quinta-feira, junho 15, 2006

Tive acesso ao fax do presidente Lula pedindo desculpas a Ronaldo Fenômeno

VOCÊ SABE: É SOBRE AQUELE QÜIPROQÜÓ DO COMENTÁRIO DO PRESIDENTE SOBRE A OBESIDADE DO ATACANTE DA SELEÇÃO BRASILEIRA. VAMOS AO TEXTO:

"Meu pesado colega Ronaldo, Venho atravéis deste fáquiz, enserrar de uma veize por todas, estas polêmica sobre os fato de você estar rexonxudo e um tanto quanto repolhudo ou não. Hic. Mesmo porque isso é um assunto de forno íntimo e não é da minha calçada. Eu sei que ônti, quando eu perguntei pros Parrera sobre os seus pobrema de obesidade eu cometi uma garfield e acabei trocando os pés pelos mamões e botando nós doiz numa saia injusta. Acho que por causa disso você acabou falando que se você é gordo eu sou bêbo. Eu não sou bêbo, hic, e por acaso eu nem to mais gordo, mas ao invés de tentar brigar mais ainda, acho melhor a gente botar umas pingas nos is. Vou aproveitar estamiçiva e matar dois coelho com uma caixa dágua: eu não falo mais dos seus pneu e você não fala mais das minhas cana. Boa sorte pra você, espero que vocês volte com o hexa e me ajude a conquistar o bi nas eleissão de outubro. Hoje eu vi as abertura da Copa nas Alemanha e se emocionei muito ao ver o Pelé com a Cláudia Chifre. Tudo de bom, abaços a todo, do seu conhaque Presidente".

domingo, junho 11, 2006

Texto sem cortes: Jaciras, Gretas Garbo e Bettes Davis no aterro

Definitivamente, a zona do agrião onde está instalada a semana “muderna” carioca, este ano, não é nada “fashion”. As formas exageradas do pedaço não se aplicam à moda em lugar algum do mundo. Está impessoal, frio (no figurado e no concreto, bem à beira mar de outono-inverno), e encontrar pessoas, só na base do celular ou do “walkie talkie”: “onde você está”? “Estou aqui no restaurante”. “Puxa, estou em Ipanema, você em Santa Cruz”, tipo assim. E daí que evento de moda no Rio de Janeiro sem poder esbarrar numa Vera Fischer a toda hora, ou numa Luiza Brunet, não há carioca ou turista que suporte. Porque só afetação pura e simples não cabe - tem de ter DNA. Em compensação, com este estilo-mundão-Rock in Rio de ser, a semana da moda, ao que parece, faz a alegria de muita gente e precisa abrir as porteiras para o povo entrar, justificando seu “sucesso de público”. O que tem de marinheiro de primeira viagem circulando no pedaço, nem te conto. 

### As jaciras lançaram mão dos óculos escuros, de novo, e não encaram as “lentes da verdade”, como o Clodovil, nem por um pirulito. Por trás de óculos pretos todo mundo é (a)normal, todo mundo recebe de frente o seu quê de celebridade instantânea, e daí que para jacira não tem erro: todas, literalmente todas, já foram ou serão a Greta Garbo por um dia. Tem também aquelas jaciras que juram que são as últimas doadoras de testosterona da face da terra, e aí põem camisetinhas justinhas com os braços parrudões para o lado de fora, embalam as coxas como cortes de filé vendidos na Bassi. Está tudo lá: a fauna e a flora cariocas e troianas, do Oiapoque e adjacências, reunidas para ver (até aqui, a impressão) nada de novo no front! Não surgiu ainda “A” coleção que irá tirar a moda carioca da mesmice, este ano. Pode ser que ontem à noite (fecho estas mal traçadas às 14h., um olho na Copa e outro na missa, igual a Nana Caymmi) tenha aparecido, com a Colcci e a Gisele Bündchen. Torço para que sim.

### Uma sugestão para as moças que vivem na luta inglória com a balança (Claudia Fialho, Angela Fragoso Pires, etc.): ir ao Fashion Rio! Anda-se quilômetros para se chegar à tenda onde será realizado um desfile, e depois outras mais centenas de metros até chegar à outra parte, onde mais um desfile acontecerá em minutos. Para se comer um sanduíche de R$ 20, mais marcha-soldado-cabeça-de-papel! Uma sugestão aos organizadores: pôr mais daqueles carrinhos que se usa nos campos de golfe (quem sabe a Xuxa não empresta alguns? Na Casa Rosada tem) para levar a moçada pra lá e pra cá. Anteontem, só vi um deles atendendo ao contingente de protagonistas e figurantes da opereta.

### Talvez tenha vindo daí - dessa lonjura que separa tudo e todos - o sucesso sem precedentes do galpão onde tem sido realizado o chamado “Fashion Business” - não se espante, é tudo em ingrêis mesmo. Cercada de estandes, um agarrado no outro (alguns fechados a chave, com medo do mundaréu ensandecido que circula pelo corredor, suponho), tudo ao abrigo da corrente de ar frio, a bolsa de negócios da moda tem recebido todos os famosos (e também muitos pseudos) que aportam no Aterro do Flamengo. Anteontem, quem estava lá cercado por um séquito era o presidente da Firjan, que ouviu dizer que jaqueta branca está na moda e pôs a sua. Tem de ouvir dizer e saber usar. Kátia Spolavore, de blusa verde-alface, também vi, linda como sempre.

### Dona Alice Tambrindeguy chegou com a filha xará, a deputada estadual do PSDB. Receberam homenagem bacana do estande do Pólo de Moda de Campos dos Goytacazes, que lembrou a figura empreendedora do avô materno da Narcisa, o fazendeiro Firmino Saldanha, nascido no interior do Rio Grande do Sul, que adquiriu uma imensa propriedade na Baixada Campista, a Fazenda Boa Vista e, antes mesmo de existir qualquer pensamento sobre questões relacionadas a reforma agrária ou aos MSTs de por aí, criou vilas, doando terras a colonos, estimulando o crescimento local. Nas terras de Firmino foram encontrados os primeiros poços de petróleo de Campos. Dona Alice e Alicinha estavam visivelmente emocionadas com a homenagem orquestrada pelo jornalista Carlos Frederico Silva.

### Outro famoso que eu vi no Fashion Rio foi...foi...foi. Não foi! Não vi. Naquela lonjura de lá e pra cá, difícil ver alguma celebridade. Ah! Vi o Verginaud, ex-modelo convertido em ator de novela de Falabela. Agarrado a uma guapa. Vi a matriarca Marlene Carvalho, da família que controla o Grupo O Dia. Encontrei a cada vez mais linda Duda Loyola, neta da Sarita e do José Carlos Galliez Pinto, casada com o Ignácio Loyola, filho da Vera. O sapato do Ferreirinha, ex-diretor da vade-retro Louis Vuitton, era vermelho. Como vermelho era sua camisa. Uma coisa assim combinando, afinal, "se é festa de moda, tem de combinar", esse povo deve pensar. Ferreirinha, que coisa, é diretor do curso "Gestão do Luxo" (do luxo!) promovido pela FAAP paulista.

### O sucesso comercial do evento é inegável. Eloisa Simão, a criadora do rebu, mostra que é boa administradora, ainda que entenda tanto de moda quanto a Claudia Raia. Este ano, até o Banco do Brasil tem estande lá, e os estandes são equipadíssimos, todos refrigerados, envidraçados, atapetados, iluminados. É “coisa de primeiro mundo”, como muitos integrantes da patuléia gostam de comparar.

### No Fashion Business há estandes de Petrópolis, do Pará, de Niterói, da Bahia, todo mundo mostrando sua moda, seus fazeres e afazeres. Falar em Niterói, vi por lá a produtora de moda Alzirinha, das maiores caras-de-empada da Cidade Sorriso. Nenhuma implicação jurídica de minha parte, porque nome é fictício. Ou quase. No Pará, um vestido feito com renda de palha da costa, um espetáculo de trabalho artesanal com cara de rainha das quentinhas.

### Lá fiquei sabendo também que a Narcisa e o Bruno Astuto não jogam mais no mesmo time. Ela continua no ataque do Brasil e ele, agora, digamos, ou mal comparando, está na retranca da Argentina. Narcisa assina sua coluna sozinha, desde já.

### Virou mania: as editoras de moda, quase todas, têm seus espaços VIPs, seus “lounges”, como gostam de dizer, seus cercadinhos onde recebem os convidados no “Fashion Rio”. Ficam encasteladas, como verdadeiras Bettes Davis contemporâneas, bem malvadas, e ai de quem passa na porta a olhar sem ser convidado: tem de retorno um soslaio de pouco caso, como o só o chefe da matilha (carniça na boca) lança para seus súditos famintos pedintes de um naco.


Cininha pediu, a gente atende durante a Copa, e parcimoniosamente, porque pouca gente agüenta doses graúdas de testosterona durante muito tempo. Os craques mais belos do futebol! Brasileiríssimos que somos, como obra de Waldir Azevedo, comecemos com Kaká. Ele mesmo, Ricardo Izecson dos Santos Leite..."Que tesão!" - exclama Cininha.

quinta-feira, maio 18, 2006

É um pássaro ou um avião?

Alguém pode me dizer o que é esta camisa do novo namorado da espevitada Suzana Vieira?

segunda-feira, maio 15, 2006

Festa da Osklen foi um fiasco

A noite estava fria. Menos o champanhe. Quer dizer, champanhe é modo de falar, o "pró-seco". Aliás, ninguém agüenta mais: festa com "pró-seco". Falo da noite de inauguração da loja Osklen, que não tem assessoria de imprensa, ou, se tem, marca pela incompetência. Apesar da noite fria, não falo do clima lá fora, mas do desânimo da moçada presente, Oskar Metsavaht (é assim que se escreve? Saiu do Zé e do Mané, eu me enrolo todo) se desdobrava para elevar o clima, o que só foi mais ou menos um pouquinho melhorado, quando chegou a mulher-aquecedor-ambulante, Dalma Callado, ela mesma, a modelo que tantas labaredas provocou nas passarelas internacionais.

### Mendigos se aglomeravam na Praça Nossa Senhora da Paz, point do rebu, em busca do canapé perdido. Gritavam: "Dona Alair, me dê um salgadinho". "Não é Alair, ela não gosta do nome, é Lalá", corrigia outro morador de rua. E não havia canapé. Quando a Mila Moreira chegou, abalou Bangu, quer dizer, abalou Ipanema. Aquela atriz e aquela estilista do vozeirão de Cauby Peixoto chegaram juntas, como sempre. O modelo João Veluttini (foto), o aluno mais bonito da PUC, onde estuda administração de empresas, também foi, e não estava com aquele porre daquele agente, que posa ao lado dos modelos como progenitora de cada um - "eu gerei, eu gerei", imagina.
Carolina Ferraz, linda, linda.

quinta-feira, maio 11, 2006

Texto sem cortes: Com Palomino não tem Zero-Zero à esquerda

Uma noite cheia de estrelas, ainda que o céu mantivesse aquele lusco-fusco outonal de praxe, a festa de lançamento da segunda edição da revista “Key”, obra da loura paulista Érika Palomino, no Zero-Zero, Gávea, anteontem. Érika é aquela loura que não é burra: deixou a cadeira de editora de moda da “Folha de S. Paulo” e montou sua empresa em um galpão paulista logo batizado de “House”. Érika adora uma expressãozinha em inglês.

### A dona Palomino, desde aí, não pára de aprontar e, sempre respaldada por patrocínios importantes, parou a noite carioca. Aliás, sobre essa questão “patrocínios importantes”, comentou-se, à época de seu afastamento do jornal, que este foi o motivo: a “Folha” não teria assinado embaixo dos “contatos comerciais” da editora e mandou a gata cantar em outro terreiro. Boatos que, diga-se, logo foram afogados, pois a Palomino continua colaborando com o jornal dos Frias, e com olho fixo na moda internacional. Afinal de contas, tem aquela história da expressãozinha em inglês.

### A revista “Key” é interessantíssima. Tem um olhar absolutamente inédito voltado para a modernidade do eixo Rio-SP, claro, com um holofote direcionado aos grandes centros mundanos, seja Londres, Nova York ou Paris. Érika se apoiou em colaboradores importantes e talentosos, ela própria uma antena de captar o novo, escolheu o melhor papel, formatou tudo bem à sua megalomania, quer dizer, é uma revista grandona, coloriu com pincéis certeiros, e está aí o sucesso. Só falta a “Key” circular.

### Precisou uma paulista soigné - Érika tem um quê de desproteção, só um quê - chegar ao Rio para ensinar a certos cariocas o que é compor uma lista de convidados que garanta o sucesso de uma festa. Se recebeu assessoria de colegas daqui neste quesito, acertou em cheio na parceria, porque o que se viu no Zero-Zero foi um elenco digno das páginas de todas as revistas de por aí. Para começar, um rebu com a presença de um Cauã Raymond não pode ser levado a escanteio, e ainda mais quando ele está a salvo de algumas jaciras promoters de churrascarias menores, que teimam em se dizer “confidentes” do rapaz, o que, para quem o conhece, sabe que não é bem assim. Cauã não é chegado. E não vai aí qualquer preconceito. Ele circula muito bem em meio a todas as tribos e é simpaticão.

### Cauã Raymond é a estrela da capa desta edição da “Key”. Posou sem roupa, ou quase Adão, para promover sei lá o quê. Acho que é um editorial de jóias, não encontrei a revista para ver, nas bancas de Ipanema (“que revista”? Me perguntou um jornaleiro. “Nunca ouvi falar”, concluiu), nem tampouco fui à festa. Apesar de se dizer com “muita febre”, Cauã saiu de casa e o fez com a camisa mais bonita da noite. Um xadrez superbacana. Roupa bonita dele, aliás, era um contraponto para o cabelo da Danny Carlos (o que é a Danny Carlos?). Gente, as madeixas da cantora que teve a audácia de dizer no Jô que encontrou o George Bush no jardim da Casa Branca, e não reconheceu o presidente dos Estados Unidos, sendo que ele veio todo simpático em sua direção para cumprimentá-la (quem viu a entrevista?), parecia um emaranhado de um gato angorá com o dedo na tomada de 220 woltz!
Cauã saiu da festa e foi se medicar na Clínica São Vicente.

### Camila Pitanga também estava, linda, linda, e não houve um criativo que mandasse servir no recinto uma caipirinha da fruta que dá nome àquele espetáculo de mulher. Quem é que não iria querer dar uma bicadinha em uma pitangada com a Pitanga em pessoa no meio do rebu? Até Cininha, que não é chegada em pernas depiladas, renderia essa homenagem à obra mais importante do marido da Benedita da Silva. Aliás, cadê ele?

### Thalma de Freitas, outro pedaço de mau caminho, que eu sempre confundo com aquela atriz alta feito um cavalo do Rio da Prata, que de março a dezembro diz que é evangélica, mas de janeiro a fevereiro cai no samba e desfila quase nua na Marques de Sapucaí, como é mesmo o nome dela?, estava translumbrante, como sempre.

### Maria Flor, que faz jus ao nome e que, em vidas futuras ou pregressas, deve contar parentela com uma família de orquídeas ou outra de margaridas, era uma das presenças mais bacanas. "Acho a revista linda!”, apregoava a Pitanga. Primeira pitanga doce da história dos pomares mundanos.

### A atriz Mariana Ximenes, o maior destaque da novela-sem-história das sete global, brilhava feito um cometa. O DJ Fabião inovou e “transcreveu” para as carrapetas o som que a Érika ouve diariamente através de seu iPod. Ou você acha que a Érika não tem um iPod? Deve ter sido a primeira a comprar um. É. Fabião é diretor da Conspiração. Falar nisso, Andrucha foi, sem Fernandinha.

###Dona Violeta Arraes, do alto dos seus 80 anos, tia de Guel Arraes, é uma das entrevistadas desta edição. Não, dona Violeta não foi à festa. Elke Maravilha, aquela dublê de mulher e Torre Eiffel, pois tão grandona, chegou e abalou! Não houve telescópio no Planetário da Gávea, onde fica o Zero-Zero, que conseguisse captar tanto brilho em uma estrela só. Todas as lentes espocaram. Literalmente, a festa inteira quis fotografar ao lado da famosa jurada do Cassino do Chacrinha, alô, alô, Terezinha. Se Elke está na revista? É claro!

### Marina Lima, que depois daqueles boatos de uma depressão deu guinada na vida, seja pessoal e profissional, estava lá com o irmão, o espevitado Antônio Cícero, um dos maiores poetas vivos brasileiros – um outro morreu, era o Wally. Marina é um sucesso. Uma mulher chique.

### O figurino da rapaziada era o mais despojado possível, ou você pensou que o povo iria vestido àquela moda do “figurinista” da gravata borboleta e da cara-de-empada? Nãnãnã! A garotada - até aquela beirando aos 50, porque a idade está na cabeça - pôs o tênis, o moleton, a camiseta, e tome polca, quer dizer, polca é modo de falar: e tome “house”...

### Raquel Zimmermann, uma das modelos de maior sucesso no exterior, que também está na “Key”, disse presente ao chamado. Leticia Birkheuer, o cigano Igor de saias da novela das oito, foi ao lado da amiga, a estilista com vozeirão de Cauby Peixoto. Maria Paula e João Suplicy também na festa. Ellen Jabour, a apresentadora-intelectual (só lê Sartre e vê filmes de Buñel) olhava a tudo de cima - do alto de seu pedestal de areia à beira do mar. Guta Stresser, uma das mais importantes atrizes brasileiras da nova geração, que faz um trabalho digno em “A grande família”, queridíssima. Ninguém entende o tom da tinta dos cabelos do ator Marcelo Novaes.

### Carlos Bonow estava. É bom ator e bonito. Aquele ator preferido do diretor Wolf Maia, não sei se foi. Thiago Rodrigues, outro gato, e queridíssimo, divertiu-se a valer com o humor da Elke Maravilha (veja a foto). Babi Xavier, lembra dela?, com aquele bocão fabricado, ressurgiu. Ressurgiu! Gabriel Braga Nunes, “que peixão”, me diz Cininha. Sobre Grazi e Allan, o casal do Big Brother, “nada a declarar” – feito um Duda Mendonça na CPI.

### Carlos Tufvesson foi, com aquele semblante de “sou o mais importante estilista da alta costura carioca”. Não é, filho. Está longe. Primeiro vem o Jerson, depois o Gui-Gui, e há ainda tantos e tantos, que não dá para listar. Só depois vem você. Se vier. Oskar Metsavaht, charmosíssimo e bem sucedido (até no casamento!), feliz da vida. No dia seguinte, ontem, iria dar uma festa igual ou melhor, em termos de presenças de bacanas. Só errou na escolha de sua promoter, mas ninguém é perfeito, isso passa. Isabela Capeto, que nome, talentossíma, disse presente.

### Antonio Bokel, da griffe "SoulSeventy", era o mais bonito da noite – no mesmo patamar do Cauã e do Thiago Rodrigues. Felipe Veloso, o nome que mais entende de produção de moda no Brasil, também presente, simples, na dele, falando com todo mundo, seguro como as grandes estrelas, recém-chegado de Nova York. Um (in) certo Rogério, que se acha o Michael Roberts da cena carioca, apagadinho, apagadinho. Precisa acender um buscapé no tênis Puma, quem sabe?... Constança Lima, parecidíssima com a mãe Fernanda Basto. Até o carteirão embaixo do braço fez lembrar a vovó Marlene Rodrigues dos Santos. Ah, estava lá o campista Lula Rodrigues dos Santos, com seu eterno olhar blasé, que sabe tudo de moda. Ou sabe quase tudo. Quem sabia tudo era a Mara Caballero, eterna querida.
Ah, meus amores, cansei.

PONTO FINAL - Ninguém agüenta a empáfia do senador Demóstenes Torres, do PFL. Ele ontem debochou da condição dos “doidos” de por aí, ou do desespero que se é ser portador do Mal de Alzheimer, ao questionar o Silvinho Pereira na CPI. Já vi outros arrogantes iguais a ele, sobretudo uns lá da Bahia, que não resistiram ao olhar certeiro de uma lupa independente.

sexta-feira, abril 14, 2006

O queridinho de Calvin Klein

GUAPO - A revista gay inglesa "Attitude" elegeu o craque de futebol Freddie Ljungberg, do arsenal da Inglaterra, mais uma vez, como no ano passado, "o jogador mais sexy do mundo". Ele é conhecido por posar de "cuecão de couro" - saudades de Pit-Bitoca - para a publicidade do caçador de modelos baratinhos de Brás de Pina (ou será de Cascadura?) Calvin Klein. No mesmo apanhado, Beckham aparece em 7º lugar, coitada, quer dizer, coitado.
(clique na foto para ver se tia, quer dizer, se tio Calvin tem razão)

quinta-feira, abril 06, 2006

Maria Mayrink Veiga Frering

Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering Maria Mayrink Veiga Frering

quinta-feira, março 30, 2006

Aviso aos baianos: os belgas estão chegando

E não são os canários. É. O povo da Bélgica está encantado com o Brasil, sobretudo a Bahia. A ponto de até o embaixador daquele país, Johan Ballegeer, eleger a terra do acarajé para freqüentes estadas de veraneio e trabalho. O interessante da questão é que os belgas solteiros vêm, chegam com seus olhos azuis e abafam: se apaixonam por aquelas negras maravilhosas e sestrosas que só a Bahia tem.
A embaixada diz que mais de 150 belgas já moram em Salvador. Trabalham e geram emprego lá em diversas áreas. Cininha me diz que há uns "mergulhadores saradões", que trabalham na recuperação de navios e "são verdadeiros deuses belgas". Em contrapartida, a Bélgica tem subvencionado a instalação de escolas agrícolas no interior do Estado. Já são 25. A população ganha orientações técnicas principalmente a respeito de criações de ovinos e caprinos. Sem falar no capítulo cultural, com direito até à presença em nossas paragens da famosa orquestra do Théâtre Royal de la Monnaie

terça-feira, março 28, 2006

Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner

Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner Miguel Kelner

quinta-feira, março 23, 2006

Boa notícia para as caras de empada

Glorinha Kalil, que apesar de ser jornalista de moda não tem a cara de empada própria de seus pares, está organizando com o Meio & Mensagem um seminário sobre marketing de moda. Objetivo é repetir a dose a cada ano, e sempre contando com nomes célebres da área. Tudo dirigido a empresários, profissionais de marketing e comunicação, da indústria e comércio varejista, editores, jornalistas, críticos e especialistas de moda, do Brasil “e do exterior”, deixa ela usar de sua dose de pretensão, porque também é filha de Deus...

### Tudo a partir de abril, dia 25, com nomes importantes deitando a falação. O matador e congelador de perus, ministro do Desenvolvimento Luiz Fernando Furlan, dono da indústria Sadia, falará na abertura, o presidente do dadivoso (para os ricos) BNDES, Guido Mantega, também. Depois tem um monte de gente, até o Paulo Borges, criador do SP Fashion Week, e mais, e mais. O controvertido da questão é que a empresária Eliana Tranchesi, da Daslu, sairá das páginas que tratam de não-impostos de importação, digamos assim, para dizer sobre o tema “Moda que brilha”.

### Quem quiser participar deverá ter disponível o habitual carão de Patrícia Brandão e R$ 1.100 na conta bancária.

terça-feira, março 14, 2006

O Rio treme: Nina Chavs está de volta!

A mulher que fotografou com lentes irrequietas a vida social do País a partir do Rio, que debochou do luxo, decretou classe ao mundano, ela, Nina Chavs, está de volta ao Brasil, depois de décadas dirigindo a Galeria Debret, em Paris, como funcionária da nossa embaixada na "cidade luz". Nina garante que vem aposentada, só quer fazer tricô, mas sabe-se que "O Globo" já teria acenado com luz verde-esperança para sua volta ao caderno "Ela", orfão de charme desde sua saída, lá pelos anos 80. Teria o próprio João Roberto Marinho já feito o convite. Vamos aguardar. E torçamos para que nossa rainha queira voltar a sentar no trono da mais poderosa e emblemática colunista social do Brasil. Deus é pai!

terça-feira, março 07, 2006

Texto sem cortes: O baile de la Tornaghi foi “show de bola”

Faltam a esta nova safra de “promoters”, que palavra, do Rio e de São Paulo, o carisma e a competência da Anna Maria Tornaghi. Desde que o mundo (social) é mundo (social), Anna sempre esteve à frente dos eventos mais badalados do eixo Brasil-Nova York. É sempre assim: ela trabalha em silêncio, na maciota, atende ao telefone e finge não ser ela (como se fosse possível desconhecer sua grave voz), e quando ressurge, institui o cala-boca da concorrência. Agora, La Tornaghi e La Varsano (Valéria, sua principal parceira, e queridíssima por todos) anunciaram despretensiosamente - eis o segredo que a Fernanda-diminutivo Barbosa e a Alice-diminutivo Cavalcante precisam aprender - um baile de máscaras fora de época, quer dizer, fora de época é modo de falar, alguns dias depois do carnaval, no Sofitel, na Avenida Atlântica. Se eu disser que foi o melhor baile carioca, sem a pose e o falso “glamour” de uns e de outros, não estarei exagerando. O “Bal Masqué” do Sofitel, na última sexta-feira, foi um espetáculo! Show de bola, como se diz na gíria.

Não havia homens e mulheres quase pelados, como a gente vê em bailes carnavalescos de por aí, em hotéis que se intitulam “glamurosos”, que têm “promoters-decoradores” com cabelos pintados no último grito graúna. Diz a lenda que estes descem pela Avenida Atlântica de madrugada, um dia antes do baile, e arrebanham toda a casta de prostitutas e garotos de programa, vestem neles detalhes de plumas e paetês, e os põem no meio do salão para fazer figuração. A turma selecionada vibra porque, continua me dizendo a lenda, ali em meio ao grã-finos e alguns pseudos, podem agendar seus programas futuros. Consta até que um levado diretor de novelas tirou um desinibido rapaz da “figuração” de um baile e o promoveu a ator de novela de horário nobre, sortudo, o guapo, indulgente, a emissora. No baile de Anna Maria Tornaghi e Valéria Varsano, todo mundo, ou quase, se conhecia. Gente bonita, gente fina, gente bem vestida. E aí a turma pergunta por que é que Anna-Valéria não fazem este baile desde uns (pelo menos) dez anos antes?... O carnaval do Rio teria sido muito melhor.

Desde a porta, até o salão, estava tudo perfeito. Atores mascarados e fantasiados criativamente cercavam uma espécie de corredor para os convidados, dando boa noite, ou fazendo um gestual teatral em silêncio, uma reverência. As famosas recepcionistas de La Tornaghi, todas de vestido longo seco, fluido, feito uma grande camiseta de crepe de seda, mais um detalhe supercriativo de maquiagem no rosto (algumas tinham a miniatura dos Arcos da Lapa em uma das bochechas, por exemplo), dando aquele show de categoria, como sempre. As recepcionistas de La Tornaghi parecem todas educadas no Sion.

Quando se adentrava o salão, o ar-condicionado no último volume, eis que logo vinha um garçom com uma garrafinha, daquelas chamadas “baby”, de Chandon tinindo de gelado. Aí a turma não parava, era uma “baby” a cada dez minutos. Parecia um berçário: “baby” pra todo lado. Foi o bastante. Quando a ótima orquestra apitou o primeiro acorde, o povo saracoteou até não poder mais.

A decoração era bacana e despretensiosa, palavra importante neste universo de “decoradores carnavalescos” que só faltam pendurar o próprio fígado no teto. Bolas coloridas pendiam do telhado e se encontravam com faixas enormes de tule e organza brancos que saíam do chão ao alto. Isso tudo, aliado à iluminação indireta, gerou um efeito impressionante. Camarotes ao redor de todo o salão abrigavam os “vips”, fazer o quê? - eles estão sempre presentes.

Giovanna Priolli chegou capotante, de azul, muito linda, de cabelos claros, ao lado de Mário. O casal contava que os 40 anos do seu Canecão serão tema de enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel, no carnaval do ano que vem, e Giovanna me convidou a desfilar. Disse que só o faço, se puder tocar cuíca na bateria. Todo mundo promete riscar a passarela com a Mocidade, ano que vem. Silvinha de Castro, interina de Nina Chavs nos áureos tempos da jornalista franco-brasileira, foi de longo preto. Walesca Carvalho, com Chris Skowrosnki, era uma das mais bem vestidas do baile, como sempre. Dizer que Waleska está bem vestida é redundância. Com máscara feita pelo expert Alberto Sabido, perdão, Sabino, Waleska era a própria princesa.

Leiloca, que cantou “eu sei que eu sou bonita e gostosa” no tempo das Frenéticas, tomou pra si a expressão e pôs uma saia longa, um top de seda, nenhuma referência carnavalesca, e estava luminosa como a lua em Áries ou o sol em Leão. Na fila de foliões que entravam no baile encontrou com Marianinho Marcondes Ferraz (o tio), e ele logo aproveitou para fazer uma consulta astrológica, porque Leiloca entende de tudo, e mais um pouco, sobre astros. Humberto Saade estava com uma camisa preta e dourada, dos seus tempos de Dijon. Se ele abrisse a porta do closet, a camisa seria capaz de ir caminhando pelo calçadão de Copacabana, sozinha, do Chopin ao Sofitel, tão conhecida ela é.

Um baile de carnaval que tem a artista plástica Marília Kranz entre seus foliões está longe de ser comum. E Marília, como sempre, estava animadíssima. A juíza mais bonita do Estado do Rio, Cristiane Leppage, que dirige o Fórum de Bangu, marcou presença, com a amiga Gisele Sardas, defensora pública, filha da desembargadora Letícia Sardas, diretora de comunicação da Associação dos Magistrados Brasileiros. São daquela turma de mulheres lindas que instituem o alvoroço quando passam espargindo charme pelos corredores da Justiça. Dona Bibi Franklin Leal era outra presença de destaque, e garantia peso social ao evento.

Lígia Azevedo estava com o amigo Chico Vartulli, o arquiteto das estrelas, que comemorava o título da Vila Isabel. Chico é chique e tem entre seus clientes o presidente daquela agremiação azul e branco. Glorinha Távora formava mesa com Andréa Macedo, herdeira do “Diário de Natal”. O arquiteto Francisco Amorim, que desenha os bares e restaurantes mais disputados da cidade, pôs um smoking bem cortado e estava lá, alvoroçando corações. O professor de jiu jitsu, modelo e ator Miguel Kelner, ao lado de uma loura capotante, alvo de olhares cobiçosos de gregos e praianos, quer dizer, troianos. Kelner tem quase dois metros de altura, e por isso tinha visão panorâmica do salão, feito o dono de um automóvel Fox, da Volks – diz o comercial na TV que quem tem um Fox “vê a vida de outro ângulo”.

Encontrei a Zezé Mota e reafirmei o que disse aqui outro dia. Fica todo mundo ensandecido, contando que a Naomi chegou, que a Naomi partiu, que a Naomi espirrou...Eu sou mais a Zezé Mota! Ela me respondeu: “arrasou”! A apresentadora Leila Richers exagerou na dose de silicone nas bochechas, está parecidíssima com Rosana-como-uma-deusa. A bateria do Salgueiro, quando chegou, arrebanhou foliões. Mulatonas altas, feito cavalos do Rio da Prata, rebolavam, rebolavam, rebolavam.

As “irmãs sisters”, dois foliões que se vestem luxuosamente de mulher todos os anos, e vão aos bailes mais animados do Rio, também disseram sim. Uma delas, bonitíssima, tem quase cinco quilos em cada panturrilha - é parrudona, fortona de academia, e dentro do modelito feminino, ombros largos, fica engraçadíssima. Isabel Lito, parece, estava sozinha. Sábia. Antes só do que mal acompanhada. Lucy Sá Peixoto estava fantasiada de chinesa. Angelique, aposto que na carteira de identidade é Angélica, porque paraense de nascimento, e milionária turca de casamento, quer dizer, de viuvez, foi a primeira a chegar. Fui o segundo e, quando a vi, ela já estava sentada à mesa, comendo - inhoque-inhoque. A arquiteta Fátima Martins, sumida, estava linda, como sempre, e feliz com o sucesso da Escola de Samba Estácio de Sá, onde agora sua família dá as cartas.

O ator(doante) Carlos Machado, o coreógrafo Antonio Negreiros, Haroldo Costa e Mary, também presentes. Do Sul vieram os queridíssimos decorador João Vicente Correa e professor de dança Fernando Saraiva, ambos do SPA Kurotel de Gramado, que me contaram: o futuro senador Francisco Dornelles e Cecília passaram o carnaval cuidando da saúde naquele paraíso na Serra Gaúcha. É bom o doutor Francisco descansar mesmo, porque a campanha será estafante. Em Niterói, ele já tem em seu time o principal cabo-eleitoral jovem da Cidade Sorriso, Rodrigo Chammi – certeza de sucesso e muitos votos.

PS. Já que falei em Niterói, se houver um termo para qualificar o carnaval da Cidade Sorriso, anunciado pela prefeitura como completamente “revitalizado”, a palavra é...Deprimente!

sexta-feira, março 03, 2006

O casal mais lindo na folia

Adriana Esteves passou o carnaval na Bahia com seu marido, o baiano Vladimir Brichta. O casal ganhou o troféu de mais animado do bloco Ara Ketu. Veja a foto, de Fred Pontes. Adriana tem ou não razão de se sentir a mulher mais feliz do mundo?

terça-feira, fevereiro 28, 2006

Raica pode virar Cicarelli

Um capítulo sobre Raica (foto), a nova musa do Fenômeno: o séquito de jaciras (agentes, maquiadoras, produtoras de moda) que a acompanha é digno da turma do Didi. Estava assim no camarote da Brahma na Sapucaí. Todas as cabeças de sua corte são marcadas por aquele semblante blasé-compungido de celebridade de Hollywood. No capítulo beleza, sou mais a Raica em fotografia. E no capítulo maldade, incluo uma coleguinha, a morena acompanhada de toda a família, no camarote da Brahma: a jornalista pediu para a avó da Raica “sambar um pouquinho”, e a mulher-Fenômeno achou tudo absolutamente normal, saindo a sambar com a velhinha de cabelos branco-algodão, em frente às câmeras. Raica, que hoje desdenha a professora de moda Silvana Louro, que a descobriu em Niterói, precisa de uma assessoria no ritmo da urgência-urgentíssima, pois corre o risco de virar Cicarelli.

terça-feira, fevereiro 21, 2006

As colombinas do 'soçaite'

A promoter Lalá Guimarães já escolheu a fantasia com a qual comparecerá ao Baile de Gala do Copacabana Palace: “Tsunami, pesadelo de uma noite de outono”. A criação é do decorador de festas Zefa Markise. Claudia Fialho também vai paramentada pelo mesmo criador, e o nome de sua roupa é “Botija para mil dúzias de rosas”. Liége Monteiro é também criativa e a turma está queimando a mufa para saber que fantasia é essa que ela experimentou e amou. Nome: “Bengala de Vera Fischer”.

domingo, fevereiro 19, 2006

Claro que é “vip”: vai um baseado aí?

Por essa a telefônica Claro não esperava. Muitos dos seus chamados “vips” fumam maconha e “skank”, que é a “erva do diabo” passada por tratamento químico - o cheiro, quando queimada, lembra esterco. É. Foi o que se pôde ver no show dos Roling Stones, sábado, na Copacabana que não nos engana há muito tempo. O futum de marijuana era uma constante, e a turma doidona nem se incomodava com o fato de que entre os convidados “vips” havia figurões da polícia carioca. A sugestão para a Claro, agora, como contrapartida, é financiar uma campanha antidrogas. Pode até contratar a mesma promoter para organizar a função.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Tá podendo?

Tem gente que enxergou sintomas de megalomania e reflexo de falta de assessoria o fato de Ivete Sangalo ter publicado meia página caríssima (umas três casas populares) de anúncio em jornalão carioca "agradecendo" o convite de uma escola de samba que a chamou para ser rainha de bateria. Um telefonema bastava, nêga. Todo mundo sabe que você é poderosa...

PS. A foto mostra os novos modelos (de sunga, de sunga) para o alto verão.

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Parece que é por causa própria...

...O ator e vereador Stepan Nercessian é um dos maiores patrocinadores do Grêmio Recreativo Escola de Samba 'Difícil É O Nome'...

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Ex-mecânico, Arian é o Pascoal da vez

A vida imita a arte. É um ex-mecânico o modelo que mais chama a atenção das passarelas brasileiras nessa época de zoeira total. Como o mecânico Pascoal da novela "Belíssima", Arian (foto) vai marcando território, tem 20 anos, é de Santa Catarina - ô terra de gente bonita! Está batalhando a carreira na moda há um ano. Diz que quando começou só tinha uma muda de roupa, que beleza de história. Hoje está em quase todos os desfiles, agenda lotada, e já apareceu nas publicações mais importantes do mundo: "W", "i-D", "Vogue" América, "Numéro", "Arena", "V Men" e "Another Magazine". Já posou para a Benetton, Abercrombie & Fitch e H&M. É. E foi contratado para ser o garoto-propaganda do novo perfume do estilista Roberto Cavalli. Ah. Ao lado de Raica, fotografou para a campanha da TNG, e já está morando onde?, onde?, onde? Em Nova York!

sábado, janeiro 14, 2006

Anderson é lindo e gente boa

Um dos rostos mais bem-vindos da moda brasileira está fazendo sucesso na semana das passamanarias e viéses, no MAM. É o louro, alto, solteiro e sempre à procura Anderson Dornelles (foto). Ele veio do exterior (NY), onde mora, para fazer um desfile de uma griffe menos importante. Brilhou, brilhou, brilhou, bem à sua moda, sorriu, deu autógrafos e roubou a cena de alguns dos colegas de camarim (quase todos posam de "Eu sou uma ave rara, não chegue perto"). De boné, camiseta regata, Anderson mostrava a tatuagem nova, onde se lê: "One love". Como diria a Cininha: "Anderson é tudo". (A foto é do Cristiano, do Terra/The Boy).

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Fashion Rio: Firjan está fora de moda

A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro é a responsável pelo, desde já, mico do ano. Quer dizer, mico é forma de falar, a gafe foi um verdadeiro King-Kong. Aquele colegiado industrial enviou convites para diversos jornalistas do Brasil chamando para um almoço de “lançamento do projeto ‘Rio - Histórias e Personagens da Moda’, com a inauguração, nos jardins do MAM, da exposição que homenageia alguns dos estilistas que contribuíram para transformar a moda brasileira num setor empresarial reconhecido nacional e internacionalmente”.

Mas a Firjan não contava com a incompetência de sua assessoria de imprensa, cheia de mocinhas inexpressivas, tampouco com a falta de traquejo de uma (in) certa Margareth-sem-sobrenome (ela se negou a me dizer o nome completo), que trabalha - parece que com poder de mando - em sua área de eventos. Simplesmente, uns 15 jornalistas, con-vi-da-dos!, não puderam entrar no referido certame, por ordem da tal da Margareth, uma mulher tão “bonita” e “alta” feito a Gisele Bündchen. Margareth-sem-sobrenome simplesmente deu ordens ao segurança: “ninguém entra, o lugar está lotado”. E sumiu do mapa, medrosa. O segurança, coitado, obedeceu, mas ouviu toda sorte de impropérios da turma rejeitada. Margareth-sem-sobrenome não é competente. Não planejou. Convidou mais pessoas do que deveria. Margareth-sem-sobrenome.

Não seria a semana da moda carioca metidamente batizada em ingrêis, se isso não acontecesse, aliás. Vendido na mídia como “grande incentivador” do setor, na verdade o evento também é um alavancador de egos e ódios, isso sim, e bem ao gosto da moda. Descobre estilistas talentosos? Claro. Tira da sombra gente linda e a leva para o sol da passarela? Evidente. Promove a indústria dos vieses e passamanarias? Não resistiria tantos anos, se não o fizesse. Mas não dá para fugir do fato de que se trata de um balaco armado por e para pessoas que fazem da vaidade profissão. E vaidade, mal da humanidade, não tem idade nem remédio.

O MAM está um frege. Gente transitando por toda parte, um constante sobe-desce a rampa. Bacana é sentar num canto para ver a moçada passar. Barrado no tal almoço (aliás, a comida, me contaram, acabou no meio do furdunço, nem todo mundo conseguiu forrar a pança - Margareth-sem-sobrenome economizou no ensopado de mocotó), fui comer sanduba (caro, R$ 14) e tomar uma cerveja Boêmia (R$ 4,50 a latinha), para ver a turma transitar. O que vi é digno de muitas notas:

Regina Guerreiro (foto), a verdadeira azeitona da empada da moda brasileira, chegou toda de branco. Antes era o preto. Com um séquito de jaciras, claro, ou não seria a papisa dos áureos tempos do “Vogue” brasileiro, quando era capaz de mergulhar um pato vivo em uma lata de tinta óleo azul para ilustrar uma fotografia de moda. E matar sufocado o pato, coitado. Mas isso são águas passadas, e Regina, hoje em uma revista que não condiz com sua história, mas ganhando os tubos, continua de bom humor, pelo menos foi o que vi (e ouvi): gargalhando em altos decibéis, sua marca registrada.

Beth Guimarães ouviu que vestido longo está na moda e pôs um estampado arrastando no chão. O garçom conceituou, rápido no gatilho, trazendo minha cerveja, quando ela surgiu: “Parece a Mãe Menininha do Gantois. O vestido é tão estampado...”. Respondi que se tratava de uma das mulheres mais decantadas pelas colunas sociais locais, muitas vezes chamada enganosamente de “mais elegante”.

Como a Beth, outras tantas mulheres ouviram falar que o vestido longo está na moda e puseram um. Vestidos de todas as cores. Flores, flores, flores! Frutas! Tantos sabores. Difícil encontrar quem não pecou neste capítulo, porque, começo de conversa, para usar vestido longo precisa ser alta. Precisa ser magra. Precisa ter postura. Precisa ter ombros. Pois havia umas moças tão baixinhas, como se coubessem no porta-jóias, de vestidão longão. Sabe capa de bujão de gás de pipoqueiro?

Regina Martelli pôs um saião de chita, dois pulseirões, escolheu a bolsa maior do closet, porque os brindes são muitos e pouca gente resiste, e lá foi ela com ares de “sou a tal”. Fernando Bicudo, imperdoável, pendurou o telefone celular na cintura. Isso não se faz, Bicudo, e ainda mais num evento de moda. Todo de branco, cabelos armados, estava com sandálias havaianas da mesma cor. E se fazia acompanhar de um amigo com camiseta ultra-muita-cor.

Jorge Salomão, irmão do grande Wally, veio andando em minha direção, me tascou um beijo na bochecha e avisou: está chegando da Bahia. Passou por lá as festas de fim de ano. Fazendo suas macumbinhas, imagino. Lula Rodrigues dos Santos vestiu calça com estampa de camuflagem, aquele estilo militar. Peça “sambada”, nada àquela moda “comprei para ir à semana da moda”, o que denota estilo.

O estande da Mil Frutas, a sorveteria bacana, matou a pau, como se diz. Fila quilométrica na base do eternamente. Todo mundo querendo gelar a língua. Uma bola custa R$ 7. Caro. Tem sorvete de amora, champanhe, graviola, jabuticaba, lichia, mangaba, tamarindo, etc. Pelo mesmo está escrito na tabuleta, mas a mocinha do caixa avisou, depois de que entrei na tripa de gente, em busca de uma bola de mangaba: “não tem todos os sabores, não, isso (a tabuleta) tá aí só para enfeitar”.

Os banheiros para o público estavam imundos e fétidos. Os para a imprensa, perfumados e brilhando. Aliás, a sala da imprensa é um espetáculo. Tudo muito bem transado, sanduichinhos, água mineral, refrigerante, atendimento simpático, computadores, linhas telefônicas. Um céu de brigadeiro em meio à tormenta de poses e antipadrões sociais de alguns da turma da press da moda – pescoços empolados na base da demasia.

Um capítulo que merece consideração é aquele que versa sobre óculos escuros. Nessa solina com a bênção de Deus, fica obrigatório analisar a quantas anda a moda dos acessórios anticlaridade que o povo entendido no assunto estilo está usando. As jaciras são as que mais ousam. Há óculos que mais parecem máscaras. Todos negros. Não sei o que é que o povo da moda tem que não fita os olhos do interlocutor, como bem apregoam as leis da segurança espiritual...

No chamado setor dos negócios, onde várias pequenas e médias indústrias exibem e vendem suas mercadorias, destaque para o estande da Bahia, comandado pela Cristina Franco e bancado pelos Sebrae e Senai. Tem tanta gente talentosa lá... Meu Deus! Por exemplo: vi umas camisetas femininas minúsculas, bordadas com paetês, canutilhos e mini-fuxicos, tudo com o nosso motivo patriótico, quase obrigatório na indumentária dos tempos de Copa do Mundo. Feitas pela Gilka Andrade para a griffe Loygus, são dignas das páginas do “Vogue” americano (alô, Anna Wintour!). Vi também um misto de pintura silk e canutilhos no bordado floral em preto e branco, nas roupas feitas por Cristiane Moreno, merecedor de aplausos. E as jóias de casca de coco, com prata de lei incrustada em desenhos tribais, feitas por Nicolau e Sandra Almeida para a griffe Patro? Espetáculo! A Bahia, que sempre esteve com tudo no turismo, também está mandando na moda. E como.

As bolsas da Jô Havelange são de parar o trânsito. Coloridas, bem feitas, cheias de detalhes, um couro absolutamente bem tratado e lindo, chamam a atenção. Neste capítulo, as bolsas de Laura Lima, desfiladas com a coleção da Santa Ephigênia, também são lindas, lindas, lindas.

As assessoras de imprensa Kika Gama Lobo, XXX e Bianca Teixeira, e outros não dignos de nota, não se emendam. Continuam posando de donas da situação. Deveriam trabalhar para a Firjan. Não à toa, os paulistas desse segmento vêm comendo pelas beiradas e conquistando cada vez mais contas de empresas cariocas. Assessor de imprensa paulista sabe que depende dos jornalistas. Os cariocas, ainda que subservientes, acham exatamente o contrário.

PS. Justiça seja feita: na Firjan há incompetentes, gente sem sobrenome, um presidente controvertido, mas também tem uma mulher chamada Sônia Gadelha. Sônia, uma das personagens mais interessantes da sociedade carioca, há muito empresta sua classe, seu savoir faire, suas elegância e inteligência à alta cúpula daquela instituição. Se não fosse sua intervenção sempre sábia, pedindo desculpas aos jornalistas barrados, a Firjan, ó, iria parar na boca do sapo. Não é o meu caso, mas tem coleguinha por aí que bate uma macumba federal.


E O PADRE PINTO, HEIM?
Põe pinto nisso!

sexta-feira, dezembro 30, 2005

A gorda e a magra do "society"

Passado o reveillon, será dada a largada para o carnaval, com a novela de vaidade chamada “Sou poderosa”, em cartaz todos os anos. Cláudia Fialho e Lalá Guimarães disputam o papel principal.

Neto de Rainier rompe o ano no Brasil

Chamado de “o príncipe do século XXI”, cabelos em desalinho, Andrea Albert Pierre Casiraghi (foto), filho da Caroline Grimaldi (hoje de Hannover, do 2º marido, Ernesto) e Stefano Casiraghi, neto de Grace Kelly e Rainier, está no Brasil para romper o ano. Com um grupo de amigos, alugou casa em Trancoso, Bahia, terra de sal e sol, já que é afeito a tomar banho de mar na base do Adão, feito também faz o Brad Pitt - derrière à mostra. Namorado da colombiana Tatiana Santo Domingo, com ele na viagem, filha de um milionário construtor de avião, Andrea de Mônaco é apaixonado por futebol, hipismo e esqui.

“Tímido e reservado”, dizem os jornalistas franceses, de vez em quando ele sai do prumo e sinaliza com um escandalozinho básico, afinal, família real sem um babado forte perde a razão de ser. Olhos azuis, ele estuda em Paris e adora o verão em Ibiza. Em 2002, foi eleito um dos 50 homens mais bonitos do mundo pela revista “People”. Quando Rainier morreu, Andrea foi aclamado “sucessor” do avô pelos habitantes de Mônaco, mas o tio Albert não abdicou do osso.

quarta-feira, dezembro 14, 2005

E o Lulu Santos, heim?

Quem aí vai ser o primeiro a dizer ao Lulu Santos que não é prEvilégio, mas privilégio? E, ao que parece, ele tem fixação pela palavra. Há anos. Chaaaaato.

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Marimbondos de fogo e a verborragia da tia Danuza

Estou em Búzios curtindo a primeira fase das minhas férias. Hospedado na casa mais deslumbrante de Geribá, dos meus amigos Elzita e Ronaldo do Valle. Um marzão daqueles em frente, a dois passos do living. Faz frio. O sol não apareceu. Quer dizer, faz frio, não, mas chove. Uma hora de corrida na praia, pra lá e pra cá, para o tempo passar. Livro de Danuza, já devorei. Ela diz que a Tribuna da Imprensa é "um fracasso jornalístico" do Carlos Lacerda. Sei não, mas acho que a tia anda doida. Tia doida! Logo ela, chegada a fracassos também. A Tribuna é um "fracasso" porque fez oposição aos apaniguados que sustentaram o jornal do marido dela, que também nunca foi lá essa brastemp toda, esteve muito mais para samsung (ele, não a Última Hora, onde também trabalhei)
No mais, é isso! O tempo urge e a lusitana roda. Daqui a pouco estou de volta e retornarei ao assunto tia Danuza.
Parece praga a la Wainer: a única coisa que consegui nas férias, até hoje, foi uma ferroada de marimbondo. Mas tenho esperanças de que vai melhorar. E como.

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Pai de Athina não veio ao casamento

“Nem sempre os milhões ajudam a conseguir o que se quer na vida”
(Aristóteles Onassis)


A neta do homem que dizia que não tinha classe, “mas as pessoas de classe estão dispostas a perdoar esse defeito aos muito ricos”, casou-se sábado em cerimônia decantada em jornais, revistas e televisões do mundo inteiro. Athina Hélène Roussel, que não tem Onassis na carteira de identidade, mas já providenciou, pois só assim poderá assumir a presidência da fundação criada na Grécia por seu avô, agora também assina o Miranda do marido Álvaro, Doda para os íntimos e os nem tanto. O rebu parou as cercanias da Fundação Luisa e Oscar Americano, no Morumbi. A fila quilométrica dos automóveis dos 1.200 convidados demorou horas para terminar, por conta da interminável conferência da identidade de cada um dos seus motoristas e caronas. O pai da noiva, Thierry Roussel, não veio. Sabrine, filha adolescente dele, marcou presença (com um casal de seguranças).

A porta da festa parecia uma operação na Faixa de Gaza. Havia tantos seguranças, mas tantos (só não se viu cavalaria armada, o que foi uma gafe, afinal, o noivo é cavaleiro), que por um momento imaginou-se que iria chegar de Washington o dono do mundo George “Dábliu”. Alarme falso. Mas não era a segurança que a gente está acostumado a ver por aí na porta do Chopin: os fortões estavam todos compenetrados, não fitavam nos olhos os convidados e, feito membros de esquadrões antibombas, só se ocupavam dos seus rádios de comunicação. Com quem falavam e gesticulavam, meu Deus? Pareciam integrantes da trupe da Denise Stoklos, aquela do teatro da mímica. Para se ter uma idéia, todo o quarteirão que abriga os 75 mil metros quadrados da fundação estava guarnecido desses homems-armários. A ordem era “conter qualquer paparazzo”.

Mas o número de seguranças era ainda maior na área reservada ao estacionamento. Porque aí, à turma se juntava o batalhão dos manobristas. Se ser rico é complicado, imagina bilionário, gente. Se para entrar lá fora no portão o motorista e todos os passageiros eram obrigados a exibir os convites-cartões magnéticos, depois de entregar o possante para alguém guardar, era a mesma coisa. Um segurança falava em voz alta (a tal da falta de classe preconizada pelo velho Onassis lá no primeiro parágrafo): “todos com o convite e a carteira de identidade à mostra, por favor”. Não, não pediram exame de grupo sangüíneo.

Havia outra ordem dos noivos: ninguém poderia entrar com câmeras fotográficas, nem com aparelhos de telefone celular que captam imagens. Mas como se iria revistar as bolsas das madames? Resolvida a questão: alugaram detectores de metal. É. Uma entrada de Banerj básica para os bacanas. Não, não havia porta giratória. Justificativa: “Athina é tímida, não gosta de aparecer, não quer fotos do casamento nas páginas das revistas”. Ah, bom.

Mas acho que vai ser difícil. Diante da quantidade enorme de fotógrafos na porta do rebu, duvideodó! É claro que algum ousado pulou o muro, disfarçou-se de garçom, pôs para trabalhar aquela teleobjetiva estilo Nasa dentro de um helicóptero. Esta semana veremos as fotos “proibidas” por aí. Quer apostar? Um fotógrafo de uma revista, inclusive, chegou a bater seu automóvel no carro do Doda, no meio da tarde, em busca da foto exclusiva. Ficou famoso: apareceu dando entrevista a Renata Ceribelli no Fantástico, ontem à noite, você viu? (estou fechando a coluna 13h de domingo).

Aliás, havia um helicóptero de uma agência de notícias sobrevoando a festa! Imprensa de todo o mundo presente. Afinal, a noiva é tida como a mulher mais rica do universo, depois do Criador. Grécia, França, Argentina, EUA e Brasil representados por jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas. Todos barrados no baile, feito na música do Eduardo Dusek. O máximo que os menos ousados conseguiram foi fotografar alguns convidados chegando em seus automóveis, assim mesmo quando os vidros escuros estavam abertos. Ricardo Almeida abriu a janela do seu possante, afinal, ser visto entrando em uma festa dessas é marketing positivo no seu métier, que é o da moda.

O povo começou a chegar às sete (cerimônia estava marcada para as 19h30, com uma imagem de Santa Bárbara e uma enorme cruz branca vazia no altar – missa católica e bênção grega sem quebração de prato). Às 21h50 foi dada a ordem: nenhum automóvel entra mais. Só se for o papamóvel. Imagina se Sua Santidade iria se dar ao trabalho de tirar do closet suas novas batinas encarnadas da Prada!?! Houve um atraso considerável exatamente pelo fato de se ter de receber o povaréu, instruir a turma a passar pelo detector de metal e fazer a trabalhosa conferência “cara-crachá”, para ver se a foto da carteira de identidade era mesmo do convidado ou de algum penetra com documento falso. Afora o estacionamento dos automóveis! Que estresse! E tudo isso ao mesmo tempo. Nem a equipe da Helena Brito Cunha conseguiria.

Precavido e simpático, Doda chegou às 17h30 dirigindo seu próprio Audi, ao lado do melhor amigo, Rodrigo Pessoa. Athina, tímida, como já disse, que ficou três dias sem sair de casa, preferiu uma entrada estratégica (as tímidas famosas sempre entram e saem pelos fundos, com medo dos fotógrafos, triste sina). A coroada chegou às 15h e passou por aquele ritual intitulado “dia de noiva”, com tratamentos de beleza, massagens, cabeleireiros, maquiadores. Fico pensando no estresse de cada um desses profissionais no trato com madame. “Madame é tímida, né, convém não apertar muito na hora da massagem”... “Cuidado com o secador, para não queimar o couro cabeludo de madame”... “Não vá tirar bife da unha de madame, heim, manicure!” (que pintou as unhas de madame de branco). O cabeleireiro Marco Antônio de Biaggi, parecidíssimo com o Clóvis Bornay na meia-idade, nega ter cobrado R$ 25 mil para pentear madame.

Doda vestia um terno feito pelo expert Ricardo Almeida. Quer dizer, expert é modo de dizer, porque o Ricardo não conseguiu aplacar aquele ar sudorento e imprimir um chiquê no presidente Lula (chamem o figurinista do Jô!). Almeida foi ao rebu acompanhado da mulher, dona Agatha, que bem poderia se chamar “A gata”. O Valentino, cabelo de graúna esmaecida, que desenhou o vestido da noiva, sequer atendeu ao RSVP do cerimonial. Ricardo Novaes, filho de Cris Baumgart e José Augusto Novaes, fez o papel de pajem. Viviane, filha de Doda, o de dama-de-honra.

Leonardo e Viviane Senna foram. José Victor Oliva também. E mais: Chella e Moise Safra, Yara e Rolf Baumgart, o espadaúdo nadador Gustavo Borges, Caco Johannpeter com sua bonita mulher, Janete e Paulo Boghosian, Cristiana Arcangeli e Fausto Ferraz. Do jet set internacional? Você perguntou? Ninguém. Nem mesmo o príncipe Bruno Astuto, descendente direto de Maria Antonieta, a dos brioches. Tom Cavalcante chegou anunciando: "A noiva é minha prima e não dá para não prestigiar casamento de prima". Está certo - e de olho na herança da prima, creio.

As flores da festa eram brancas. Chris Ayrosa decorou. Uma numerosa orquestra fez coro para a entrada da noiva e depois para o remelexo dos esqueletos dos convidados. A noiva entrou nos braços do sogro, Ricardo Miranda, um vendedor de seguros bem sucedido. Imagina se o homem é escolhido para “segurar” os bens da nora? Está feito. Vestido dela era de tafetá, sem bordados, como convém. Um terço tomou o lugar do buquê. O véu era longo, e minha avó diria que está errado. “Véu, só para menina virgem. A noiva já mora com o noivo há três anos”, posso imaginar a velha ao pé do meu ouvido. Pequenos abajures iluminavam as mesas. Para ligá-los, a miscelânea de fios elétricos foi camuflada embaixo do piso para não dar choque no povo. Choque só o rosa do vestido daquela socialite, como é mesmo o nome dela? Havia flores cor-de-rosa estampadas nas cúpulas, e rosas-cor-de-rosa em vasinhos pequenos fazendo o conjunto.

Todos os convidados ganharam de presente uma corrente de prata (prata?) com um cristal (cristal?) assinada pela joalheira Bibinha Paranhos (Bibinha?). Teve gente metida a conhecer tudo que disse que a festa estava “simples”. É. Simples! Imagina...

PS. Na foto, Athina e Doda em Londres.

PS2. Reprodução da coluna publicada na Tribuna da Imprensa, segunda-feira, 05/12.

PS3. Estou saindo de férias. 20 dias. Eu volto!

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Doença de Hélio Fraga preocupa o "high"

Helinho Fraga, que ficou conhecido como o decorador preferido pela alta sociedade carioca (apesar de eu achar que a obra dele não é essa "cocacola" toda, tem muito dourado para o meu gosto), padece de um mal incurável. Uma pena, porque trata-se de uma das criaturas mais interessantes do Rio de Janeiro - apesar de muita gente achá-lo "arrogante", "vaidoso" etc. - ninguém é perfeito, né?
Mas o fato é que tudo começou com uma dorzinha de cabeça e ele pensou tratar-se de uma enxaqueca, e aí a dor foi incomodando, aquela reincidência que zunia os ouvidos. Helinho resolveu procurar o Paulinho Niemeyer, tido como talvez o mais importante neurocirurgião do mundo. Diagnóstico: tumor "inoperável", inacessível, na cabeça. É.
O "high" padece com o fato. Numa hora dessas vê-se que os Rolex, as Montblancs, os Jaguars, as casas na Riviera Francesa, as contas no "Citibanque", não estão com nada. Deus é o governador de tudo - Ele dá, Ele tira.
E para Ele nada é impossível.
Quem sabe Deus não resolve pela cura do Helinho? Vamos orar.

LEMBRETE
Hoje, 1º de Dezembro, é dia de armar a Árvore de Natal.

segunda-feira, novembro 28, 2005

Crime contra o Patrimônio Histórico em Niterói

Não é possível que a Prefeitura de Niterói, cheia de "intelectuais" donos de universidades de quinta, faça o que está fazendo com a histórica ponte que leva à Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem (que fica no alto da montanha - na obra de arte do Camões aí em cima), fundada lá pelos idos do "1500 e caixa prego". À guisa de "restaurar" o pedaço, está mudando o desenho do guarda-corpo por réplicas do MAC de Niemeyer. São vários MACs em miniatura fazendo o papel de corrimão. Tenho certeza de que até o doutor Oscar, um gênio, condenaria o descaso com o patrimônio histórico, se fosse lá ver de perto.

sexta-feira, novembro 25, 2005

Você tem casa pra vender pro Brad Pitt?

Mas tem de ser em Washington, centro da política mundial, onde a bela dele, Angelina Jolie, a bocuda mais sexy do mundo, precisa estar por conta do seu posto de embaixadora da ONU. Ah! Tem de ter piscinão, área livre de olhares para o Brad exibir ao céu seu derrière - ele adora andar nu, você sabe, e também tem de ter um espaço e-nor-me para ele fazer seus projetos de arquitetura - mesmo não sendo arquiteto - e jogar no chão seus livros, revistas e jornais - ele adora ler jogado no chão sobre um tapete, pernas abertas ao vento, sem lenço, sem documento.

quinta-feira, novembro 24, 2005

A festa do ano para o povo “colocado”

O rebu é basicamente de música eletrônica e reúne a turma com o selo GLS. Foi assim que surgiu a festa “La Colocación”, há um ano, ou mais, pelas idéias criativas de uma trupe inconformada com a falta de opções de diversão para a turma descolada. Resultado: já houve 10 edições.

### Se a moçada produtora enriqueceu, não sei, mas que o nome da festa é um achado, ah, isso é que é: “La colocación”. E como soa bem. No mundo GLS, chamado “mundinho” na gíria, ficar “colocado” é algo assim, como irei dizer? Pra cima, “up to date”, fervido, animado, chique! Por aí. Eu, por exemplo, sou um colunista eternamente “colocado”.

### O público cresce a cada ano. A última festa somou mais de duas mil cabeças saracoteando, mexendo o esqueleto a poder de Red Bull, aquele que dá asas. Até Calvin Klein foi visto por lá, em março, mas eu não sei se selecionou algum “modelo”.

### Conhecida no Brasil inteiro - na internet, entre a juventude assanhada, não se fala em outra coisa que não na tal da “La Colocación” -, a festa virou griffe e desperta a atenção de pessoas de outros estados. Quem entende do assunto me diz que “o melhor da noite eletrônica carioca em um novo cenário, qualidade de som, ‘line up’ com os DJs das melhores festas e boa infra-estrutura” são a tônica da “La Colocación”.

### A primeira edição aconteceu em um playground de prédio residencial. De lá para cá, precisaram de lugar maior. A única prerrogativa para que se freqüente o rebu é “não ser preconceituoso”, porque dá de tudo - gente de todo tipo. A próxima festa será dia 9 de dezembro, no Texas Bud, em Charitas, Niterói. Tem um site: http://www.lacolocacion.com.br/.

NA FOTO
Márcio Mendes, Thiago Figueiredo, Nathalia Steffens, Roberta Sant’Anna e Luana Taranto são os colocados que criaram a festa “La Colocación”. Eles não parecem ricos, milionários moradores dos Hamptons? Merecem...

quarta-feira, novembro 23, 2005

GOSTO DE:

Quindim, correr na praia, viajar, ler, vinho tinto, ser paparicado, pavê de nozes, queijo chedar, canja de galinha, salmão, suco de acerola com laranja, hálito perfumado, cachorros, acarajé, malhar em casa, olhar o Fábio de binóculo aqui de casa, dormir tarde, Ronaldinho Gaúcho (foto), perscrutar mapas, plantar e colher, Bahia - terra da felicidade, eu ando louco de saudade, Renoir, jeans e camiseta branca, abajur ligado à beira da cama, livros empilhados à espera, Cesária Évora, gravata-borboleta, Gilberto Braga, ler jornal, andar de barca Rio-Niterói, álbuns de fotografias, CD pirata, Saia Justa, Galinha (o bicho), a casa da minha amiga Elzita e toda sua família, colecionar convites, Satiricon, Botafogo Futebol e Regatas, Geribá, papelaria, bombeiros, bailarinas, ir ao médico, arroz, feijão e ovo molinho, fotografia, jogadores de futebol, a voz da Gal, ficar sozinho à noite em casa.

NÃO GOSTO DE:
Gente pretensiosa e enrustida, calça corsário, azeite de dendê, perfume em demasia, gente que chega em minha casa sem antes telefonar, vinho branco, homem de unha pintada e grande e cuticulada, programas sensacionalistas de TV, mulher que fale alto, gente que fuma em público, palito de dente em mesa de restaurante ou em qualquer outro lugar (mesmo trancado no banheiro com a luz apagada), pornografia, flamenguistas (com exceção de um), Ratinhos, Leões e Joões Kleber, mulher vulgar, amigo infiel, cavanhaque farto, gente apegada a dinheiro, camiseta larga, branco da roupa encardido, sair à noite, sorrir quando não estou com vontade.

Vem no meu Orkut, que vou no seu

terça-feira, novembro 22, 2005

Jennifer Lopez vem cantar no casamento Onassis

“O casamento do milênio”, como as exageradas jaciras dos salões de beleza paulistas batizaram o enlace de Athina Onassis com o sortudo cavaleiro Doda Miranda, tem garantido as notícias das colunas locais, e agora, mais do que nunca, as manchetes mundiais. Jennifer Lopez vai ser a principal atração da festa - depois da conta bancária da noiva, claro. A cantora vai levar de cachê a bagatela US$ de 1 milhão. Mas já avisou que doará o montante para uma obra social. Só acredito vendo o recibo.

PASSAPORTE - Athina Onassis e Doda Miranda, aliás, estão circulando pela Argentina, nesses dias pré-casamento.

DEUS É PAI - Quem está feliz com o rebu Onassis-Miranda é o jogador Kaká, que também casa em dezembro. Ele acha que com holofotes dirigidos ao enlace da grega, ninguém se ocupará de badalar o seu, como o belo bem deseja. Vamos aguardar.

MUDOU O NATAL - No meu tempo de criança, chegada de Papai Noel no Maracanã tinha entrada franca. A gente ia cedo, montado nas costas do pai, para conseguir sentar no melhor lugar, comprava pipoca e algodão doce na porta. Hoje em dia, o bom velhinho chega da Praça da Apoteose (deve com isso criar celeuma com Momo) e, para entrar no recinto, a criançada precisa fazer compras de R$ 20 na Sendas, pegar um cupom e ainda torcer para ser sorteado.Pô, R$ 20 para ver o velhinho é muito! Sem contar que a promoção é das abastadas Accioly Entretenimento, Unimed e do supermercado citado. Mudamos nós ou mudou o Natal?

MALDITAS ROTATIVAS - A governadora Rosinha diz que “jornais exageram sobre violência”, li no fim de semana, e que as coisas não andam tão periclitantes assim. Então, tá. Fazer o quê?

TOUR SORRISO - O prefeito de Niterói anunciou um “programa turístico” para o fim de semana, alugou ônibus refrigerados e recebeu convidados para circular em um “city tour”. Antes mandou recolher das ruas e jogar num depósito qualquer, pois não há programa social relativo a, os menores cheiradores de cola que andam perambulando pelos sinais de trânsito ‘as centenas. Diante do número extenso deles, deve ter alugado para amontoá-los (temporariamente) o Maracanã, para não chocar os convidados.

ALIÁS - Pelé vai a Niterói sexta-feira inaugurar um campo de grama sintética. A grama é fabricada por um seu patrocinador.

ALIÁS 2 - Diretor do Domingão do Faustão, Maurício Shermann, cabelo cor-de-Moët-Chandon, recebeu ontem na Câmara da Cidade Sorriso o título de Cidadão Niteroiense.

BATOM - Mulher anda passando mais cheques sem fundos do que homens. A informação é do Telecheque.

TEATRO - A peça “Não contém glútem” vai estrear dia 30 no Teatro Princesa Isabel, ficando até dia 4 de dezembro. Uma comédia que trata do mundo comum dos artistas. Morgana, a personagem principal, está em uma fila para um teste de elenco de uma peça “e começa a discussão sobre a dor e a delícia que é ser artista”, me contam por email.

ESTRELA - Polyana Simões está fazendo a RP do bar Zero-Zero. Agora vai.

DOIS BELOS - A linda modelo Letícia Birkheuer gravou participação na novela Belíssima ao lado do novo solteiro Cauã Raymond, que na trama faz papel de um garoto de programa.

CADÊ O PATETA? - A Parada da Disney, aquela que junta todos os personagens, do Mickey ao Professor Pardal, do Pluto aos Irmãos Metralha, cheia de gente colorida e animada com balões de gás nas mãos, chegou ao Brasil. Domingo, a turma estava animando no endereço que as Casas Bahia, de Samuel Klein, têm no Anhembi, em São Paulo. Rebu foi tanto que a família Klein reuniu alguns coroados locais e seus filhos para a animação. Parecia festa de aniversário de criança rica. A meninada se divertiu a valer. Só o Raul Gil, patrocinado pela loja anfitriã, não apareceu. Ficou com medo de que alguém o confundisse com o Pateta.

TIOZINHOS - Ricky Martin e Calvin Klein vão lançar uma linha de cuecas e roupas íntimas masculinas? Ih, vão brigar na seleção de “modelos” no Ro de Janeiro. Se vão...

CLÔ - Clodovil saiu pê da vida do palco do Gugu, domingo, onde foi falar do conto do vigário no qual caiu, mas encontrou uma “mulher desclassificada”, palavras dele, “baixo nível”, sempre ele, que o desafiou em público, o programa era ao vivo, querendo chamar a atenção. A mocinha é fraca e verborrágica, de fato, e a cena foi constrangedora. Clodovil prometeu se vingar do Gugu, que pelo visto é mal dirigido.

segunda-feira, novembro 21, 2005

"Skol Rio" incendeia a Lapa

Ninguém segura a Lapa, agora que o lugar, antes fétido e mal apanhado, já que mergulhado no descaso da Prefeitura e do Instituto do Patrimônio Histórico, foi resgatado pelos tubarões do mercado imobiliário. Recente lançamento de condomínio residencial anunciado nas televisões teve venda recorde. Na trilha do sucesso, a cerveja patrocinou um festival de música que tomou conta da praça embaixo dos arcos (sobre os quais passa o bondinho que leva ao tiroteio de Santa Teresa), da Fundição Progresso e do Circo Voador, que a Prefeitura remodelou e está um barato. Barato que às vezes sai caro, com o ingresso pela hora da morte.

O balaco da cerveja começou sexta-feira, com perto de 30 mil pessoas de diversos estilos e tribos musicais. Às 19h, na Praça dos Arcos, o povaréu curtiu as apresentações do bloco Céu na Terra, do Rio Maracatu e de Alceu Valença, grande Alceu, que conquistou o público com um repertório de sucessos e músicas vigorosas. Me deu saudades do Carnaval em Olinda, onde um ano passei embaixo da sacada dele, Alceu e seu violão movendo um mundão de gente - tempo bom.

Apesar do grande número de pessoas, não foram registradas ocorrências graves na Lapa - diz a organização. O clima foi de tranqüilidade, garantido pelo estruturado esquema de segurança com 550 homens (400 seguranças particulares e 150 do efetivo das polícias Militar, Civil, Federal e Guarda Municipal), além de 14 câmeras de monitoramento espalhadas por toda a área da praça, que tinham zoom de até dois quilômetros.Por volta das 11 da noite, teve início a programação simultânea dos palcos da Fundição Progresso e do Circo Voador, com ingressos esgotados (cinco mil e mil e oitocentas pessoas, respectivamente).

O público da Fundição agüentou firme, dançando até de manhã ao som do DJ Marlboro, que fuma Hollywood, e que encerrou a noite. Antes, a dupla Helião e Negra Li (com participação surpresa de Felipe Dylon), Marcelo D2, DJ Marky e BNegão, entre outros, já tinham dado conta do recado.No Circo Voador, o clima foi de confraternização, com o show da banda Paralamas do Sucesso, que recebeu o guitarrista Dado Villa-Lobos, "cada vez mais bonito", acentuou Cininha, como convidado especial. Eletrosamba, Xis e o DJ Snoop e o trio Motirô, do hit "Senhorita", acompanhados por 16 músicos, mostraram em primeira mão o repertório do ainda inédito 2º CD.O atendimento ao público na área externa foi feito por 81 bares da região, parceiros do evento, e 19 tendas de alimentação na Praça dos Arcos.

A limpeza ficou por conta de 450 funcionários, potencializada pelo trabalho da ONG Doe Seu Lixo, capitaneada pela atriz Isabel Filardis, que recolheu material para reciclagem.Para o sábado, segundo dia do evento, restaram poucos ingressos para Fundição Progresso, onde se apresentou a banda Asa de Águia, e para o Circo Voador, que teve shows da banda Orquestra Imperial e o encontro das cantoras Fernanda Abreu, Sandra de Sá e Funk'n Lata.

No fim da tarde, os cinco mil convites da Fundição Progresso já haviam esgotado. Nem mesmo a chuva forte atrapalhou o ânimo do público que prestigiou os shows abertos na Praça dos Arcos. Arlindo Cruz tomou a cena por volta das 19h30 e, depois, o Dudu Nobre, que é chique e mora na Vieira Souto, fez o público balançar o esqueleto. A noite no palco externo foi encerrada com a energia da Bateria Skol, composta por ritmistas de várias escolas de samba. Às 23h, no Circo Voador, o movimento já era intenso. Soulzé deu início, seguido pela Orquestra Imperial. Já eram quase duas horas quando Fernanda Abreu, Funk na Lata e Sandra de Sá tomaram o palco para o encontro esperado.

Após o show, os artistas, ainda bastante animados com a energia do público, continuaram o encontro no "backstage" em uma grande confraternização, enquanto Marcelinho da Lua comandava a música eletrônica no palco. Na Fundição Progresso, como já era esperado, o auge da noite foi o show da banda Asa de Águia (com início às 1h30), que arrastou milhares de pessoas. Depois da banda baiana, o funk de Mr. Catra dominou o palco Arena e, com a casa cheia, o público dançou até o amanhecer.

Várias chamadas "personalidades", algumas nem tanto, foram conferir a noite no lendário Circo Voador. A bonita Helena Ranaldi marcou presença no show da Orquestra Imperial, da qual faz parte o trompetista Max Pet, seu mais novo amor. Entre os "vips" também estavam Pedro Bernardes, marido de Marisa Monte, que curtiu a noite sozinho; e ele, claro, o Dado Dolabella, que chegou por volta das duas horas acompanhado por uma moça.

Na Fundição, os vips presentes eram Kayky Brito e o Cabeção de "Malhação", o Sérgio de sobrenome impronunciável. O Dado arroz-de-festa também passou por lá. Kayky entrou rodeado de amigos, mas logo arrumou uma "amiga". Na área vip, encostado em uma coluna (não coluna social, mas de concreto), resgatou com a mocinha aquela história dos "beijos de liquidificador" perpetuada por Cazuza. Interceptada por representante da coluna (agora sim, a social, não a de concreto), a menina não quis dizer se o "liquidificador" de Kayky é "alguma brastemp".

Cerca de 2,5 mil pessoas foram abordadas nos dois dias pela blitz da "Brigada da carona", que por meio de brincadeiras promoveu a conscientização sobre os riscos de beber e dirigir entre o público do evento. Entre os participantes, o Felipe Dylon (foto), aquele de fala arrastada, que acaba de completar 18 anos e está mais parrudo (deve andar malhando muita rosca-bíceps), que foi sem seu melhor amigo Flávio Zveiter, Dado Dolabella, olha ele de novo, Sandra de Sá e Ivo Meirelles, cabelo cor-de-morango-do-Nordeste, entre outros.

quinta-feira, novembro 17, 2005

O Peta deu um pega na Gisele Bündchen

Gisele Bündchen anda na mira do Peta, aquele grupo de ativistas pela causa dos animais que toca o terror nos quatro cantos do mundo. A turma patrulha mesmo. Agora, quando a nossa bela assinou contrato com a griffe Louis Vuitton, e para esta marca ser "muito chique", mas "muito chique", enfeitar as afetadas, precisa usar couro de pacas, tatus e cotias sim, o pessoal foi tirar satisfação com a ex-noiva do Di Caprio. Aconteceu outro dia, em Paris, Gisele enchendo o cofrinho mais ainda.
A moçada do Peta deu uma vaia. Uuuuuuu! Gisele passou, os ativistas chegaram mais perto e uuuuuu! Alguém ameaçou puxar o cabelo e uuuuu! E Gisele correu, e uuuuu! Parecia camelô correndo do rapa (a Guarda Municipal, não o namorado da Débora Secco) no Centro do Rio. E a turma mandou avisar: se a bela não desistir de estrelar a nova campanha publicitária da marca, o pau vai comer na casa de Noca. E, nesse caso, a casa de Noca é em Los Angeles.

Idéia de carioca para TVs do mundo

Se o “Big Brother” passa em TVs dos quatro cantos do mundo, imagina isso: doutor João Havelange recebeu minuta do projeto e levou para o Joseph Blater, presidente da Fifa, e tudo indica que uma emissora de TV americana comprará os direitos autorais, para todo o mundo, do programa “Ace TV”, um reality show dos vestiários dos campos de futebol. “Ace” - a pronúncia é êice - é craque em inglês. A criação é da produtora carioca Mago Idéias.

### Consiste em filmar os vestiários de grandes clubes nacionais e internacionais, depois do 2º tempo, para não interferir na concentração dos craques. Câmeras em todos os cantos, no alto do chuveiro, nas portas dos armários, atrás dos espelhos. O pessoal do Real Madri, que sabe tudo de marketing, já teria recebido a proposta com bons olhos.

### O espectador, além de matar a curiosidade sobre o que acontece naqueles misteriosos ambientes azulejados, escolherá por telefone o craque mais carismático do clube e também poderá ouvir em tempo real o que se passa lá. O jogador eleito indicará uma obra social que receberá o equivalente a R$ 1 milhão. Boa.

### Material gravado - cenas de nudez e linguajar chulo camuflados. Merchandising: indústrias de roupas esportivas, de cosméticos masculinos e bebidas isotônicas já acenam. Dará confusão em casa: como é que vai ficar o ibope do marido depois de que a mulher se inteirar ainda mais sobre os contornos das pernas do Beckham?

COPABACANA - Sábado próximo coq para VIPs no apartamento com pomar, em Copacabana, para comemorar o niver do queridíssimo arquiteto Hector Healy.

CABECEIRA - O Cônsul-Geral de Portugal no Rio, António Tânger Corrêa, recebe amanhã no São Clemente para noite de autógrafos de livro contando a história daquele pedaço palaciano, com texto do embaixador Manuel Côrte-Real e fotos Sérgio Pagano.

CABECEIRA 2 - Eduardo Bueno lança hoje o livro "Avenida Rio Branco, um século em movimento", no Museu Nacional de Belas Artes. Para ele, a abertura da avenida tem um significado simbólico na história da nação que há cem anos apenas debutava como república. "Não se tratava de uma simples rua: era uma proclamação. Seu leito de 33 metros de largura não havia apenas rasgado ao meio a carne viva da cidade colonial: fora feito também para romper com ‘o atraso e o opróbrio’ e dividir em dois a história do País - o que viera antes e o que viria depois de sua inauguração".

PINCEL - Anna Bella Geiger inaugura expo na Galeria do Lago do Museu da República, também amanhã, com trabalhos históricos na evidência, tem até um vídeo-instalação chamado “O pão nosso de cada dia”, e ainda gravuras, desenhos e rolos da série “O local da ação”.

ESPORTE - A Enseada de Botafogo vai pegar fogo domingo, com a última etapa do Estadual de Duatlo. Moçoilas ensandecidas atrás dos atletas saradões da natação e da corrida, ou será da natação e do ciclismo? Ezequiel Morales e Diogo Sclebin estão empatados na liderança, com 35 pontos cada um. No feminino, Gisele Ribeiro já é campeã por antecipação com três vitórias nas três etapas disputadas e 60 pontos conquistados.

ALELUIA - A cantora Soraya Moraes, vencedora do Grammy Latino 2005 na categoria Música Cristã em Língua Portuguesa, será homenageada hoje no Gallery, em São Paulo, pelo desempenho, tido como ótimo, de seu CD "Deixa o Teu rio me levar": é disco de ouro e foi o grande destaque da 10ª edição do Troféu Talento, principal evento de música cristã no Brasil.

BEM-TE-VI - Kate Moss ligou o “tô nem aí”, e prossegue enchendo o cofrinho, depois de que foi flagrada naquele momento Heleninha Roitman. Em Ibiza, acabou de posar para nova campanha da griffe Cavalli.

ALIÁS - Este Cavalli, que é italiano e é Roberto, está lançando uma linha de celulares pavorosos com a indústria de eletrônicos LG. São aparelhos estampados de oncinha, que tal? Ariadne Coelho vai adorar. Custam em média US$ 1.300. Eu não pagaria R$ 1.

ZOOLÓGICO - Li na internet que a riquinha Paris Hilton comprou um macaco, não a ferramenta de trocar pneu, mas o mamífero mesmo. Agora vai.

EXPO - O ilustrador Carlos Dias abriu ontem uma expo interessantíssima, de desenhos, claro, na Galeria Choque Cultural, em São Paulo. Ele é quem cria as estampas para o Alexandre Herchcovitch, o maior estilista da nova geração no Brasil.

Reprodução da coluna impressa na Tribuna da Imprensa.

NA FOTO
O casamento do jovem empresário carioca Renato Nobre, um dos maiores fabricantes de roupas de jeans do Brasil, com a designer capixaba Érica Lucas Carão, congestionou o aeroporto de Vitória (ES), com gente chegando dos quatro cantos do País. Festança bacana, cerimônia ministrada por pastor evangélico, declaração de amor do noivo para a noiva na base do improviso, muita emoção, decoração espetacular, tudo criação de Érica, que é linda, com móveis feitos de madeira de demolição, rosas brancas pendendo do teto, mesas com gavetas abertas cheias de docinhos caramelados, orquestra de violinos, bolo quadrado de vários andares, música para dançar, tudo documentado no site www.depra.com.br. Vá ver. Sucesso da festa foi tanto que surgiu até uma comunidade no Orkut chamada “Érica fisgou Renato. Você viu?” Que gente criativa...

Foto: www.depra.com.br/divulgação

segunda-feira, novembro 14, 2005

O “quê” é isso, companheiro?



É o primeiro caso na história da publicidade brasileira. O Conar não tem registros, perguntei. Uma agência com sede no Rio, a “Quê!”, aceitou fazer o papel deprimente de censura aos jornais de bairros de Niterói, a mando da prefeitura local, sua cliente de milhões. Ameaçou, inclusive, “interromper a programação dos anúncios” da administração petista, caso cada um dos periódicos não reze na sua cartilha. Totalitarismo absoluto. A “Quê!” quer, pasme, saber de tudo: da movimentação interna financeira das empresas, detalhamento dos roteiros de distribuição e comprovação de tiragem por declaração autenticada e registrada em cartório.

### No caso daqueles que têm gráfica própria, vai mandar um fiscal ficar na boca da máquina para ver e contar a papelada saindo. Acho que nem o seu Gushikem pensou em algo parecido. Espionagem industrial, como se vê. A turma dos coleguinhas está com medo de que o próximo passo seja o prefeito Godofredo Pinto mandar “um censor na redação para decidir o que pode ou não sair”, de acordo com o “Jornal de Icaraí”. Outra coisa: a “Quê!” dá sete dias de prazo para os jornais cumprirem as ordens. Que tal? Mas vai ter chumbo grosso no lombo: Maurício Azedo, presidente da ABI, que faz jus ao nome nesses contextos de embate pela ética, prometeu reagir.

O AMOR É LINDO - O senador Suplicy está fazendo a corte, via internet, a uma promotora de Justiça moradora de Niterói. Já telefonou para ela, inclusive. Na intimidade, chama a paquerada de “garota sapeca”. Está dado o recado.

OS BONITINHOS - "Trabalhar com o Loredo foi mágico. Mas, como ele mesmo diz, comediante não se dirige, se policia". As palavras são do grande ator Selton Mello, sobre seu novo produto: um curta metragem com o intérprete do Zé Bonitinho, Loredo, 80 anos impressos na certidão de nascimento, no papel de protagonista. Selton dirige e é tão bom diretor quanto ator. O filme trata de um septuagenário chamado Ivan, que sai de casa para procurar emprego porque seu filho está doente.
POLÍTICA - Maurício Correa já foi indicado por Joaquim Roriz, de Brasília, seu sucessor. Campanha começou nas mansões do Lago Sul - todo mundo empenhado a todo vapor.

MODA - O estilista Alexander McQueen, para muitos um dos mais importantes de sua geração, lançará em 2006 uma linha de tênis em parceria com a afetada Puma. De quebra, lança também uma linha jeans, a “McQ”, incluindo acessórios, jaquetas e camisetas. Objetivo é comercializar em 600 pontos de venda. Que tal?

Moda 2 - A marca “Biba”, inglesa que nos anos 60 vestia a juventude que bombava literalmente Londres e adjacências, voltou à tona em bolsas e sapatos à venda na Brows londrina. Em 2006 surgirão com roupas e jóias, tudo lançado na London Fashion Week. Vamos aguardar.

ORDEM E PROGRESSO - E aí, você acredita que o comandante do 20º BI, do Exército, em Curitiba, afastado ontem, diga-se, não sabia da prática de trotes de seus sargentos, como foi mostrado na televisão no fim de semana? Eu sempre soube que trotes na caserna são tão ou mais freqüentes que nas universidades.

INTERNET - O MercadoLivre, um dos maiores sites de comércio via internet, comprou o concorrente, de nome Arremate. Vão operar em conjunto em oito países, incluindo o Brasil. Colômbia, Equador, México, Peru, Porto Rico, Uruguai e Venezuela são os outros. O Arremate continuará atuando de forma independente somente na Argentina e no Chile. Os milhões usados no negócio não foram divulgados.

TEQUILA - A Orquestra Petrobrás (que tem o maestro e o violinista mais bonitos do Brasil, ambos da família Prazeres), participou como convidada de honra do Festival de Morelia, no México, no último sábado. Turíbio Santos e Carlos Prieto fizeram participações ilustres, como bem confirmam seus nomes nas cenas musicais brasileira e mexicana. O Morelia é é um dos mais conhecidos festivais de música na América Latina. O regente convidado, Roberto Duarte, orquestrou peças de Joaquin Gutierrez Heras, o Concerto para Violão e Orquestra de Villa-Lobos e a Sinfonia nº 2, Carnaval, de Ernani Aguiar. O público veio abaixo, e isso bem antes de tomar a primeira dose de tequila, como de hábito.

PARECE O PALOCCI - Pretensão pouca é bobagem. O presidente do PDT, Carlos Lupi, eu li no site do partido, diz que a instituição “está vivendo um dos melhores momentos de sua história”. Que qué isso, cara pálida? Um partido que perde um nome feito o do comandante Leonel Brizola deveria declarar amargura derradeira.

CABECEIRA - A editora Nova Realidade e a Livraria Cultura estão convidando
para o lançamento do livro “Rumo às estrelas”, de L. Ron Hubbard. Vai haver palestra do cosmonauta Anatoli Berezovoi, um russo que permaneceu 211 dias no espaço na nave Soyuz T7. Ele vai falar sobre suas viagens, programas espaciais russos (onde participa o brasileiro Marco Pontes) e sobre sua fascinação com os livros do autor Hubbard, sempre no topo das listas dos best sellers de seu estilo literário. É amanhã, em Botafogo.

REBU - Dias 23 e 27, chiques de todo o Brasil se encontrarão com a “Maria Joana”, aquela nauseabunda, e como abunda, habitué do local, no Clube Med de Itaparica, o paraíso baiano onde cresceu o Vampeta, craque do Brasiliense. O convite partiu da diretoria do lucrativo Banco Cruzeiro do Sul, e o objetivo é um torneio de tênis. Vai ter show de Margareth Menezes e jantar assinado por Emmanuel Bassoleil.

PROJAC, URGENTE - Me contaram durante as férias, tomando banho de mar em Geribá, hospedado no Doce Mar, o condomínio mais chique da praia, que a separação da atriz bocuda do ator bocudo, ambos da Globo e jovens, com muita fila para andar, passa pelo amor do novo personagem dela na novela das sete, aquela “Bang Bang” que desde a primeira semana atira no escuro, sem a presença do autor que a idealizou.

RÍMEL - A loja Sete Cosmetics, em São Paulo, está lançando lencinhos de camomila para o pessoal das olheiras aplacar o olhar de Mortícia Adams. A caixinha com vinte custa R$ 75. Vale o investimento.

GRANDE CENA - No mercado dos DVD surge mais um campeão de vendas: o especial “Elis Regina Carvalho Costa”, que a pimentinha gravou para a TV Globo em 1980, aparece nas prateleiras das lojas. É. Programaço para reunir os amigos e não precisar enfrentar as despoliciadas esquinas do Rio. A direção - do filme, não das esquinas - é de Daniel Filho. O “Alô Alô Marciano” cantado por ela àquele dia é de pôr fogo em Marte e dar inveja nos habitantes de Saturno.

Reprodução da coluna impressa da Tribuna da Imprensa.

Na foto, Daniel Cruz, um modelo que sai de Campos (RJ) para ganhar a Europa. Cria do colunista Carlos Frederico, de "O Diário NF"...

sexta-feira, novembro 11, 2005

Xales aquecem na noite dos Safra

















Fazia frio. Muito frio. Mas a São Paulo social das grandes fortunas, há muito, estava aquecida para a “maior festa dos últimos tempos”. E o clima levou as mulheres mais elegantes da cidade a tirar dos armários seus xales e écharpes. Quase todas levavam esses providenciais aquecedores ambulantes surgidos na moda na Europa do século XVIII (leia mais sobre o assunto no pé da página). Algumas carregavam seus xales nos ombros, outras, junto das bolsas. Havia outras carregadas por eles. As bolsas, por sua vez, para ocasião festiva, estão cada vez menores, cabendo na palma da mão. O casamento, dia 1º de Novembro, da linda Alessandra Deweik com o herdeiro Azuri Safra, filho do arquimilionário Moise Safra, da família do bancão homônimo, foi um espetáculo! Um detalhe saltou aos olhos de quem compareceu: não se sabe se havia mais seguranças ou convidados. Viver assim, rodeado de homens-armários, deve ser muito chato - se não se é gay.

O vestido da noiva tinha a grife de Demi Queiroz. Alessandra usava uma discreta tiara de diamantes segurando o véu longo e generoso. A festa aconteceu na exclusiva Hípica de Santo Amaro, onde o colunista César Giobbi dá muita pinta a bordo de seu anel de ouro no dedo mindinho - pavor, pavor. Os Safra construíram um prédio de mais de sete mil metros quadrados especialmente para a ocasião, tudo decorado pelo Felipe Crescenti, que sabe tudo de cenografia. Esperados 800 convidados, com os guarda-costas coxudos no contexto o contigente quase dobrou. Os detalhes eram tantos, que até a pista de dança mudava de cor: foi feita de fibra ótica.

Milionários dos quatro cantos do mundo. Lily Safra, a loura poderosa, não apareceu. Há um tempo, comenta-se, as relações dela com a família de seu falecido marido (morto naquele incêndio malcontado em Mônaco) andam estremecidas. O buffet França, preferido da alta burguesia paulista, esmerou nos detalhes e sabores “kosher”. Isabella Suplicy fez os doces e bolos. Chella Safra, mãe do noivo, é uma anfitriã exigente e fez questão de provar todos os pratos e doces quando da organização da recepção. Exigente e incansável: outro dia mesmo, vestida por Valentino-cabelo-de-graúna, ex-Sra. Cacá de Souza, casou seu filho Edmond (com Marielle Nahmad) em uma festança em Cannes, no Palm Beach La Croisette, rebu para mil pessoas, tapete vermelho na porta, feito a noite do Oscar sem o vestido-cisne daquela rapariga, como é mesmo o nome dela? Esqueci.

No casamento de anteontem, a famosa dona Fifi, conhecida doceira dos libaneses e judeus da paulicéia, também deixou sua contribuição ao assinar algumas delícias. Quer dizer: dona Fifi fez o povo emitir fiufius com aqueles doces de nozes de se lamber beiços e babar gravatas. Lulu Santos, sem Scarlett (Lulu sem Scarlett é muito chato) arrematou a ocasião com um show descontraído - os noivos subiram ao palco e saracotearam com ele, inclusive. Azuri é um dos mais animados da noite paulista - invariavelmente dança muito, está sempre sorrindo. Na noite de seu casamento não poderia ser diferente: parecia feliz, a bordo de uma graúda cartola.

A cerimônia foi na sinagoga paulista, apenas na presença dos mais íntimos (o casamento civil aconteceu no domingo anterior, seguido de almoço que durou dia inteiro, no restaurante La Luna). O teto do prédio construído na Hípica, Felipe Crescenti mandou pintar todo de azul-marinho. Havia cristais colados e, à primeira vista, com o reflexo da luz, o povo pensava tratar-se de um céu estrelado. Flores brancas por toda a parte, e fica difícil nominá-las (eram tantas e tão diferentes). Mesas redondas de 10 lugares. Havia rosas, gérberas, chuva-de-prata e mais, e mais. O florisca Carlos, famoso das altas paulistas, ar-ra-sou! No mesmo páreo que ele, só o Antônio Neves da Rocha e o João Vicente Correa. (sai pra lá, Ricardo Stambowsky!)

Descontração total. Todo mundo dançou a valer. Hebe Camargo, que não é Roberto Carlos e por isso foi de marrom (bata de cetim bordada, estilo meio indiano), estava animadíssima, com um xale da mesma cor, só que mais escuro, e graúdos diamantes caindo em chuveiro sobre o colo – um colar valioso. Hebe também não é Angélica, e por isso não foi de táxi, como faz a maioria dos paulistas endinheirados com medo de sequestro, mas de carro blindado, com seguranças e motorista.

No capítulo colar, aliás, foi difícil escolher o mais bonito. O da Chella Safra, se vendido, daria para pagar as despesas da festa e já garantir as outras, até as bodas de prata do filho. O traje pedido foi o black-tie, mas alguns homens (poucos) não seguiram a pretensão dos donos da festa. Entre os convidados, até o Faustão, veja você o poder da televisão. Luciano Huck e a mulher, ex-Anjéca, também disseram sim, mas o Huck é bem-nascido, justifica-se. Estava lá o poderoso Lázaro Brandão, presidente do Conselho de Administração do Bradesco, cabelos cor de algodão - claro que não deve ser por preocupação financeira. Dos Setúbal do Itaú, só vi o Roberto com seu bigodão. Indigesto bigodão. Milu Vilela, maior acionista do banco com as irmãs Camargo (da Camargo Corrêa), anda sumida.

Tufi Duek, dono da Forum, um homem da moda, foi de smoking mas aboliu a gravata-borboleta. Preferiu uma comum. Todos os Ermírio de Moraes também disseram sim (n’outro dia mesmo, no sábado anterior ao casamento, a mesma turma de endinheirados reuniu-se para o casório de Lianinha, linda, linda, sobrinha de Antônio Ermírio, filha de José Ermírio de Moraes Neto, com Guilherme de Almeida Prado).

Chella Safra estava de Lacroix salmão-rosa-champanhe e xale de tule de seda na mesma cor. Cecília e Abram Szajman. Ela abusou das transparências. Otavio e Tânia Piva de Albuquerque. Ele talvez o maior importador de vinhos do País. Ela de vestido preto justo de alcinhas, rendado e forrado na cor da pele, com xale preto sobre o ombro, sem colar, enormes brincos de diamantes. Daniela Sarahyba, deslumbrante, de azul-turquesa, com xale marrom na mão, acompanhava o namorado Wolf Klabin.

Rosinha Goldfarb, das melhores amigas da Hebe (daquele time de mulheres que dividem com a loura do SBT a mesma suíte do Ritz e saem às ruas ensandecidas às compras em Paris), de azul-carbono cheio de transparências. Esther Safra Szajman, de vestido dourado-cor-de-mel, com micro bolerinho transparente sobre o ombro, cabelos presos em coque alto, era das mais bonitas. Walter Feldman não respeitou o black-tie e pôs terno cinza claro com gravata de gerente de banco estatal - ou de neys suassunas, como queira.

André Szajman era o mais bonito da noite. Um pão. Graziella Matarazzo, com a categoria impressa no nome, deslumbrantemente chique, de preto, pouca maquiagem, pescoço longitudinal feito o de Maria Eudóxia Duvivier (quanta saudade), xale plissado aquecendo o colo. O vestido mais improvável, e por isso mesmo lindíssimo, era o de Marcia Grostein. Parecia um Lino Villaventura, e eu acabei não perguntando que griffe que é.

O XALE - Como peça da moda, foi instituído na Europa pelos soldados britânicos e franceses que chegavam das guerras na Índia. Corria o século XVIII. Na segunda metade do século XIX, o xale era parte integrante do vestuário elegante. Em 1810 eram curtos, 20 anos depois, mais longos, agora já feitos de seda. Com o passar do tempo, foi atingindo maior comprimento, aderiu ao algodão, à lã, à caxemira, ganhando texturas, bordados e franjas. Os registros da moda garantem que Arthur Liberty, fundador da Liberty de Londres, iniciou sua carreira fazendo xales, no século XIX.
Na foto, Chella e Moise Safra, o casal sensação.