáculo de mulher. Quem é que não iria querer dar uma bicadinha em uma pitangada com a Pitanga em pessoa no meio do rebu? Até Cininha, que não é chegada em pernas depiladas, renderia essa homenagem à obra mais importante do marido da Benedita da Silva. Aliás, cadê ele?
### Thalma de Freitas, outro pedaço de mau caminho, que eu sempre confundo com aquela atriz alta feito um cavalo do Rio da Prata, que de março a dezembro diz que é evangélica, mas de janeiro a fevereiro cai no samba e desfila quase nua na Marques de Sapucaí, como é mesmo o nome dela?, estava translumbrante, como sempre.
### Maria Flor, que faz jus ao nome e que, em vidas futuras ou pregressas, deve contar parentela com uma família de orquídeas ou outra de margaridas, era uma das presenças mais bacanas. "Acho a revista linda!”, apregoava a Pitanga. Primeira pitanga doce da história dos pomares mundanos.
### A atriz Mariana Ximenes, o maior destaque da novela-sem-história das sete global, brilhava feito um cometa. O DJ Fabião inovou e “transcreveu” para as carrapetas o som que a Érika ouve diariamente através de seu iPod. Ou você acha que a Érika não tem um iPod? Deve ter sido a primeira a comprar um. É. Fabião é diretor da Conspiração. Falar nisso, Andrucha foi, sem Fernandinha.
###Dona Violeta Arraes, do alto dos seus 80 anos, tia de Guel Arraes, é uma das entrevistadas desta edição. Não, dona Violeta não foi à festa. Elke Maravilha, aquela dublê de mulher e Torre Eiffel, pois tão grandona, chegou e abalou! Não houve telescópio no Planetário da Gávea, onde fica o Zero-Zero, que conseguisse captar tanto brilho em uma estrela só. Todas as lentes espocaram. Literalmente, a festa inteira quis fotografar ao lado da famosa jurada do Cassino do Chacrinha, alô, alô, Terezinha. Se Elke está na revista? É claro!
### Marina Lima, que depois daqueles boatos de uma depressão deu guinada na vida, seja pessoal e profissional, estava lá com o irmão, o espevitado Antônio Cícero, um dos maiores poetas vivos brasileiros – um outro morreu, era o Wally. Marina é um sucesso. Uma mulher chique.
### O figurino da rapaziada era o mais despojado possível, ou você pensou que o povo iria vestido àquela moda do “figurinista” da gravata borboleta e da cara-de-empada? Nãnãnã! A garotada - até aquela beirando aos 50, porque a idade está na cabeça - pôs o tênis, o moleton, a camiseta, e tome polca, quer dizer, polca é modo de falar: e tome “house”...
### Raquel Zimmermann, uma das modelos de maior sucesso no exterior, que também está na “Key”, disse presente ao chamado. Leticia Birkheuer, o cigano Igor de saias da novela das oito, foi ao lado da amiga, a estilista com vozeirão de Cauby Peixoto. Maria Paula e João Suplicy também na festa. Ellen Jabour, a apresentadora-intelectual (só lê Sartre e vê filmes de Buñel) olhava a tudo de cima - do alto de seu pedestal de areia à beira do mar. Guta Stresser, uma das mais importantes atrizes brasileiras da nova geração, que faz um trabalho digno em “A grande família”, queridíssima. Ninguém entende o tom da tinta dos cabelos do ator Marcelo Novaes.
### Carlos Bonow estava. É bom ator e bonito. Aquele ator preferido do diretor Wolf Maia, não sei se foi. Thiago Rodrigues, outro gato, e queridíssimo, divertiu-se a valer com o humor da Elke Maravilha (veja a foto). Babi Xavier, lembra dela?, com aquele bocão fabricado, ressurgiu. Ressurgiu! Gabriel Braga Nunes, “que peixão”, me diz Cininha. Sobre Grazi e Allan, o casal do Big Brother, “nada a declarar” – feito um Duda Mendonça na CPI.
### Carlos Tufvesson foi, com aquele semblante de “sou o mais importante estilista da alta costura carioca”. Não é, filho. Está longe. Primeiro vem o Jerson, depois o Gui-Gui, e há ainda tantos e tantos, que não dá para listar. Só depois vem você. Se vier. Oskar Metsavaht, charmosíssimo e bem sucedido (até no casamento!), feliz da vida. No dia seguinte, ontem, iria dar uma festa igual ou melhor, em termos de presenças de bacanas. Só errou na escolha de sua promoter, mas ninguém é perfeito, isso passa. Isabela Capeto, que nome, talentossíma, disse presente.
### Antonio Bokel, da griffe "SoulSeventy", era o mais bonito da noite – no mesmo patamar do Cauã e do Thiago Rodrigues. Felipe Veloso, o nome que mais entende de produção de moda no Brasil, também presente, simples, na dele, falando com todo mundo, seguro como as grandes estrelas, recém-chegado de Nova York. Um (in) certo Rogério, que se acha o Michael Roberts da cena carioca, apagadinho, apagadinho. Precisa acender um buscapé no tênis Puma, quem sabe?... Constança Lima, parecidíssima com a mãe Fernanda Basto. Até o carteirão embaixo do braço fez lembrar a vovó Marlene Rodrigues dos Santos. Ah, estava lá o campista Lula Rodrigues dos Santos, com seu eterno olhar blasé, que sabe tudo de moda. Ou sabe quase tudo. Quem sabia tudo era a Mara Caballero, eterna querida.
Ah, meus amores, cansei.
PONTO FINAL - Ninguém agüenta a empáfia do senador Demóstenes Torres, do PFL. Ele ontem debochou da condição dos “doidos” de por aí, ou do desespero que se é ser portador do Mal de Alzheimer, ao questionar o Silvinho Pereira na CPI. Já vi outros arrogantes iguais a ele, sobretudo uns lá da Bahia, que não resistiram ao olhar certeiro de uma lupa independente.
sexta-feira, abril 14, 2006
O queridinho de Calvin Klein
(clique na foto para ver se tia, quer dizer, se tio Calvin tem razão)
quinta-feira, abril 06, 2006
Maria Mayrink Veiga Frering
quinta-feira, março 30, 2006
Aviso aos baianos: os belgas estão chegando
A embaixada diz que mais de 150 belgas já moram em Salvador. Trabalham e geram emprego lá em diversas áreas. Cininha me diz que há uns "mergulhadores saradões", que trabalham na recuperação de navios e "são verdadeiros deuses belgas". Em contrapartida, a Bélgica tem subvencionado a instalação de escolas agrícolas no interior do Estado. Já são 25. A população ganha orientações técnicas principalmente a respeito de criações de ovinos e caprinos. Sem falar no capítulo cultural, com direito até à presença em nossas paragens da famosa orquestra do Théâtre Royal de la Monnaie
terça-feira, março 28, 2006
Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner
quinta-feira, março 23, 2006
Boa notícia para as caras de empada
### Tudo a partir de abril, dia 25, com nomes importantes deitando a falação. O matador e congelador de perus, ministro do Desenvolvimento Luiz Fernando Furlan, dono da indústria Sadia, falará na abertura, o presidente do dadivoso (para os ricos) BNDES, Guido Mantega, também. Depois tem um monte de gente, até o Paulo Borges, criador do SP Fashion Week, e mais, e mais. O controvertido da questão é que a empresária Eliana Tranchesi, da Daslu, sairá das páginas que tratam de não-impostos de importação, digamos assim, para dizer sobre o tema “Moda que brilha”.
### Quem quiser participar deverá ter disponível o habitual carão de Patrícia Brandão e R$ 1.100 na conta bancária.
terça-feira, março 14, 2006
O Rio treme: Nina Chavs está de volta!
terça-feira, março 07, 2006
Texto sem cortes: O baile de la Tornaghi foi “show de bola”
Não havia homens e mulheres quase pelados, como a gente vê em bailes carnavalescos de por aí, em hotéis que se intitulam “glamurosos”, que têm “promoters-decoradores” com cabelos pintados no último grito graúna. Diz a lenda que estes descem pela Avenida Atlântica de madrugada, um dia antes do baile, e arrebanham toda a casta de prostitutas e garotos de programa, vestem neles detalhes de plumas e paetês, e os põem no meio do salão para fazer figuração. A turma selecionada vibra porque, continua me dizendo a lenda, ali em meio ao grã-finos e alguns pseudos, podem agendar seus programas futuros. Consta até que um levado diretor de novelas tirou um desinibido rapaz da “figuração” de um baile e o promoveu a ator de novela de horário nobre, sortudo, o guapo, indulgente, a emissora. No baile de Anna Maria Tornaghi e Valéria Varsano, todo mundo, ou quase, se conhecia. Gente bonita, gente fina, gente bem vestida. E aí a turma pergunta por que é que Anna-Valéria não fazem este baile desde uns (pelo menos) dez anos antes?... O carnaval do Rio teria sido muito melhor.
Desde a porta, até o salão, estava tudo perfeito. Atores mascarados e fantasiados criativamente cercavam uma espécie de corredor para os convidados, dando boa noite, ou fazendo um gestual teatral em silêncio, uma reverência. As famosas recepcionistas de La Tornaghi, todas de vestido longo seco, fluido, feito uma grande camiseta de crepe de seda, mais um detalhe supercriativo de maquiagem no rosto (algumas tinham a miniatura dos Arcos da Lapa em uma das bochechas, por exemplo), dando aquele show de categoria, como sempre. As recepcionistas de La Tornaghi parecem todas educadas no Sion.
Quando se adentrava o salão, o ar-condicionado no último volume, eis que logo vinha um garçom com uma garrafinha, daquelas chamadas “baby”, de Chandon tinindo de gelado. Aí a turma não parava, era uma “baby” a cada dez minutos. Parecia um berçário: “baby” pra todo lado. Foi o bastante. Quando a ótima orquestra apitou o primeiro acorde, o povo saracoteou até não poder mais.
A decoração era bacana e despretensiosa, palavra importante neste universo de “decoradores carnavalescos” que só faltam pendurar o próprio fígado no teto. Bolas coloridas pendiam do telhado e se encontravam com faixas enormes de tule e organza brancos que saíam do chão ao alto. Isso tudo, aliado à iluminação indireta, gerou um efeito impressionante. Camarotes ao redor de todo o salão abrigavam os “vips”, fazer o quê? - eles estão sempre presentes.
Giovanna Priolli chegou capotante, de azul, muito linda, de cabelos claros, ao lado de Mário. O casal contava que os 40 anos do seu Canecão serão tema de enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel, no carnaval do ano que vem, e Giovanna me convidou a desfilar. Disse que só o faço, se puder tocar cuíca na bateria. Todo mundo promete riscar a passarela com a Mocidade, ano que vem. Silvinha de Castro, interina de Nina Chavs nos áureos tempos da jornalista franco-brasileira, foi de longo preto. Walesca Carvalho, com Chris Skowrosnki, era uma das mais bem vestidas do baile, como sempre. Dizer que Waleska está bem vestida é redundância. Com máscara feita pelo expert Alberto Sabido, perdão, Sabino, Waleska era a própria princesa.
Leiloca, que cantou “eu sei que eu sou bonita e gostosa” no tempo das Frenéticas, tomou pra si a expressão e pôs uma saia longa, um top de seda, nenhuma referência carnavalesca, e estava luminosa como a lua em Áries ou o sol em Leão. Na fila de foliões que entravam no baile encontrou com Marianinho Marcondes Ferraz (o tio), e ele logo aproveitou para fazer uma consulta astrológica, porque Leiloca entende de tudo, e mais um pouco, sobre astros. Humberto Saade estava com uma camisa preta e dourada, dos seus tempos de Dijon. Se ele abrisse a porta do closet, a camisa seria capaz de ir caminhando pelo calçadão de Copacabana, sozinha, do Chopin ao Sofitel, tão conhecida ela é.
Um baile de carnaval que tem a artista plástica Marília Kranz entre seus foliões está longe de ser comum. E Marília, como sempre, estava animadíssima. A juíza mais bonita do Estado do Rio, Cristiane Leppage, que dirige o Fórum de Bangu, marcou presença, com a amiga Gisele Sardas, defensora pública, filha da desembargadora Letícia Sardas, diretora de comunicação da Associação dos Magistrados Brasileiros. São daquela turma de mulheres lindas que instituem o alvoroço quando passam espargindo charme pelos corredores da Justiça. Dona Bibi Franklin Leal era outra presença de destaque, e garantia peso social ao evento.
Lígia Azevedo estava com o amigo Chico Vartulli, o arquiteto das estrelas, que comemorava o título da Vila Isabel. Chico é chique e tem entre seus clientes o presidente daquela agremiação azul e branco. Glorinha Távora formava mesa com Andréa Macedo, herdeira do “Diário de Natal”. O arquiteto Francisco Amorim, que desenha os bares e restaurantes mais disputados da cidade, pôs um smoking bem cortado e estava lá, alvoroçando corações. O professor de jiu jitsu, modelo e ator Miguel Kelner, ao lado de uma loura capotante, alvo de olhares cobiçosos de gregos e praianos, quer dizer, troianos. Kelner tem quase dois metros de altura, e por isso tinha visão panorâmica do salão, feito o dono de um automóvel Fox, da Volks – diz o comercial na TV que quem tem um Fox “vê a vida de outro ângulo”.
Encontrei a Zezé Mota e reafirmei o que disse aqui outro dia. Fica todo mundo ensandecido, contando que a Naomi chegou, que a Naomi partiu, que a Naomi espirrou...Eu sou mais a Zezé Mota! Ela me respondeu: “arrasou”! A apresentadora Leila Richers exagerou na dose de silicone nas bochechas, está parecidíssima com Rosana-como-uma-deusa. A bateria do Salgueiro, quando chegou, arrebanhou foliões. Mulatonas altas, feito cavalos do Rio da Prata, rebolavam, rebolavam, rebolavam.
As “irmãs sisters”, dois foliões que se vestem luxuosamente de mulher todos os anos, e vão aos bailes mais animados do Rio, também disseram sim. Uma delas, bonitíssima, tem quase cinco quilos em cada panturrilha - é parrudona, fortona de academia, e dentro do modelito feminino, ombros largos, fica engraçadíssima. Isabel Lito, parece, estava sozinha. Sábia. Antes só do que mal acompanhada. Lucy Sá Peixoto estava fantasiada de chinesa. Angelique, aposto que na carteira de identidade é Angélica, porque paraense de nascimento, e milionária turca de casamento, quer dizer, de viuvez, foi a primeira a chegar. Fui o segundo e, quando a vi, ela já estava sentada à mesa, comendo - inhoque-inhoque. A arquiteta Fátima Martins, sumida, estava linda, como sempre, e feliz com o sucesso da Escola de Samba Estácio de Sá, onde agora sua família dá as cartas.
O ator(doante) Carlos Machado, o coreógrafo Antonio Negreiros, Haroldo Costa e Mary, também presentes. Do Sul vieram os queridíssimos decorador João Vicente Correa e professor de dança Fernando Saraiva, ambos do SPA Kurotel de Gramado, que me contaram: o futuro senador Francisco Dornelles e Cecília passaram o carnaval cuidando da saúde naquele paraíso na Serra Gaúcha. É bom o doutor Francisco descansar mesmo, porque a campanha será estafante. Em Niterói, ele já tem em seu time o principal cabo-eleitoral jovem da Cidade Sorriso, Rodrigo Chammi – certeza de sucesso e muitos votos.
PS. Já que falei em Niterói, se houver um termo para qualificar o carnaval da Cidade Sorriso, anunciado pela prefeitura como completamente “revitalizado”, a palavra é...Deprimente!
sexta-feira, março 03, 2006
O casal mais lindo na folia
terça-feira, fevereiro 28, 2006
Raica pode virar Cicarelli
terça-feira, fevereiro 21, 2006
As colombinas do 'soçaite'
domingo, fevereiro 19, 2006
Claro que é “vip”: vai um baseado aí?
quarta-feira, fevereiro 15, 2006
Tá podendo?
PS. A foto mostra os novos modelos (de sunga, de sunga) para o alto verão.
sábado, fevereiro 11, 2006
O Vaticano recebeu um telegrama:
sexta-feira, fevereiro 03, 2006
Parece que é por causa própria...
segunda-feira, janeiro 23, 2006
Ex-mecânico, Arian é o Pascoal da vez
sábado, janeiro 14, 2006
Anderson é lindo e gente boa
quinta-feira, janeiro 12, 2006
Fashion Rio: Firjan está fora de moda
Mas a Firjan não contava com a incompetência de sua assessoria de imprensa, cheia de mocinhas inexpressivas, tampouco com a falta de traquejo de uma (in) certa Margareth-sem-sobrenome (ela se negou a me dizer o nome completo), que trabalha - parece que com poder de mando - em sua área de eventos. Simplesmente, uns 15 jornalistas, con-vi-da-dos!, não puderam entrar no referido certame, por ordem da tal da Margareth, uma mulher tão “bonita” e “alta” feito a Gisele Bündchen. Margareth-sem-sobrenome simplesmente deu ordens ao segurança: “ninguém entra, o lugar está lotado”. E sumiu do mapa, medrosa. O segurança, coitado, obedeceu, mas ouviu toda sorte de impropérios da turma rejeitada. Margareth-sem-sobrenome não é competente. Não planejou. Convidou mais pessoas do que deveria. Margareth-sem-sobrenome.
Não seria a semana da moda carioca metidamente batizada em ingrêis, se isso não acontecesse, aliás. Vendido na mídia como “grande incentivador” do setor, na verdade o evento também é um alavancador de egos e ódios, isso sim, e bem ao gosto da moda. Descobre estilistas talentosos? Claro. Tira da sombra gente linda e a leva para o sol da passarela? Evidente. Promove a indústria dos vieses e passamanarias? Não resistiria tantos anos, se não o fizesse. Mas não dá para fugir do fato de que se trata de um balaco armado por e para pessoas que fazem da vaidade profissão. E vaidade, mal da humanidade, não tem idade nem remédio.
O MAM está um frege. Gente transitando por toda parte, um constante sobe-desce a rampa. Bacana é sentar num canto para ver a moçada passar. Barrado no tal almoço (aliás, a comida, me contaram, acabou no meio do furdunço, nem todo mundo conseguiu forrar a pança - Margareth-sem-sobrenome economizou no ensopado de mocotó), fui comer sanduba (caro, R$ 14) e tomar uma cerveja Boêmia (R$ 4,50 a latinha), para ver a turma transitar. O que vi é digno de muitas notas:
Regina Guerreiro (foto), a verdadeira azeitona da empada da moda brasileira, chegou toda de branco. Antes era o preto. Com um séquito de jaciras, claro, ou não seria a papisa dos áureos tempos do “Vogue” brasileiro, quando era capaz de mergulhar um pato vivo em uma lata de tinta óleo azul para ilustrar uma fotografia de moda. E matar sufocado o pato, coitado. Mas isso são águas passadas, e Regina, hoje em uma revista que não condiz com sua história, mas ganhando os tubos, continua de bom humor, pelo menos foi o que vi (e ouvi): gargalhando em altos decibéis, sua marca registrada.
Beth Guimarães ouviu que vestido longo está na moda e pôs um estampado arrastando no chão. O garçom conceituou, rápido no gatilho, trazendo minha cerveja, quando ela surgiu: “Parece a Mãe Menininha do Gantois. O vestido é tão estampado...”. Respondi que se tratava de uma das mulheres mais decantadas pelas colunas sociais locais, muitas vezes chamada enganosamente de “mais elegante”.
Como a Beth, outras tantas mulheres ouviram falar que o vestido longo está na moda e puseram um. Vestidos de todas as cores. Flores, flores, flores! Frutas! Tantos sabores. Difícil encontrar quem não pecou neste capítulo, porque, começo de conversa, para usar vestido longo precisa ser alta. Precisa ser magra. Precisa ter postura. Precisa ter ombros. Pois havia umas moças tão baixinhas, como se coubessem no porta-jóias, de vestidão longão. Sabe capa de bujão de gás de pipoqueiro?
Regina Martelli pôs um saião de chita, dois pulseirões, escolheu a bolsa maior do closet, porque os brindes são muitos e pouca gente resiste, e lá foi ela com ares de “sou a tal”. Fernando Bicudo, imperdoável, pendurou o telefone celular na cintura. Isso não se faz, Bicudo, e ainda mais num evento de moda. Todo de branco, cabelos armados, estava com sandálias havaianas da mesma cor. E se fazia acompanhar de um amigo com camiseta ultra-muita-cor.
Jorge Salomão, irmão do grande Wally, veio andando em minha direção, me tascou um beijo na bochecha e avisou: está chegando da Bahia. Passou por lá as festas de fim de ano. Fazendo suas macumbinhas, imagino. Lula Rodrigues dos Santos vestiu calça com estampa de camuflagem, aquele estilo militar. Peça “sambada”, nada àquela moda “comprei para ir à semana da moda”, o que denota estilo.
O estande da Mil Frutas, a sorveteria bacana, matou a pau, como se diz. Fila quilométrica na base do eternamente. Todo mundo querendo gelar a língua. Uma bola custa R$ 7. Caro. Tem sorvete de amora, champanhe, graviola, jabuticaba, lichia, mangaba, tamarindo, etc. Pelo mesmo está escrito na tabuleta, mas a mocinha do caixa avisou, depois de que entrei na tripa de gente, em busca de uma bola de mangaba: “não tem todos os sabores, não, isso (a tabuleta) tá aí só para enfeitar”.
Os banheiros para o público estavam imundos e fétidos. Os para a imprensa, perfumados e brilhando. Aliás, a sala da imprensa é um espetáculo. Tudo muito bem transado, sanduichinhos, água mineral, refrigerante, atendimento simpático, computadores, linhas telefônicas. Um céu de brigadeiro em meio à tormenta de poses e antipadrões sociais de alguns da turma da press da moda – pescoços empolados na base da demasia.
Um capítulo que merece consideração é aquele que versa sobre óculos escuros. Nessa solina com a bênção de Deus, fica obrigatório analisar a quantas anda a moda dos acessórios anticlaridade que o povo entendido no assunto estilo está usando. As jaciras são as que mais ousam. Há óculos que mais parecem máscaras. Todos negros. Não sei o que é que o povo da moda tem que não fita os olhos do interlocutor, como bem apregoam as leis da segurança espiritual...
No chamado setor dos negócios, onde várias pequenas e médias indústrias exibem e vendem suas mercadorias, destaque para o estande da Bahia, comandado pela Cristina Franco e bancado pelos Sebrae e Senai. Tem tanta gente talentosa lá... Meu Deus! Por exemplo: vi umas camisetas femininas minúsculas, bordadas com paetês, canutilhos e mini-fuxicos, tudo com o nosso motivo patriótico, quase obrigatório na indumentária dos tempos de Copa do Mundo. Feitas pela Gilka Andrade para a griffe Loygus, são dignas das páginas do “Vogue” americano (alô, Anna Wintour!). Vi também um misto de pintura silk e canutilhos no bordado floral em preto e branco, nas roupas feitas por Cristiane Moreno, merecedor de aplausos. E as jóias de casca de coco, com prata de lei incrustada em desenhos tribais, feitas por Nicolau e Sandra Almeida para a griffe Patro? Espetáculo! A Bahia, que sempre esteve com tudo no turismo, também está mandando na moda. E como.
As bolsas da Jô Havelange são de parar o trânsito. Coloridas, bem feitas, cheias de detalhes, um couro absolutamente bem tratado e lindo, chamam a atenção. Neste capítulo, as bolsas de Laura Lima, desfiladas com a coleção da Santa Ephigênia, também são lindas, lindas, lindas.
As assessoras de imprensa Kika Gama Lobo, XXX e Bianca Teixeira, e outros não dignos de nota, não se emendam. Continuam posando de donas da situação. Deveriam trabalhar para a Firjan. Não à toa, os paulistas desse segmento vêm comendo pelas beiradas e conquistando cada vez mais contas de empresas cariocas. Assessor de imprensa paulista sabe que depende dos jornalistas. Os cariocas, ainda que subservientes, acham exatamente o contrário.
PS. Justiça seja feita: na Firjan há incompetentes, gente sem sobrenome, um presidente controvertido, mas também tem uma mulher chamada Sônia Gadelha. Sônia, uma das personagens mais interessantes da sociedade carioca, há muito empresta sua classe, seu savoir faire, suas elegância e inteligência à alta cúpula daquela instituição. Se não fosse sua intervenção sempre sábia, pedindo desculpas aos jornalistas barrados, a Firjan, ó, iria parar na boca do sapo. Não é o meu caso, mas tem coleguinha por aí que bate uma macumba federal.
E O PADRE PINTO, HEIM?
Põe pinto nisso!
sexta-feira, dezembro 30, 2005
A gorda e a magra do "society"
Neto de Rainier rompe o ano no Brasil
“Tímido e reservado”, dizem os jornalistas franceses, de vez em quando ele sai do prumo e sinaliza com um escandalozinho básico, afinal, família real sem um babado forte perde a razão de ser. Olhos azuis, ele estuda em Paris e adora o verão em Ibiza. Em 2002, foi eleito um dos 50 homens mais bonitos do mundo pela revista “People”. Quando Rainier morreu, Andrea foi aclamado “sucessor” do avô pelos habitantes de Mônaco, mas o tio Albert não abdicou do osso.
quarta-feira, dezembro 14, 2005
E o Lulu Santos, heim?
quinta-feira, dezembro 08, 2005
Marimbondos de fogo e a verborragia da tia Danuza
Estou em Búzios curtindo a primeira fase das minhas férias. Hospedado na casa mais deslumbrante de Geribá, dos meus amigos Elzita e Ronaldo do Valle. Um marzão daqueles em frente, a dois passos do living. Faz frio. O sol não apareceu. Quer dizer, faz frio, não, mas chove. Uma hora de corrida na praia, pra lá e pra cá, para o tempo passar. Livro de Danuza, já devorei. Ela diz que a Tribuna da Imprensa é "um fracasso jornalístico" do Carlos Lacerda. Sei não, mas acho que a tia anda doida. Tia doida! Logo ela, chegada a fracassos também. A Tribuna é um "fracasso" porque fez oposição aos apaniguados que sustentaram o jornal do marido dela, que também nunca foi lá essa brastemp toda, esteve muito mais para samsung (ele, não a Última Hora, onde também trabalhei) No mais, é isso! O tempo urge e a lusitana roda. Daqui a pouco estou de volta e retornarei ao assunto tia Danuza. Parece praga a la Wainer: a única coisa que consegui nas férias, até hoje, foi uma ferroada de marimbondo. Mas tenho esperanças de que vai melhorar. E como. |
segunda-feira, dezembro 05, 2005
Pai de Athina não veio ao casamento
(Aristóteles Onassis)
A neta do homem que dizia que não tinha classe, “mas as pessoas de classe estão dispostas a perdoar esse defeito aos muito ricos”, casou-se sábado em cerimônia decantada em jornais, revistas e televisões do mundo inteiro. Athina Hélène Roussel, que não tem Onassis na carteira de identidade, mas já providenciou, pois só assim poderá assumir a presidência da fundação criada na Grécia por seu avô, agora também assina o Miranda do marido Álvaro, Doda para os íntimos e os nem tanto. O rebu parou as cercanias da Fundação Luisa e Oscar Americano, no Morumbi. A fila quilométrica dos automóveis dos 1.200 convidados demorou horas para terminar, por conta da interminável conferência da identidade de cada um dos seus motoristas e caronas. O pai da noiva, Thierry Roussel, não veio. Sabrine, filha adolescente dele, marcou presença (com um casal de seguranças).
A porta da festa parecia uma operação na Faixa de Gaza. Havia tantos seguranças, mas tantos (só não se viu cavalaria armada, o que foi uma gafe, afinal, o noivo é cavaleiro), que por um momento imaginou-se que iria chegar de Washington o dono do mundo George “Dábliu”. Alarme falso. Mas não era a segurança que a gente está acostumado a ver por aí na porta do Chopin: os fortões estavam todos compenetrados, não fitavam nos olhos os convidados e, feito membros de esquadrões antibombas, só se ocupavam dos seus rádios de comunicação. Com quem falavam e gesticulavam, meu Deus? Pareciam integrantes da trupe da Denise Stoklos, aquela do teatro da mímica. Para se ter uma idéia, todo o quarteirão que abriga os 75 mil metros quadrados da fundação estava guarnecido desses homems-armários. A ordem era “conter qualquer paparazzo”.
Mas o número de seguranças era ainda maior na área reservada ao estacionamento. Porque aí, à turma se juntava o batalhão dos manobristas. Se ser rico é complicado, imagina bilionário, gente. Se para entrar lá fora no portão o motorista e todos os passageiros eram obrigados a exibir os convites-cartões magnéticos, depois de entregar o possante para alguém guardar, era a mesma coisa. Um segurança falava em voz alta (a tal da falta de classe preconizada pelo velho Onassis lá no primeiro parágrafo): “todos com o convite e a carteira de identidade à mostra, por favor”. Não, não pediram exame de grupo sangüíneo.
Havia outra ordem dos noivos: ninguém poderia entrar com câmeras fotográficas, nem com aparelhos de telefone celular que captam imagens. Mas como se iria revistar as bolsas das madames? Resolvida a questão: alugaram detectores de metal. É. Uma entrada de Banerj básica para os bacanas. Não, não havia porta giratória. Justificativa: “Athina é tímida, não gosta de aparecer, não quer fotos do casamento nas páginas das revistas”. Ah, bom.
Mas acho que vai ser difícil. Diante da quantidade enorme de fotógrafos na porta do rebu, duvideodó! É claro que algum ousado pulou o muro, disfarçou-se de garçom, pôs para trabalhar aquela teleobjetiva estilo Nasa dentro de um helicóptero. Esta semana veremos as fotos “proibidas” por aí. Quer apostar? Um fotógrafo de uma revista, inclusive, chegou a bater seu automóvel no carro do Doda, no meio da tarde, em busca da foto exclusiva. Ficou famoso: apareceu dando entrevista a Renata Ceribelli no Fantástico, ontem à noite, você viu? (estou fechando a coluna 13h de domingo).
Aliás, havia um helicóptero de uma agência de notícias sobrevoando a festa! Imprensa de todo o mundo presente. Afinal, a noiva é tida como a mulher mais rica do universo, depois do Criador. Grécia, França, Argentina, EUA e Brasil representados por jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas. Todos barrados no baile, feito na música do Eduardo Dusek. O máximo que os menos ousados conseguiram foi fotografar alguns convidados chegando em seus automóveis, assim mesmo quando os vidros escuros estavam abertos. Ricardo Almeida abriu a janela do seu possante, afinal, ser visto entrando em uma festa dessas é marketing positivo no seu métier, que é o da moda.
O povo começou a chegar às sete (cerimônia estava marcada para as 19h30, com uma imagem de Santa Bárbara e uma enorme cruz branca vazia no altar – missa católica e bênção grega sem quebração de prato). Às 21h50 foi dada a ordem: nenhum automóvel entra mais. Só se for o papamóvel. Imagina se Sua Santidade iria se dar ao trabalho de tirar do closet suas novas batinas encarnadas da Prada!?! Houve um atraso considerável exatamente pelo fato de se ter de receber o povaréu, instruir a turma a passar pelo detector de metal e fazer a trabalhosa conferência “cara-crachá”, para ver se a foto da carteira de identidade era mesmo do convidado ou de algum penetra com documento falso. Afora o estacionamento dos automóveis! Que estresse! E tudo isso ao mesmo tempo. Nem a equipe da Helena Brito Cunha conseguiria.
Precavido e simpático, Doda chegou às 17h30 dirigindo seu próprio Audi, ao lado do melhor amigo, Rodrigo Pessoa. Athina, tímida, como já disse, que ficou três dias sem sair de casa, preferiu uma entrada estratégica (as tímidas famosas sempre entram e saem pelos fundos, com medo dos fotógrafos, triste sina). A coroada chegou às 15h e passou por aquele ritual intitulado “dia de noiva”, com tratamentos de beleza, massagens, cabeleireiros, maquiadores. Fico pensando no estresse de cada um desses profissionais no trato com madame. “Madame é tímida, né, convém não apertar muito na hora da massagem”... “Cuidado com o secador, para não queimar o couro cabeludo de madame”... “Não vá tirar bife da unha de madame, heim, manicure!” (que pintou as unhas de madame de branco). O cabeleireiro Marco Antônio de Biaggi, parecidíssimo com o Clóvis Bornay na meia-idade, nega ter cobrado R$ 25 mil para pentear madame.
Doda vestia um terno feito pelo expert Ricardo Almeida. Quer dizer, expert é modo de dizer, porque o Ricardo não conseguiu aplacar aquele ar sudorento e imprimir um chiquê no presidente Lula (chamem o figurinista do Jô!). Almeida foi ao rebu acompanhado da mulher, dona Agatha, que bem poderia se chamar “A gata”. O Valentino, cabelo de graúna esmaecida, que desenhou o vestido da noiva, sequer atendeu ao RSVP do cerimonial. Ricardo Novaes, filho de Cris Baumgart e José Augusto Novaes, fez o papel de pajem. Viviane, filha de Doda, o de dama-de-honra.
Leonardo e Viviane Senna foram. José Victor Oliva também. E mais: Chella e Moise Safra, Yara e Rolf Baumgart, o espadaúdo nadador Gustavo Borges, Caco Johannpeter com sua bonita mulher, Janete e Paulo Boghosian, Cristiana Arcangeli e Fausto Ferraz. Do jet set internacional? Você perguntou? Ninguém. Nem mesmo o príncipe Bruno Astuto, descendente direto de Maria Antonieta, a dos brioches. Tom Cavalcante chegou anunciando: "A noiva é minha prima e não dá para não prestigiar casamento de prima". Está certo - e de olho na herança da prima, creio.
As flores da festa eram brancas. Chris Ayrosa decorou. Uma numerosa orquestra fez coro para a entrada da noiva e depois para o remelexo dos esqueletos dos convidados. A noiva entrou nos braços do sogro, Ricardo Miranda, um vendedor de seguros bem sucedido. Imagina se o homem é escolhido para “segurar” os bens da nora? Está feito. Vestido dela era de tafetá, sem bordados, como convém. Um terço tomou o lugar do buquê. O véu era longo, e minha avó diria que está errado. “Véu, só para menina virgem. A noiva já mora com o noivo há três anos”, posso imaginar a velha ao pé do meu ouvido. Pequenos abajures iluminavam as mesas. Para ligá-los, a miscelânea de fios elétricos foi camuflada embaixo do piso para não dar choque no povo. Choque só o rosa do vestido daquela socialite, como é mesmo o nome dela? Havia flores cor-de-rosa estampadas nas cúpulas, e rosas-cor-de-rosa em vasinhos pequenos fazendo o conjunto.
Todos os convidados ganharam de presente uma corrente de prata (prata?) com um cristal (cristal?) assinada pela joalheira Bibinha Paranhos (Bibinha?). Teve gente metida a conhecer tudo que disse que a festa estava “simples”. É. Simples! Imagina...
PS. Na foto, Athina e Doda em Londres.
PS2. Reprodução da coluna publicada na Tribuna da Imprensa, segunda-feira, 05/12.
PS3. Estou saindo de férias. 20 dias. Eu volto!
quinta-feira, dezembro 01, 2005
Doença de Hélio Fraga preocupa o "high"
Mas o fato é que tudo começou com uma dorzinha de cabeça e ele pensou tratar-se de uma enxaqueca, e aí a dor foi incomodando, aquela reincidência que zunia os ouvidos. Helinho resolveu procurar o Paulinho Niemeyer, tido como talvez o mais importante neurocirurgião do mundo. Diagnóstico: tumor "inoperável", inacessível, na cabeça. É.
O "high" padece com o fato. Numa hora dessas vê-se que os Rolex, as Montblancs, os Jaguars, as casas na Riviera Francesa, as contas no "Citibanque", não estão com nada. Deus é o governador de tudo - Ele dá, Ele tira.
E para Ele nada é impossível.
Quem sabe Deus não resolve pela cura do Helinho? Vamos orar.
LEMBRETE
Hoje, 1º de Dezembro, é dia de armar a Árvore de Natal.